Em Bico, concelho de Paredes de Coura, um grupo de pessoas, homens e mulheres, todos com mais de 60 anos de idade, voltou à escola. Voltou é como quem diz, pois alguns deles nunca tinham frequentado o ensino.
Outros tempos, em que não era obrigatório ir à escola, em que os trabalhos no campo eram a prioridade. Agora, volvido mais de meio século, eis que desperta nestes “jovens” a vontade de aprender. Criaram filhos, netos, alguns até bisnetos, e livres do trabalho no campo, apegam-se às letras.
O mesmo acontece com aqueles que, tendo interrompido os estudos em determinada fase da sua vida, procuram agora atingir o patamar que não chegaram a alcançar na altura devida. A certificação de competências tem sido bastante procurada em Paredes de Coura. Promovida pela Eprami, aposta em dar aos interessados a possibilidade de concluir o 4º, 6º ou 9º ano de escolaridade, reconhecendo como útil as competências que as pessoas foram desenvolvendo ao longo de uma vida de trabalho.
A validação de competências pode ter, contudo, na minha opinião, um outro lado da moeda. É que, ao ver que, se abandonarem o ensino regular podem, mais tarde, com menos esforço, conseguir o mesmo grau académico, muitos jovens poderão ver no reconhecimento de competências um escape para largarem a escola. Cumpre aos pais, sobretudo ao pais, assegurar que a “expectativa” de um 9º ano conquistado sem esforço, não se sobrepõe à pouca vontade de muitos jovens em continuar a estudar.
Outros tempos, em que não era obrigatório ir à escola, em que os trabalhos no campo eram a prioridade. Agora, volvido mais de meio século, eis que desperta nestes “jovens” a vontade de aprender. Criaram filhos, netos, alguns até bisnetos, e livres do trabalho no campo, apegam-se às letras.
O mesmo acontece com aqueles que, tendo interrompido os estudos em determinada fase da sua vida, procuram agora atingir o patamar que não chegaram a alcançar na altura devida. A certificação de competências tem sido bastante procurada em Paredes de Coura. Promovida pela Eprami, aposta em dar aos interessados a possibilidade de concluir o 4º, 6º ou 9º ano de escolaridade, reconhecendo como útil as competências que as pessoas foram desenvolvendo ao longo de uma vida de trabalho.
A validação de competências pode ter, contudo, na minha opinião, um outro lado da moeda. É que, ao ver que, se abandonarem o ensino regular podem, mais tarde, com menos esforço, conseguir o mesmo grau académico, muitos jovens poderão ver no reconhecimento de competências um escape para largarem a escola. Cumpre aos pais, sobretudo ao pais, assegurar que a “expectativa” de um 9º ano conquistado sem esforço, não se sobrepõe à pouca vontade de muitos jovens em continuar a estudar.
É evidente que a validação dos experienciais adquiridos facilita a atribuição de um grau ao nível dos ensinos básico e secundário, mas, mesmo assim, tem uma valor funcional, já que a funcionalidade do conhecimento é diferente. Um jovem não pode esperar, se quiser singrar na vida, por um grau que nada lhe acrescenta em termos de saberes. Por isso, não olho negativamente para esse processo
ResponderEliminarIsto só serve para a estatistica porque na prática, vamos ver aquelas mulheres com 321 cursos a tirarem mais um curso, sem aprenderem nada. O que não interessa nada. O menino Socrates quer é propaganda. Daqui a uns tempos em tempo de eleições, cagará mais numeros para os pobres deste país votarem outra vez nele. Coitados ainda acreditam no Robin dos Bosques...
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