23 fevereiro 2006

Para quando o canil?

Quem circula pelas ruas da vila, mas ultimamente também nas restantes freguesias, já reparou certamente na quantidade de cães vadios que por ali andam. Sem dono, sem vacinas, sem ninguém que lhes deite uma mão. Há muito (pelo menos dois anos) que se fala na construção de um canil que sirva os concelhos da comunidade intermunicipal do Vale do Minho, que ficará em Monção, mas a obra demora o seu tempo e enquanto isso os animais vão aumentando, principalmente depois de um domingo de caça.
Inclusivamente, na Assembleia Municipal de Dezembro último chegou mesmo a aprovar-se uma proposta que pedia a construção de instalações provisórias para acolher cães vadios no nosso concelho, enquanto a estrutura supra-concelhia não estiver concluída. Mas já lá vão quase dois meses e ainda não se vê nada.
Bem sei que um equipamento deste tipo, mesmo que com carácter provisório, obriga a determinadas exigências, quer em termos de saúde pública, quer em requisitos técnicos, mas a situação começa a tornar-se preocupante. Quem passa, por exemplo, na rotunda junto à Central de Camionagem, já decerto reparou no aglomerado de cães que por ali anda, um dos quais não hesita em atirar-se aos carros que passam. E quando se atirar a uma pessoa, a uma criança, por exemplo? Como será?
Neste momento, já existem dois canis nas redondezas de Paredes de Coura. Um deles é em Fornelos, Ponte de Lima, utilizado pelos muncípios da Valimar. Será que não há possibilidade de acolher, temporariamente reforce-se, os cães vadios de Paredes de Coura? O outro abriu há pouco tempo em Cerveira, concelho que vai depois usufruir também do canil intermunicipal de Monção. Também aqui será que não têm espaço para mais alguns animais?
Não se esqueçam que, da maneira como as coisas estão, a tendência é para a população de cães vadios aumentar de dia para dia...

17 fevereiro 2006

Breves da Assembleia

Educação ambiental - A dominar grande parte do período de antes da ordem do dia, Paula Caldas apresentou uma outra proposta onde pedia à Câmara para dar formação e educação ambiental aos munícipes antes de aplicar as multas por incumprimento do regulamento de recolha dos resíduos urbanos. Em causa algumas pessoas que não sabem separar os lixos que vão para a reciclagem. Por este andar, só falta pedir à Câmara que também dê aulas sobre como conseguir uma alimentação equilibrada ou qual a melhor forma de amanhar o peixe. Já a questão dos receptáculos para recolha de lixos não deixa de ser pertinente. É que, se são suficientes para um utilizador individual, já um comerciante, seja restaurante ou florista, tem muita dificuldade em utilizar os novos contentores.


Fregueses - A polémica já vinha da última Assembleia e continuou nesta sessão. Entre Maria José Fontelo e Joaquim Felgueiras Lopes. Com a primeira a dizer que os presidentes de junta servem os fregueses e o último a não gostar de ser comparado a um taberneiro e a dizer que "os presidentes de junta foram muito maltratados". A deputada municipal do PSD não se ficou e resolveu esclarecer o autarca da vila, explicando-lhe que fregueses é o termo correcto para denominar os habitantes das freguesias. Pelo andar da carruagem, na próxima reunião da Assembleia Municipal vai haver um dicionário à disposição dos deputados.


Novos actores, velhos personagens - Foi a primeira reunião da Assembleia Municipal a que assisti depois das eleições de Outubro. Eram, portanto, algumas as caras novas que por ali apareceram, quer na bancada do PS, quer na do PSD, já que a CDU continua a ter Catarina Moreira, agora, como única representante. Mas, muitas das personagens continuam as mesmas, também quer de um lado como do outro. No PSD a troca de lugares entre Maria José Fontelo e José Augusto Viana era evidente. A primeira deixou a vereação e tomou o lugar de líder da bancada social-demcorata, trocando de lugar com o segundo que é agora vereador. No PS, com a subida de Manuel Monteiro para a vereação, coube a Vitor Paulo Pereira o lugar de porta-voz dos socialistas na Assembleia Municipal. Pelo menos a fazer fé num comentário de Fernando Carranca de Oliveira, um dos personagens da oposição que resistiu às eleições de Outubro, que o apelidou de "novo Monteiro".

16 fevereiro 2006

Comerciantes querem parquímetros (2)

O período antes da ordem do dia da última reunião da Assembleia Municipal versou, quase na totalidade, sobre o estacionamento em Paredes de Coura, em virtude quer da discussão tida em torno do assunto, quer dos limites temporais impostos pelo presidente da mesa. O regimento estipula apenas uma hora para este período da reunião, onde muitas vezes são abordados os assuntos que mais directamente dizem respeito ao cidadão comum. Na última reunião havia dez inscrições para falar, mas no final do tempo regulamentar, apenas quatro deputados conseguiram apresentar as suas ideias.
Mas voltemos ao estacionamento. Com a proposta de Paula Caldas para a colocação de parquímetros na vila em discussão, a que se poderia ter juntado uma outra também oriunda do grupo municipal do PSD, mais parecia que a oposição queria dar uma ajudinha à Câmara com vista à ocupação dos parques. Senão vejamos: o objectivo dos parquímetros seria o de levar as pessoas que habitualmente deixam o carro no estacionamento à superfície durante todo o dia a passarem a utilizar os subterrâneos e, a outra proposta do PSD visava o estacionamento gratuito nos parques nos dias da feira quinzenal.
Duas maneiras de aumentar a taxa de ocupação dos dois parques da vila que, actualmente, deixam muito a desejar. Maria José Fontelo questionou o presidente da Câmara a propósito dos índices de ocupação e, na resposta, Pereira Júnior, mesmo sem dar a conhecer os números exactos, sempre foi dizendo que a receita de cada um ronda os 750 EUR.
"Dá para pagar a luz e pouco mais", admitiu o autarca que não escondeu que o objectivo inicial do estacionamento à superfície limitado, teoricamente, a 90 minutos, era o de canalizar mais pessoas para os subterrâneos, no que não foram bem sucedidos, pelo que encara os parquímetros como a única maneira de controlar esse tempo. Mas lembrou que "se os courenses não gostam de ir para os parques, eu não queria obrigá-los a ir para lá".

Concorda com os parquímetros?

Aproveitando a discussão do assunto na última reunião da Assembleia Municipal, aqui fica mais um inquérito, desta feita sobre a instalação de parquímetros nas ruas da vila. Deixe a sua opinião.

Comerciantes querem parquímetros

Os comerciantes de Paredes de Coura defendem a instalação de parquímetros nas ruas do centro da vila, como forma de garantir estacionamento temporário aos seus clientes. A proposta foi levada à última Assembleia Municipal pela deputada Paula Caldas, do PSD, também ela com um espaço comercial naquela zona.
Paula Caldas aproveitou aquela reunião para interpelar o presidente da Câmara e dar conta do desagrado dos comerciantes que vêem os espaços de estacionamento à superfície ocupados durante quase todo o dia com os mesmos carros, que chegam de manhã e só saem ao fim do dia. A deputada municipal do PSD chegou mesmo a sugerir um eventual tarifário para os parquímetros, falando num valor simbólico para a primeira hora e um agravamento do custo das seguintes, de modo a garantir um "estacionamento de rotatividade".
A proposta, contudo, acabaria por ser chumbada, pois alguns deputados, concordando com a instalação de parquímetros, não concordaram com o tarifário sugerido, nem mesmo com outra sugestão de Paula Caldas e de Maria José Fontelo, que defendiam a criação de uma tarifa mais acessível ou até a utilização gratuita dos parques subterrâneos por parte de todos os que trabalhassem na vila.
De qualquer das formas, mesmo que fosse aprovada, dificilmente a proposta seria aplicada, pois o presidente da Câmara desde logo adiantou que a ideia de taxar o estacionamento à superfície não era nova, mas que cada máquina custa cerca de 4000 EUR, sendo necessárias pelo menos 6 máquinas, pelo que o valor total ascende a vários milhares de euros, verba que a autarquia não terá disponível no momento.

14 fevereiro 2006

Assembleia Municipal

Ontem à noite houve Assembleia Municipal. Houve mesmo! Não estava anunciado em lado nenhum, nem sequer nos Paços do Concelho, mas o certo é que houve.
Da agenda faziam parte, além dos pontos habituais, a primeira alteração ao orçamento aprovado pela Câmara, a par com o pedido para contraír mais um empréstimo.
E ainda uma alteração ao regimento da Assembleia Municpal, mais uma das várias que José Pacheco, seu presidente, tem promovido com vista à reorganização daquele órgão autárquico. Umas mais polémicas que outras, uma mais visíveis que outras, mas sempre no mesmo sentido, o de provocar o melhor funcionamento da Assembleia Municipal, no que tem sido bem sucedido. Ainda ontem , aliás, o presidente da Assembleia Municipal explicou aos presentes que está atento à realidade de outras assembleias da região, e talvez do país, e sempre que se justificar trará para Coura novas alterações.
Já agora, refira-se que também noutros concelhos o trabalho de José Pacheco tem sido alvo de curiosidade e fonte de inspiração para a criação de regimentos. Ainda recentemente, numa pesquisa pela Net, dei de caras com uma página de um deputado da Assembleia Municipal de Alcoentre que, encarregue de renovar o regimento daquele órgão, não hesitou em pegar noutros já existentes, entre os quais o de Paredes de Coura.

13 fevereiro 2006

Incêndios

Todos os dias a sirene dos Bombeiros de Paredes de Coura tem tocado a chamar pessoal. Todos as noites têm havido incêndios florestais, de pequena ou grande dimensão, no concelho. E ainda estamos em Fevereiro...
Fará sentido continuar a ter, a nível nacional, a chamada época de fogos florestais? Perguntem aos voluntários que têm andado, noite após noite, de volta das chamas e terão a resposta adequada. Na minha opinião julgo que aquela sazonalidade há muito deixou de fazer sentido e concelhos há onde, de Janeiro a Junho, são mais os fogos que no pico do Verão.
Diz-me um bombeiro, em conversa, que muitos dos fogos têm tido origem em pequenas fogueiras ateadas para fazer frente ao tempo frio nos campos. Mas também nas queimadas que se fazem no final da limpeza dos montes, levadas a cabo para, ironicamente, evitar os incêndios naquelas florestas.
As autoridades bem apelam à limpeza das matas, por um lado, e ao cuidado com as fogueiras, por outro, mas muitas das vezes basta um pequeno descuido para que uma limpeza de prevenção se transforme num grande incêndio. O Governo, ontem, pode ter dado uma ajuda para evitar estes casos, com o anúncio da construção de centrais de biomassa, que vão produzir energia a partir dos desperdícios das florestas. Resta saber se vão ser criadas e fomentadas estruturas para proceder à recolha e encaminhamento dos detritos ou se ainda vamos ter de cortar árvores para abastecer essas centrais.

09 fevereiro 2006

Respeitinho

Ambiciosos e desejados. O mínimo que se pode dizer dos projectos do novo presidente da Junta de Freguesia de Formariz para a sua terra. Ele que, nas páginas do último Notícias de Coura diz querer que a freguesia volte a ser respeitada, até porque considera que é, a seguir à vila, a que maior potencial tem. Não sei em que pressupostos assenta essa afirmação, nem se os seus colegas de outras freguesias de Paredes de Coura verão com bons olhos esse ataque de bairrismo, mas cada qual é livre de pensar o melhor da sua terra.
É certo que nem todos os planos anunciados são da responsabilidade da Junta de Freguesia, cabendo à Câmara a sua promoção, mas ainda assim não é demais destacar alguns dos projectos. Uma creche, que bem falta faz não tanto aos moradores mas também às quase duas centenas de trabalhadores da zona industrial, saneamento básico (já com meio caminho andado), melhorias na rede viária e a revelação de que o projecto da autarquia para a ligação à auto estrada vai passar a Sul da freguesia, com um provável nó de acesso a desaguar na zona industrial, onde Eugénio Pereira diz que vão ser instaladas mais unidades fabris.
Só não lhe fica bem criticar algo que poderia ter ajudado a evitar. Falo do já famoso tubo de saneamento paralelo à Ponte de Mantelães. Diz que, quando chegou ao poder já lá estava e nada podia ser feito, mas não me lembro de o ver ao lado do anterior presidente da Junta na contestação aos propósitos das Águas do Minho e Lima.

08 fevereiro 2006

Para Tribunal! Já!

Uma autêntica "guerra de comadres" a que se vive actualmente na comunicação social local, com uns a criticarem os outros e os outros a dizerem mal daqueles, tu cá, tu lá. E tão amigos que eles foram!...
Uma polémica que em nada abona para o concelho e que, a acreditar nas partes envolvidas, parece ter origem em situações verdadeiras. Parece que uns só dizem mal dos outros e os outros não querem ficar atrás, mas esquecem-se que, no fim disto tudo, quem paga somos nós, que queremos uma comunicação social isenta e temos de levar com partidarismos políticos exarcebados de um lado e de outro.
Parece que esqueceram o que é o respeito mútuo, já para não falar dos princípios básicos da boa educação e do bom, repito, do bom jornalismo, e já misturam informação com opinião, comentário com reportagem, à boa maneira das novelas mexicanas. E esquecem-se que, todos juntos podem fazer um futuro melhor (onde é que eu já ouvi isto?), podem defender melhor os interesses do concelho e dos seus munícipes, ao invés de olharem apenas para o seu umbigo.
Basta de politiquices sem vergonha. Esqueçam o partido que vos elegeu e abracem uma causa mais nobre. Se não conseguirem, então, o melhor é pegar cada qual nos seus artigos e debaterem opiniões e juízos de valor em Tribunal, até porque os últimos escritos praticamente a isso obrigam. Só não nos façam perder mais tempo.

06 fevereiro 2006

Pensamento do dia

Honório Novo, deputado do PCP na Assembleia da República, pediu esclarecimentos ao Governo sobre o prolongamento do IC1 até Valença. A resposta dada desilude quem pensava que o anúncio feito por Sócrates há alguns meses era para ter efeitos imediatos, porque o prolongamento só se equaciona lá para 2013.
E o que diz o deputado sobre o anúncio de obras e investimentos feitos pelo governo e por alguns autarcas? Que "na maioria dos casos não constituem mais que meros expedientes para enganar as populações, ao fazer crer que a respectiva realização vai ser possível a curto prazo quando de antemão bem se sabe que tal não sucederá no âmbito temporal dos respectivos mandatos."
Vieram-me à memória as declarações de Décio Guerreiro na última edição de O Coura (onde domina quatro (???) páginas do jornal), em que acusava Pereira Júnior de, apesar de defender a ligação rápida à auto-estrada, não a desejar efectivamente, porque se o quisesse há muito que teria arranjado uma solução alternativa. E entre promessas, desejos, críticas e confusões, continuamos nós, eleitores e cidadãos, à espera da alternativa.

03 fevereiro 2006

Câmara com falta de espaço

A Câmara de Coura precisa de mais espaço. Isso mesmo defendem alguns dos funcionários da autarquia que não escondem o seu desagrado face às condições de trabalho que, dizem, não oferecem privacidade e deixam muito a desejar em termos de espaço. Uma situação que afecta alguns serviços mais do que outros, com especial incidência nas áreas técnicas, cujos funcionários se queixam de falta de espaço para desenvolverem o seu trabalho, chegando mesmo a haver máquinas instaladas nos corredores dos Paços do Concelho.
E a solução para esta alegada falta de espaço está ali tão perto, mesmo nas traseiras do edifício da Câmara, na antiga casa dos magistrados, no velho quartel dos bombeiros e no prédio ocupado pela Empresa de Transportes Courense. Não é de hoje que a autarquia tem interesse naqueles espaços. O quartel há muito que é da Câmara, a casa dos magistrados já foi adquirida há quase dois anos, mas faltam as oficinas da Courense para completar o pleno e aproveitar todas as potencialidades daquela área.O objectivo da Câmara é transferir a empresa de transportes para a zona industrial de Formariz, mas o negócio não tem sido fácil, nem com os anteriores, nem com os actuais proprietários da Courense. Se houvesse acordo, estariam praticamente resolvidos os problemas de falta de espaço e de privacidade de que se têm queixado alguns funcionários da autarquia. Não esquecer, contudo, que a mudança da Courense para Formariz implica, necessariamente, novos acessos, ou pelo menos o alargamento dos que existem actualmente, que dificilmente servem para a passagem de autocarros. Porque não aproveitar e criar um novo acesso àquela área que até poderia dar origem a uma nova frente de construção na freguesia?

31 janeiro 2006

Unidos venceremos

Dois anos após a criação das comunidades intermunicipais que dividiram o distrito de Viana do Castelo eis que os responsáveis meteram a mão na consciência e verificaram aquilo que toda a gente viu em 2004: o Alto Minho unido só tem a ganhar. E agora, qual filho pródigo que regressa a casa, Vale do Minho e Valimar já falam novamente em unificar o distrito, porque consideram que só unida é que esta região poderá beneficiar dos investimentos do Governo.
E porque é que só agora chegaram a esta conclusão? A resposta é simples: porque sempre souberam que assim seria. O problema esteve, mais uma vez, na defesa da política em vez dos interesses dos habitante do Alto Minho. Quem não se lembra da troca de palavras enre Rui Solheiro, presidente da Câmara de Melgaço, e Defensor Moura, autarca de Viana do Castelo, que reivindicavam para si a presidência de um distrito unificado?
Qualquer pessoa viu, logo ali, que o problema era simplesmente um: a luta pela presidência política de um órgão que iria representar, no mínimo, dez municípios. Hoje, volvidos que são menos de dois anos, é tempo de baixar à terra e dizer adeus ao sonho (pesadelo, talvez) de querer separar o que sempre esteve unido. Nem mesmo as parcerias do Vale do Minho com a vizinha Galiza, que devem continuar, fizerem esquecer a divisão entre os de cima e os de baixo.

27 janeiro 2006

Mozelos perde para a Gelfa

Não sei quais os critérios que ditaram a escolha, mas o certo é que, no toca a antigos hospitais psiquiátricos desactivados, a Gelfa levou a melhor sobre Mozelos. É que aquela unidade hospitalar de Caminha vai ser transformada num hospital de rectaguarda, com uma unidade cuidados continuados, como há muito vem sendo reclamado para o nosso concelho.
O anúncio foi feito pelo presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Alto Minho, entidade que esteve à frente da gestão dos dois hospitais. Não diz o porquê da escolha, mas não será de estranhar que tenha a ver com a proximidade do hospital distrital em Viana do Castelo já que, se virmos a situação pelo plano geográfico, o edifício de Mozelos beneficia de uma melhor localização para o resto do distrito.
Cai, assim, por terra uma das reclamações de Pereira Júnior? Ou será que vai aproveitar o exemplo do que foi feito para a Gelfa e pedir igual tratamento para Paredes de Coura? O que é preciso é não deixar destruir ainda mais aquele património, porque qualquer dia não temos nada para reutilizar.

24 janeiro 2006

Levantar a moral

Dois artigos a ler na edição de hoje do Notícias de Coura. A opinião de Vitor Paulo Pereira e José Augusto Pacheco. Os dois sobre o desânimo e o pessimismo dos portugueses em geral, e dos courenses em particular. A ler, reler e tirar as devidas conclusões.

Feira em tempo de mudança - novo inquérito

O Notícias de Coura de hoje volta a abordar a mudança do local da feira. Uma situação que não é nova e traz à memória uma assembleia municipal onde o PSD sugeriu à Câmara o regresso da feira ao Largo Hintze Ribeiro, quando a autarquia já havia decidido optar pela mudança, ainda que com carácter temporário.
Hoje, volvidos quase dois anos, tudo continua na mesma, pelo menos a atentar na notícia publicada que, dada a autoria, merece credibilidade. Ou seja, quase dois anos depois do anúncio, ainda estamos na fase de acordar com os feirantes a transferência para aquele espaço, onde a Feira de Paredes já viveu dias de grande prosperidade. E mesmo assim numa situação transitória, durante o período em que vai decorrer a requalificação do actual largo da feira, fazendo-se depois uma avalição desta experiência para saber se, de facto, a feira quinzenal regressa definitivamente ao seu local de origem.
Os planos da autarquia para o espaço onde se realiza actualmente a feira passam pela reformulação de toda a área, com a criação de zonas arborizadas, cursos de água, uma zona para merendas e até um espaço dedicado aos mais jovens. No limite o objectivo será ligar, através do túnel, aquela zona à área envolvente do Centro Cultural, criando uma espécie de corredor verde no centro da vila.
Resta saber se o regresso da feira às origens trará alguma mais valia em termos de afluência de compradores e mesmo de feirantes. Sinceramente, tenho para mim que o verdadeiro problema da Feira de Paredes tem a ver com a diminuição do poder de compra, mudança de hábitos de consumo (super e hipermercados) e ainda com o desenvolvimento de outros eventos do género na região, de que são exemplo as grandes feiras semanais de Valença e Cerveira. De qualquer das formas, penso que a feira no centro da vila será de aplaudir, porque potencia todo aquele espaço renovado e traz mais pessoas para uma zona que tem andado meio deserta. É claro que o fim das carreiras da Courense nos dias de feira não veio ajudar muito...
Já agora, lanço aqui novo inquérito, sobre este assunto. Se quiser, deixe a sua opinião sobre a localização escolhida para a feira quinzenal.

23 janeiro 2006

Cavaco também em Coura

Nem Paredes de Coura escapou à onda de Cavaco Silva. O que não será de estranhar, tendo em conta que, apesar de votar à esquerda para a Câmara Municipal mantém uma tradição de votar mais à direita para tudo o resto. A excepção foram as últimas legislativas, no ano passado, e também as europeias do ano anterior, onde Coura deu a vitória ao Partido Socialista.
De resto, dando uma vista de olhos aos resultados das eleições presidenciais e legislativas de 1985 até agora, podemos verificar que já não é a primeira vez que os courenses votam Cavaco Silva. Assim foi nas legislativas que elegeram Cavaco Silva como primeiro ministro e nas que o reelegeram. E também depois, em 1995, 1999 e 2002, anos em que o PSD sempre conseguiu ganhar em Coura.
E mesmo nas presidenciais de 1996, quando Cavaco Silva se apresentou à corrida pela primeira vez, foi nele que os courenses votaram, em detrimento de Jorge Sampaio. Soares mereceu a confiança dos votos de Paredes de Coura em 1991, quando se apresentou à reeleição para o seu segundo mandato em Belém, mas cinco anos antes, contra Freitas do Amaral, foi mais uma vez no candidado da direita que Coura votou.
Por isso, agora, resolveu manter a tradição....
Já agora, ficam aqui os números das eleições de ontem no concelho, com a abstenção a rondar os 45 por cento, mesmo assim abaixo de outros anos.

CAVACO SILVA 3091 votos 62,42%
MANUEL ALEGRE 750 votos 15,15%
MÁRIO SOARES 708 votos 14,30%
FRANCISCO LOUÇÃ 218 votos 4,40%
JERÓNIMO SOUSA 167 votos 3,37%
GARCIA PEREIRA 18 votos 0,36%

20 janeiro 2006

Apoios para o turismo

Tal como deseja Pereira Júnior, o turismo deverá ser uma das grandes apostas de Paredes de Coura no futuro. Por isso há que começar já a estudar o pacote de incentivos que o Governo está a preparar para dinamizar este sector.
Sabe-se de antemão que vão ser privilegiadas as zonas habituais (litoral e Algarve) a que se juntará o Alqueva com as suas potencialidades para a prática de desportos náuticos. Mas o Governo quer apostar também em dez produtos chave, entre os quais se encontram a gastronomia e os vinhos, o touring cultural e paisagístico e o turismo da natureza. Três sectores em que Paredes de Coura pode vir a ter uma palavra a dar, com ou sem projecto de luxo para Mozelos. Mesmo as pequenas unidades de turismo rural e de turismo de habitação podem ter aqui um trampolim para aquele salto que ajudará a trazer mais dinamismo para o concelho.
Esqueçamos, por isso, a instalação da multinacional Ikea em Ponte de Lima (até porque não é certo que ali fique e nunca teríamos os 500 trabalhadores de que vai necessitar aquela unidade) e comecemos a trabalhar no sentido de atrair a Paredes de Coura outro tipo de investimentos capazes de gerar riqueza, emprego (em menor número mas ainda assim, alguns postos de trabalho sempre necessários) e outras mais valias para o concelho. Pode até ser que ajudem a trazer melhores acessibilidades.
Já agora, a propósito de turismo, de registar que já foi adjudicado o concurso para a exploração do restaurante do Taboão. Ao novo concessionário os votos de boa sorte e alguns pedidos. Por favor não se esqueça do espaço envolvente daquela zona, exija da Câmara arranjos para o parque de estacionamento e, acima de tudo, aposte numa divulgação forte (dentro e fora de portas).

19 janeiro 2006

Terá razão?

Ainda sobre o caso da aluna que caiu do autocarro em andamento a caminho da escola, o Jornal de Notícias de hoje volta a relembrar o caso. Fala do que terá estado na origem do acidente, da revolta dos pais que recusaram deixar os filhos ir novamente naquele autocarro e procurou saber o que pensavam pais, escola e autarquia.
E aqui ficamos a saber que o agrupamento de escolas se remeteu ao silêncio e que na Câmara, o vereador responsável pelo pelouro da Educação pediu esclarecimentos à empresa de transportes que garantiu que a viatura cumpria todas as exigências para o transporte de crianças.
De realçar também as declarações do presidente da associação de pais que, por um lado considerou o transporte escolar seguro, e por outro lado adiantou que poderá haver um outro veículo que não estará nas melhores condições. Ele, que faz questão de levar o filho à escola no seu transporte particular, lá saberá. Certo, certo, só que o assunto deverá ser abordado na próxima reunião do Conselho Municipal de Educação.

16 janeiro 2006

Hipotecado

Pois é, o problema dos Bombeiros de Paredes de Coura é mesmo falta de dinheiro.
Quem ainda tinha dúvidas foi só uma questão de ver a convocatória da próxima assembleia geral de associados, marcada para o final do mês. Entre os vários pontos que vão estar em cima da mesa lá aparece o inevitável pedido de autorização aos sócios para que a direcção possa avançar com um empréstimo bancário, que será conseguido à custa da hipoteca do actual quartel (ou pelo menos do espaço por ele ocupado).
Só falta, agora, ver Décio Guerreiro a pedir alguns conselhos financeiros a Pereira Júnior, tendo em conta a recente experiência da Câmara Municipal com as entidades bancárias, situação tantas vezes criticada pela oposição, liderada precisamente por Décio Guerreiro. É que, quando nos toca a nós, é sempre bom saber como fizeram os outros, quer para usufruir das mesmas vantagens, quer para evitar cair nos mesmos erros.

12 janeiro 2006

Perigo a caminho da escola

Pois é, o que se temia aconteceu. Infelizmente. Quando a Câmara de Paredes de Coura resolveu juntar as escolas todas numa só, na vila, bem que surgiram alertas paras as condições em que ia ser feito o transporte das crianças. Mas ninguém parece ter dado ouvidos a essas críticas (nem todas as críticas são de desprezar!) e ontem eis que aconteceu o que era esperado: um acidente (ou incidente) com um dos mini-autocarros que diariamente transportam as crianças das freguesias para a nova escola. Ao que tudo indica, um dos alunos, que seguia em pé, terá caído do autocarro com este em andamento e teve de receber tratamento hospitalar.
Poderia servir de exemplo, mas infelizmente penso que não eram necessários exemplos para ver o que poderia acontecer. Ainda há pouco mais de um ano, por altura da abertura da nova escola, se falava nas condições em que seriam transportadas as crianças (algumas com apenas cinco anos de idade). Inclusivamente Manuel Monteiro, que agora é vereador socialista da autarquia courense, alertava para a necessidade de fazer seguir em cada viatura, além do motorista, uma outra funcionária que controlaria as crianças durante a viagem. A ideia não pegou e as crianças viajam por sua conta e risco, porque todos sabemos que o condutor tem de optar entre olhar a estrada ou vigiar os alunos e a escolha a fazer parece-me óbvia.
Todos os dias passo por alguns destes mini-autocarros e não deixo de me surpreender com o facto das crianças seguirem em pé (23 meninos em autocarros de 16 lugares????), muitas delas mesmo junto ao vidro da frente, quase em cima do motorista. E às vezes nem sequer é por não terem lugar, é por serem crianças, necessariamente agitadas e curiosas que precisam de alguém a mantê-las no lugar. À semelhança, aliás, do que fazem outras instituições que trabalham com crianças.
Já sei que, quando chegar o momento de apurar responsabilidades sobre o acidente de ontem (se é que o vão fazer) o motorista será sempre sempre apontado como o "mau da fita". Não esquecer, contudo, que não foi o motorista que delineou o percurso do autocarro e necessariamente o número de crianças a transportar nesse circuito. É preciso ver que tanto o Território Educativo como a Câmara Municipal também merecem ser chamadas à razão. Estamos em tempo de crise, é certo, ms isso não é desculpa para não estarem atentos ao perigo do transporte das crianças, ou esperar que sejam os pais a trazê-las das freguesias até à vila, sendo certo que muitos deles já optaram por o fazer, nem sempre por conveniência própria, mas apenas porque estão preocupados com a segurança dos seus filhos, que optam por transportar em cadeiras próprias (obrigatórias até aos 12 anos).