12 junho 2012

Apertar o cinto

Paredes de Coura: CEIA e piscinas municipais fecham portas em períodos de menor afluência para reduzir custos – notícia da Rádio Vale do Minho

Mais uma medida da Câmara de Paredes de Coura com vista à redução de custos. A juntar à deslocalização de funcionários de áreas com serviço mais reduzido para outras mais sobrecarregadas. Ou ao corte nos apoios às festas concelhias, Feira Mostra ou Festival. Ou a outros cortes, de maior ou menor dimensão, em áreas diversas, uns justificados, outros se calhar nem por isso (veja-se o caso das análises da água das fontes). Já para não falar naqueles a que se viu obrigada por Lisboa. E provavelmente (seguramente será mais acertado) não ficamos por aqui…

06 junho 2012

As críticas do deputado

  Foto retirada daqui.

Se dependesse do PSD, Paredes de Coura estaria bem melhor. É, pelo menos, essa a ideia com que se fica ao ler a entrevista a Eduardo Teixeira, deputado social-democrata eleito pelo círculo de Viana do Castelo, que o jornal O Coura publica na sua última edição, e onde o também líder do PSD distrital critica não só a gestão autárquica do PS, mas também as sucessivas promessas dos governos socialistas e o esquecimento a que o concelho foi votado.

“Faltou ambição e poder reivindicativo aos políticos socialistas de Coura”, refere o deputado do PSD, que fala ainda na ausência de uma política de desenvolvimento. “A política aqui desenvolvida levou à desertificação e ao isolamento”. Eduardo Teixeira vai ainda mais longe, referindo que, nos últimos quinze anos, os “reais e necessários” investimentos de Paredes de Coura não foram efectuados. “Em Coura só se viu o parque de estacionamento e mais nada”, acusa ainda o social-democrata, que parece desconhecer outros investimentos de relevo no concelho.

Conhece, contudo, as “fortes personalidades locais” que o levam a dizer que, no próximo ano, o PSD vai apresentar um “projecto de ambição e desenvolvimento para Paredes de Coura”. Nome de candidato é que ainda não surge nas páginas do jornal, mas o facto de apontar o próximo ano para ser conhecido esse projecto para o concelho faz pensar que a escolha não estará fácil, pois há uns meses Eduardo Teixeira dizia que a estratégia autárquica do PSD no distrito estaria definida até Junho. Ora como o candidato é, porventura, o ponto fulcral da estratégia, pode estar aqui a explicação do atraso.

05 junho 2012

Descubra as diferenças

 

Primavera Sound com preocupações ambientais promete recuperar eventuais estragos no recinto – notícia da Agência Lusa, via RTP

À primeira vista vejo algumas semelhanças entre o Optimus Primavera Sound, que a Ritmos organiza, já esta semana, no Parque da Cidade, no Porto, e o Festival de Paredes de Coura. Mas depois leio a notícia acima (já agora agradeço ao anónimo que a referiu num comentário a este post) e constato que, eventualmente, o que salta à vista são mais as diferenças do que as semelhanças.

Recordo, principalmente, os lamentos de quem visita Paredes de Coura no período pós Festival e se queixa do estado em que se encontra a praia fluvial do Taboão, em contraste com as exigências/contrapartidas negociadas na realização deste novo festival no Porto, onde a organização tem, após a realização do festival, três semanas para recuperar tudo o que tenha ficado estragado naquele espaço privilegiado do Porto. Pelos vistos o problema de Paredes de Coura é a falta de capacidade de negociação!

31 maio 2012

Nem à minha carteira…

Tribunal conclui que portagens não trouxeram benefícios ao Estado - notícia da Rádio Renascença

Pois! E o pior de tudo é que falta um mês para o final das isenções por discriminação positiva e do lado do Governo a prometida reavaliação continua sem avançar.

É ali ao lado!

Como dizia um comentador num post mais abaixo, a Câmara de Viana do Castelo anunciou que o apoio financeiro que habitualmente dá à VianaFestas, entidade municipal responsável pela organização da Romaria da Senhora d’ Agonia, vai sofrer este ano um corte de 20%. Ou seja, um corte de 50 mil euros, tendo em conta os 250 mil euros atribuídos em 2011.
E isto apesar de, como realça a autarquia, a romaria deste ano ter mais um dia do que no ano passado, em virtude do dia da padroeira calhar a uma segunda-feira. Ao mesmo tempo, o município vai também reduzir a sua participação na logística das festividades, nomeadamente nas bancadas e na iluminação. Cortes que, explica a Câmara, vão permitir usufruir da festa, mesmo cortando em coisas que lhe davam qualidade.
Será exemplo a seguir?

30 maio 2012

Eles andam aí! (2)

A tese de Júlia Paula Costa, presidente da Câmara Municipal de Caminha, de que a denúncia anónima que levou a Polícia Judiciária a efectuar buscas naquela autarquia estaria relacionada com questões político-partidárias, parece ter encontrado eco no PSD local. Só que, enquanto a autarca se limita a deixar as coisas no ar, a concelhia social-democrata vai mais longe e, criticando o facto de as buscas da PJ terem sido do conhecimento da comunicação social ainda antes dos inspectores chegarem à Câmara, não hesita em apontar responsabilidades (da fuga de informação, não da denúncia) a uma ex-assessora daquela autarquia.

Curiosamente,  a tal ex-assessora que o PSD de Caminha acusa sem identificar mas identificando ainda assim, estará agora a colaborar com o vizinho município de Vila Nova de Cerveira. Que, como os social-democratas caminhenses fazem questão de lembrar, é presidido pelo líder distrital do Partido Socialista. Será que a ex-assessora de que falam agora, é a mesma desta notícia?

Festival de queixas (2)

A entrevista de Filipe Lopes e João Carvalho, dois dos responsáveis pela empresa organizadora do Festival de Paredes de Coura, ao Notícias de Coura, continua a dar que falar. Desta feita com o próprio João Carvalho, aos microfones da Rádio Vale do Minho, a garantir que se mantém as mesmas boas relações, de há duas décadas, entre Ritmos e Câmara Municipal de Paredes de Coura. Explicações que fazem parte duma reportagem mais alargada sobre o Festival de Paredes Coura, e que podem ser escutadas a partir dos 5 minutos e 18 segundos no vídeo acima.

“A entrevista pôs toda a gente a dizer que nós éramos contra a Câmara. Não somos contra a Câmara”, esclarece João Carvalho, realçando que existe uma relação de amizade entre os organizadores e o presidente da autarquia. Mas, deixa o desabafo, “estamos descontentes com o corte, que foi este ano muito grande, ao Festival de Paredes de Coura, numa altura em que o Festival se vê à rasca para sobreviver”.

Eles andam aí!

A Câmara Municipal de Caminha foi, ontem, alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária. Justificação? Só a de que teve origem numa denúncia anónima, com informações contraditórias a surgirem na comunicação social por parte de fontes da autarquia, com uns a falarem em queixas de aproveitamento político e outros a ligar as buscas com episódios de contratação pública.

Certo, certo, só o facto de, nos últimos meses, as autoridades terem andado por diversas vezes de volta da Câmara de Caminha e da actuação dos seus responsáveis, nomeadamente com acusações de peculato e queixas sobre irregularidades nos concursos de contratação de funcionários. Aliás, já depois de concluídas as buscas no interior dos Paços do Concelho, a presidente da Câmara veio a público informar que os inspectores da PJ levaram documentação relativa à contratação de duas jornalistas para a assessoria do município. Mas não só, pois no rol de documentos confiscados também estariam alguns relacionados com a construção do canil municipal, cópias das horas extraordinárias e ajudas de custo de três funcionárias, das despesas de representação da presidente da Câmara e uma cópia da listagem das lembranças atribuídas por Júlia Paula Costa no Natal.

A autarca, contudo, desvaloriza a situação, realçando que ninguém foi constituído arguido, e afirma estar a ser alvo de perseguição política, que apelida de cobarde por estar assente em denúncias anónimas. “Estão aqui em causa fins político-partidários”, critica Júlia Paula Costa, sem, contudo, mencionar nomes, mas pedindo uma investigação rápida, tendo em conta o período de eleições autárquicas que se avizinha. Pois… Se calhar até tem razão!

29 maio 2012

Uma feira que já era

feira 2Paredes de Coura ainda tem feira quinzenal? Tem! E tem dias que até consegue ali juntar um aglomerado humano digno de ser visto. Tem outros que… são o espelho do que é a feira actualmente, uma amostra daquilo que já foi. E, se dúvidas existissem, a notícia divulgada pela Rádio Vale do Minho na semana passada, a propósito do sorteio de lugares vagos na feira courense, tudo clarificava. Por um lado vemos que, neste momento, há 13 lugares vagos, quase todos no Largo 5 de Outubro e a maioria deles destinado à venda de têxteis. Mas por outro lado, de acordo com a notícia da Vale do Minho, temos apenas dez feirantes interessados no sorteio.

Desconheço se, até à hora limite para as inscrições, apareceram mais candidatos a ocupar os lugares vagos, mas se tal não aconteceu, a oferta maior do que a procura demonstra claramente o pouco interesse que a feira quinzenal de Paredes de Coura tem para os feirantes. Aliás, como admite a própria autarquia, que fala na concorrência de outras feiras do Vale do Minho e na nova realidade das trocas comerciais.

Ao mesmo tempo vemos a autarquia de Valença a apostar na feira semanal daquela localidade, dinamizando mais uma edição daquele mercado, aos domingos, uma vez por mês. Uma acção que, contudo, poderá não passar da primeira edição, já que os comerciantes valencianos não viram com bons olhos esta ideia da Câmara, alegando que a realização de uma edição extra da feira de Valença vai prejudicar ainda mais o comércio tradicional do concelho e a autarquia prometeu avaliar a experiência após esta primeira feira extra.

De qualquer das formas, esta situação vem confirmar as palavras da Câmara de Paredes de Coura, quando fala na concorrência dos mercados vizinhos, e atestar a pouca importância da feira courense no panorama regional. E o melhor é nem sequer falar na feira de Vila Nova de Cerveira onde, recorde-se, há alguns meses apareceram mais de 400 candidatos para o sorteio de… 19 lugares.

23 maio 2012

Mais um centenário em 2013

Foto retirada daqui.

Assinala-se, a 15 de Janeiro do próximo ano, o centenário do falecimento de Narciso Alves da Cunha. E já há livro prometido e tudo, da autoria de José Augusto Pacheco, professor da Universidade do Minho e presidente da Assembleia Municipal de Paredes de Coura, que aproveitou a apresentação do seu livro de crónicas na última feira do livro para lembrar a efeméride e o projecto que tem em mãos. Desconhece-se, contudo, se, à semelhança do que aconteceu com o centenário da implantação da República e com o cinquentenário da publicação de “A Casa Grande de Romarigães”, também esta data vai ser devidamente assinalada pela Câmara Municipal de Paredes de Coura.

22 maio 2012

O ruído de uns e de outros

vista nocturna 1Depois do que se disse neste post, não fica mal lembrar que os problemas originados pelo ruído da noite não são exclusivos de Paredes de Coura, muito pelo contrário, especialmente nesta altura de festas estudantis. Que o digam os moradores de Lisboa, Coimbra e Porto (ou melhor, Matosinhos), com queixas semelhantes mas que vêem o caso ser encarado de forma diferente. Uns com reforço na fiscalização e mão pesada da autarquia, outros com tentativa de sensibilização dos afectados e outros ainda, talvez por verem o tribunal negar-lhes o direito ao sossego, optam por medidas mais drásticas e dispendiosas. É só escolher!

Isto é que é confiança!

O PSD de Vila Nova de Cerveira tem um novo líder que promete começar a trabalhar já nas eleições autárquicas de Outubro do próximo ano. Nada de mais, até porque as autárquicas de 2013 são o próximo acto eleitoral com que se deparará (se não houver novidades lá para S. Bento).

Curioso só o optimismo, a meu ver exagerado do presidente da distrital social-democrata, o deputado Eduardo Teixeira, que vê no novo líder do PSD cerveirense a pessoa certa para conquistar a presidência da Câmara local. Nada de mais, não fosse, nos últimos actos eleitorais, o PSD ter perdido sempre as eleições autárquicas naquele concelho. Em 2001 conseguiu apenas um vereador, com 31,27% dos votos. Quatro anos depois logrou eleger dois vereadores, subindo aos 33,79% (contra 61,35% dos socialistas), mas em 2009 voltou a cair, perdendo um dos vereadores e ficando abaixo dos 30%. Haja optimismo, portanto!

17 maio 2012

Tarde piaste…

JN 16.05.2012Mão amiga fez-me chegar a notícia que reproduzo acima. Pois… parece que há quem se tenha deixado dormir, embalado pelas promessas de tecnologia acessível a todos, e só tenha acordado agora para a triste realidade que é a distribuição da TDT em Portugal. O caso em foco é no Minho, mas nas notícias das últimas semanas não têm faltado exemplos de situações semelhantes um pouco por todo o país. É o que temos, dirão alguns! Mas podíamos ter mais, claro que podíamos. Haja quem reclame!

03 maio 2012

Um PSD com duas caras?

Terá o PSD courense uma cara no concelho e outra fora dele? A questão foi levantada por Carlos Barbosa, do grupo municipal do PS, na última Assembleia Municipal de Paredes de Coura, que voltou a abordar a questão do anúncio do encerramento do Tribunal de Paredes de Coura.

Carlos Barbosa, que tem assento na assembleia da CIM Alto Minho, em representação dos socialistas da AM courense, lembrou que naquele órgão foi também apresentada uma moção a repudiar o encerramento dos tribunais de Paredes de Coura e de Melgaço, documento que, destacou, terá merecido a oposição dos elementos do PSD representados na assembleia da comunidade intermunicipal. Ora, um dos elementos social-democratas que está nessa assembleia é precisamente Décio Guerreiro, líder da bancada do PS na AM courense e que, recorde-se, na última reunião tinha votado favoravelmente uma moção socialista a contestar o encerramento do tribunal courense.

Mesmo sem ver o seu nome referido, Décio Guerreiro acusou o toque e não tardou a responder ao líder da banca socialista, esclarecendo que votou contra não por estar a favor do encerramento dos tribunais mas por se tratar de um “documento político demasiado pesado”, explicando ainda que o próprio presidente da CIM, o autarca socialista de Melgaço, considerou que o momento não era oportuno. Apesar disso, afirmou em declaração de voto na altura, “este meu voto não retira o apoio à luta de Coura e de Melgaço”. As explicações, contudo, não pareceram convencer os colegas da assembleia courense, com Carlos Barbosa a referir que Rui Solheiro, apesar de questionar o momento em que era apresentada a moção, acabou por a votar favoravelmente.

Também Joaquim Felgueiras Lopes aproveitou para mandar a sua achega ao social-democrata, lamentando que “tenhamos uma posição em Coura e outra fora de Coura”. Insinuação que levou Décio Guerreiro a dizer que estava a ser acusado de não defender o seu concelho, quando o que estava em causa era um documento de combate político contra a ministra. “Repudio tudo o que são ataques baratos e baixos que nada dignificam quem os faz nem a AM de Paredes de Coura”, acabaria por dizer o líder do PSD. Carlos Barbosa, por seu turno, informou a assembleia que iria pedir o CD com as gravações da reunião da CIM para provar o que tinha dito antes. “Não retiro uma vírgula ao que disse aqui”, concluiu o representante do PS.

02 maio 2012

Festival de queixas

iphone02052012Queixas, críticas e lamentos. É isto que se pode ler na edição do Notícias de Coura que hoje chegas às bancas, numa entrevista a dois dos elementos da Ritmos, empresa responsável pela organização do Festival de Paredes de Coura, que não hesitam em apelidar de “ridículo” o apoio que a Câmara courense dá a este evento, chegando mesmo a dizer que “coloca em causa a realização do Festival”.
Os dois empresários vão ainda mais longe e dizem que, neste momento, o Festival de Paredes de Coura dá prejuízo  - “é o único mau negócio que a Ritmos tem” - e é suportado pelos lucros de outros eventos organizados pela empresa. Por isso mesmo os organizadores explicam que, se continuam a organizar o Festival de Paredes de Coura, “é por amor à terra”.
Filipe Lopes e João Carvalho, não perderam também a oportunidade de responsabilizar a Câmara de Paredes de Coura pelo não aproveitamento devido do Festival. “Não existe turismo em redor do Festival”, esclarecem, apelando a uma maior envolvência em torno deste evento de forma a aproveitar o potencial que tem para a promoção do concelho.
Depois, voltam à carga com um discurso que, aqui há uns anos, chegou a marcar uma reunião do executivo courense, dizendo que há outras autarquias dispostas a pagar o dobro do que paga a Câmara de Paredes de Coura para terem o festival no seu concelho. Identificando-se como os maiores investidores no concelho, os dois empresários dizem que a autarquia “tem medo de assumir que o Festival é um evento de excelência”, lamentando ainda que nunca tenham sido homenageados pelo município courense.

30 abril 2012

Contas aprovadas

Logo à noite há Assembleia Municipal. Na agenda, ponto principal, a apreciação e votação das contas do município referentes a 2011, com o presidente da Câmara Municipal a garantir que a execução financeira rondou os 68%, mas que a execução física do que estava planificado ascendeu aos 95%. No global, estamos a falar de cerca de 13 milhões de euros.

A votação de logo à noite, contudo, mais não será que um “pro-forma”, tendo em conta a maioria socialista na Assembleia Municipal, por um lado, e o facto de todos os documentos de prestação de contas da autarquia courense já terem sido aprovados, por unanimidade, pelo executivo camarário, ou seja incluindo os votos favoráveis da vereação social-democrata, pelo que não se espera voto em sentido contrário na sessão deste noite.

De registar, a propósito, a declaração de voto dos vereadores do PSD no final da votação, que realçaram a execução em torno dos 80% (em que ficamos, afinal?), o que “na actual conjuntura é, ainda que com atrasos nos pagamentos existentes, muito positivo”. No entanto, os social-democratas aproveitaram para deixar um recado ao executivo socialista, alertando que, se não contabilizarmos os apoio sociais e o investimento na Loja Rural, do total de investimento realizado, “pouco se destinou ao fomento económico e ao apoio à melhor dos rendimentos dos courenses”. “Obviamente, esta teria sido a nossa prioridade de acção”, remataram os dois representantes do PSD na vereação courense.

20 abril 2012

Portem-se bem, senão...

Secretário de Estado deixa o aviso: Os municípios que não apresentarem as suas propostas não beneficiarão de tolerância na redução de freguesias – notícia da Rádio Geice

Que é como quem diz: nós temos a maioria e se vocês não se entenderem a decidir, há aqui quem possa decidir por vós. Uma coisa é certa, depois de várias movimentação iniciais, assim que foi conhecida a proposta do governo, actualmente as coisas estão assim como que… paradas. Na Assembleia Municipal já por várias vezes se falou na necessidade de agendar uma reunião para discutir especificamente esta questão, mas até agora nada foi feito.

Bem, nada, é como quem diz, porque o PSD tem-se multiplicado em sessões de esclarecimento por todo o distrito, inclusivamente com a participação de deputados e membros do governo. Se calhar está a preparar o terreno para, quando a agregação de freguesias avançar, ser o partido melhor preparado para esclarecer os eleitores que no próximo ano vão ser chamados a eleger novos presidentes de junta.

As queixas de uns e de outros

O post anterior, sobre as mudanças no horário de encerramento de alguns bares que funcionam em Paredes de Coura, suscitou alguns comentários de frequentadores, indignados com a redução do horário de funcionamento. Mas indignados também com o aparente excesso de zelo da GNR, acusada de se fazer ver ao longo da noite, rua acima e rua abaixo e de realizar operações de controlo nas saídas da vila.

Pelos vistos, noutros pontos do distrito também há quem não veja com bom olhos a intervenção das autoridades. Veja-se o que acontece actualmente em Monção e Valença, com a GNR a promover acções de fiscalização a estabelecimentos comerciais e os comerciantes a queixarem-se de que isso é mau para o negócio.

Poderemos dizer que estamos perante casos de excesso de zelo. Mas, se pensarmos um bocadinho, talvez cheguemos à conclusão de que a GNR está apenas a fazer cumprir a lei. E quem a deve cumprir? Nós, pois então!|

09 abril 2012

Recolher obrigatório

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Conta, peso e medida é o que se espera, e exige, das decisões emanadas duma autarquia, seja sobre o que for. Quer se trate de decidir a taxa a aplicar em impostos municipais, quer se discuta o sentido do trânsito numa qualquer via municipal, não se pode escolher o oito ou o oitenta, há que ter, precisamente,… conta, peso e medida.

Vem isto a propósito da recente alteração, a nível municipal, do horário de funcionamento dos bares da vila que, depois de muito tempo abertos praticamente até às quatro horas da manhã, viram agora limitado o seu funcionamento, por decisão camarária, até às duas horas da madrugada. E, por muito que esta alteração desagrade aos proprietários dos bares, não se pode dizer que a redução da hora de encerramento seja uma completa surpresa, pois sempre que, em momentos anteriores, a Câmara Municipal de Paredes de Coura autorizou o alargamento do horário de funcionamento, desde logo ressalvou que esse alargamento ficava sujeito ao cumprimento das normas legais em vigor sobre o ruído.

É claro que quem lia o aviso a autorizar o prolongamento de horário dos bares, e em tempos da discoteca, desde logo concluía que aquilo era apenas para figurar no papel, pois ninguém acreditava, especialmente no Verão em que grande parte do movimento de clientes se verifica no exterior, que se conseguisse cumprir, numa qualquer noite movimentada de sexta ou sábado, os limites de ruído impostos pela legislação. Por isso, quando começaram a chegar queixas, mais do que as habituais, aos serviços da Câmara, não restou outra hipótese à autarquia que não fosse fazer cumprir a lei. E como chamar a GNR de nada vale, até porque esta força policial não dispõe de meios para verificar os níveis de ruído, a solução mais simples e rápida é reduzir o horário de funcionamento desses estabelecimentos.

Pessoalmente creio que é a opção correcta, ainda que haja quem defenda que, desta forma, se está a mandar os courenses que queiram esticar a noite para fora do concelho. Até pode ser assim, mas onde está a novidade? Há anos que as noites de Caminha e Ponte de Lima, por exemplo, são paragem obrigatória para muitos courenses. Além disso, ainda há pouco tempo a Câmara de Caminha tomou atitude semelhante relativamente aos bares daquela vila, também como medida punitiva pelo desrespeito do direito ao descanso por parte dos moradores vizinhos.

De qualquer das formas não posso deixar de questionar porque é que se opta pelo caminho mais fácil, mas ainda assim, reitero, desejável face ao cenário anterior, ao invés de se apostar na prevenção deste tipo de situações, nomeadamente com uma maior fiscalização das condições de funcionamento destes estabelecimentos, nomeadamente no que concerne ao seu isolamento acústico. Além disso, mais fácil ainda seria pensar um bocadinho antes de assinar de cruz o licenciamento de um bar ou discoteca. Bastava isso, se calhar, para não termos bares a funcionar até de madrugada, por debaixo de edifícios de habitação.

20 março 2012

Temos candidato?

scan0044Na edição de hoje do Notícias de Coura, José Felino, antigo presidente da Junta de Freguesia de Insalde pelo PSD, traça uma espécie de plano de acção caso fosse ele o presidente da Câmara de Paredes de Coura.
Será apenas um desabafo ou uma proposta de intenções? Teremos um José Felino candidato à câmara courense? E por que partido? Ideias não lhe faltam, mas de todo o artigo salta à vista uma palavra: gratuito! Mas também, para imaginar não é preciso dinheiro! (clicar na foto para aumentar)

19 março 2012

Antes provinciano que mal educado

Mas… isto ainda rende?? Sinceramente, procurei sempre abster-me de comentários sobre este assunto, até porque não assisti ao espectáculo em questão e só tive conhecimento da “interrupção” através de amigos que lá estiveram e pelo que veio na comunicação social. Sempre achei que, apesar da falta de respeito para com o público, de quem fez e de quem deixou fazer, havia muito exagero nas reacções. No entanto, não posso deixar de criticar quando alguém vem a público dizer que se trata de “provincianismo bacoco”. Pode ser, mas mesmo os “provincianos bacocos” demonstraram ter mais educação que certos “provincianos da capital” que, habituados ao “status quo” de pacóvio encartado, julgaram ter aura de estrela numa terra habituada a ver, quase todas as noites, um bonito céu estrelado.

16 março 2012

Marcas para o futuro

iphone16032012“Neste momento temos 10 milhões de euros em obras a decorrer no município” – Pereira Júnior, na última Assembleia Municipal

15 março 2012

A TDT.. já cá está… mas não parece

cobertura tdt 15032012Depois desta informação, surge agora a confirmação oficial de que o emissor da TDT já está instalado em Paredes de Coura. E, ao que parece, serve 99% (?) da população courense.

Só é pena que quem tem o dever de informar os cidadãos sobre este assunto continue a divulgar informação desactualizada, como a que se vê na imagem (clicar para aumentar), o que, infelizmente, pode muito bem ser aproveitado por algumas mentes mais gananciosas para continuar a fazer negócio à custa da ignorância das pessoas.

14 março 2012

O mal de uns é a oportunidade de outros

É sempre assim, há sempre quem veja no mal alheio uma oportunidade a explorar. E na política, então, esta situação é muito frequente. Por isso não será de estranhar que, quando se fala na possibilidade de serem encerrados serviços como os tribunais ou as repartições de Finanças em alguns concelhos da região, haja municípios que não estão nada preocupados com o assunto, até porque estão convencidos de que vão ganhar com isso.

Contudo, não deixa de ser estranho ler uma notícia como esta, em que o presidente da Câmara de Valença não esconde o seu regozijo por o concelho a que preside poder vir a acolher a concentração dos serviços de Finanças dos vizinhos municípios de Monção, Melgaço, Paredes de Coura e Vila Nova de Cerveira, numa espécie de “super balcão”. Não pela notícia em si, já que o encerramento das repartições de Finanças há muito que é falado, mas pela “reviravolta” de que fala o autarca que, depois de confrontado com o eventual encerramento das Finanças de Valença, vê agora esse ideia substituída pela concentração de todos os serviços dos cinco municípios.

A justificação, então, não convence ninguém, pois pensarmos que tal opção de concentração, a acontecer, se deve ao facto de Valença ser a segunda cidade do distrito… não merece comentários. E, partindo agora para o campo da especulação pura, seria muito lamentável que a escolha de Valença para acolher esse “super balcão”, se ficasse pura e simplesmente a dever…à cor do seu Executivo, como dá a entender a “reviravolta” referida na notícia.

À parte tudo isto, é de todo lamentável que este tipo de decisões tenha como base apenas e só justificações financeiras. É certo que o caso das Finanças é diferente do dos tribunais, até porque grande parte das operações já têm de ser feitas online. Mas ao mesmo tempo, a situação das Finanças é também diferente da dos tribunais porque é muito maior o número de pessoas que tem de se deslocar àquele serviço do que aos tribunais. Num concelho como Paredes de Coura, por exemplo, julgo que fará mais mossa o encerramento das Finanças do que o do Tribunal, e julgo que nos outros municípios afectados também.

Concluindo, são opções calculistas, mas mal calculadas, como esta, que continuam a contribuir para que os municípios do interior continuem a não apresentar factores de atractividade. Não que se possa dizer que uma repartição de Finanças ou um tribunal contribuam para o aumento da natalidade ou do número de habitantes dum concelho, por exemplo, mas na hora de somar todos os prós e contras, cada vez mais contras, a deslocação de Melgaço a Valença para pedir uma qualquer certidão, pesa certamente na decisão.

08 março 2012

A TDT… já cá está!

Ainda não tive oportunidade de testar, mas pessoa amiga já me fez chegar a informação de que o retransmissor prometido para Paredes de Coura, instalado ao que parece na Pena, Mozelos, já está em funcionamento. Basta fazer uma busca de canais num televisor equipado com descodificador e já lá aparece o sinal que, até agora, andava afastado das televisões courenses.

05 março 2012

No mínimo…

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Na Diocese de Viana do Castelo – Padres vão ganhar no mínimo 950 euros – notícia do Jornal de Notícias

… qualquer comentário a esta notícia merece alguma reflexão. E como não tenho, de momento, o tempo suficiente que me parece ser necessário para reflectir sobre este assunto, fico-me apenas pela simples indicação da notícia em questão. Sem comentários, apreciações, questões ou indignações… que as terei certamente!

As palavras dos outros (4)

placas praia fluvial

As vantagens e desvantagens do acesso rápido de Paredes de Coura à A3. A opinião de de Hernâni Von Doellinger, no blogue Tarrenego!

29 fevereiro 2012

TDT chega a Coura. É garantido!

pena 4As notícias vindas a público nos últimos dias dão conta de que Paredes de Coura vai também ter, como muito e bem reivindicado, um emissor de TDT, acabando com as zonas sombra e permitindo que grande parte da população aceda às emissões de televisão digital sem custos acrescidos. Valeu a pena reclamar e obrigar os responsáveis do concelho a agir? Claro. Resta saber a quem se tem de agradecer.

Na assembleia municipal da passada sexta-feira, o presidente da Câmara de Paredes de Coura dava conta da recente deslocação do vereador Manuel Monteiro a Lisboa, para discutir o assunto com a PT, explicando que o vereador “veio de lá convencido que vamos ter o problema resolvido”. Para isso, a PT iria enviar a Paredes de Coura uma equipa técnica para averiguar quais as zonas sombra e procurar uma solução, o que o autarca esperava que acontecesse nas próximas duas semanas.

No entanto, dois dias depois, no domingo passado, já o jornal Correio da Manhã saltava a fase das averiguações técnicas e garantia, pela voz do autarca courense, que a PT ia começar a instalar um retransmissor no concelho. “A PT já nos garantiu que vai começar a instalar um retransmissor em Paredes de Coura para resolver este problema”, referiu Pereira Júnior. Ou seja, de sexta à noite para domingo, o convencimento de que o problema seria resolvido transformou-se numa certeza.

No dia seguinte, nova notícia sobre o mesmo assunto, desta feita na Rádio Geice, nas com outro protagonista. Aqui era a ANACOM a garantir que vai ser instalado um retransmissor no concelho. Uma garantia que chegou pela voz de Eduardo Teixeira, deputado social-democrata eleito por Viana do Castelo, que se congratulou pelo solucionar do problema da cobertura da TDT no concelho, e no distrito, depois de feitas várias “demarches”. Quem as fez, autarquia ou deputados? Agradeçamos aos dois para não falharmos nenhum!

28 fevereiro 2012

O princípio do fim… por unanimidade

Quem entrasse no salão nobre da Câmara de Paredes de Coura na noite da passada sexta-feira, apanhando a Assembleia Municipal a decorrer, poderia pensar que se estava a discutir o fim do concelho. É que, se numa hora falava-se do encerramento do tribunal, noutra discutia-se o encerramento do internamento e lá pelo meio abordaram-se ainda assuntos como o facto do concelho não ter cobertura da TDT ou a intenção governamental de querer, a qualquer custo, doa a quem doer, avançar com a fusão de freguesias. Não estranharia, portanto, que a determinada altura se fizesse ouvir, pela voz de Tiago Cunha, do PS, a frase que poderia resumir toda a discussão da noite: “se calhar é o princípio do fim”.

Tiago Cunha referia-se à anunciada intenção do Ministério da Justiça de encerrar o Tribunal de Paredes de Coura. Intenção que ele, e toda a Assembleia Municipal, contestam e que dominou grande parte do período de antes da ordem do dia. Carlos Barbosa, porta-voz do PS, apresentou uma moção que rebatia, ponto por ponto, a argumentação utilizada pelo ministério de Paula Teixeira da Cruz. Ponto por ponto mesmo, de tal forma que no final ficava-se com a sensação de que, dizendo tudo, nada dizia, Isso mesmo procurou explicar Décio Guerreiro, do PSD, dizendo que se calhar era melhor fazer incidir a moção em alguns aspectos mais incisivos. No final, contudo, depois de algum debate PS/PSD e após uma interrupção dos trabalhos a pedido dos social-democratas, a moção acabou por ser aprovada por unanimidade.

A unanimidade, aliás, marcou a totalidade dos trabalhos duma assembleia onde PS e PSD repartiram entre si as intervenções, com o PCP a estar “ausente de corpo presente”. Não houve intervenção deste partido quando se falou do Tribunal e continuou a não haver quando o assunto em discussão foi o anunciado fecho do internamento, trazido à baila por Décio Guerreiro e que levou Pereira Júnior a falar na dualidade de papéis em que se vê confrontado quando se fala deste assunto. Por um lado, como autarca, defende o internamento a todo o custo, por outro lado, como provedor da Santa Casa da Misericórdia, “era bom que encerrasse”, porque dá um prejuízo anual de 60 mil euros que muito contribui para os 750 mil euros de défice acumulado nos últimos anos. De qualquer das formas, Pereira Júnior sempre foi dizendo que aguarda ainda uma resposta da ARS Norte mas que, oficiosamente, tem informações que lhe dizem que não irá fechar enquanto não estiver a funcionar a unidade de cuidados continuados actualmente em construção e que deverá estar concluída em Março do próximo ano.

Já a reorganização administrativa ao nível das freguesias deverá estar concluída muito antes disso. Razão pela qual Décio Guerreiro quer saber quando se debruçará a Assembleia Municipal sobre o assunto, promovendo um grande e alargado debate. Não será tão cedo, contudo, pelo menos a acreditar na sugestão de Pereira Júnior que, dadas as mudanças constantes que esta situação tem tido, defende que é melhor “empurrar isto mais para a frente”, para depois da lei ter sido aprovada no Parlamento. Sempre foi dizendo, contudo, que a proposta actual do Governo penaliza o concelho, porque obriga a que sejam agregadas 25% das freguesias, mas está convencido de que a lei final só vai obrigar a mexer com as freguesias com menos de 150 habitantes. Razão pela qual preconiza que “se calhar teremos de lutar para que as Porreiras não desapareçam”. Mas, na hora da luta, será que vai haver unanimidade?

Mas quer mesmo?

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Executivo quer saber situação financeira de todas as Câmaras – notícia da Rádio Renascença

E estará preparado para as respostas? E para dar respostas? É que, lá diz o ditado, a curiosidade matou o gato…

22 fevereiro 2012

O que nasce torto…

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Construiu-se. Criticou-se. Suspendeu-se. Desmantelou-se. Parece que vai mudar de sítio… a ver se muda de sorte!

17 fevereiro 2012

O centenário já lá vai…(2)

CIMG1107E por falar em centenário da implantação da República em Portugal, e do vasto programa comemorativo promovido pela Câmara Municipal de Paredes de Coura, alguém se lembra da prometida Fotobiografia de Paredes de Coura, da autoria de Mário Cláudio? Aquela que teve duas datas apontadas para a sua publicação mas que ainda não chegou a ver a luz do dia? É que, entretanto, as comemorações já terminaram… e o feriado também!

Porque às vezes é preciso reclamar!

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Sinal da TDT já chegou ás freguesias da orla costeira Viana-Caminha – notícia da Rádio Geice

Acho que a primeira frase da notícia, da autoria do presidente da Junta de Freguesia de Afife, diz tudo: “A contestação valeu a pena”. Pena é que haja quem não pense assim e resolva esperar por quem não prometeu.

15 fevereiro 2012

O centenário já lá vai…

… mas continuam a aparecer por aí alguns trabalhos sobre o tema. É o caso deste vídeo realizado por alunos da turma de técnico de audiovisual da EPRAMI que nos dá conta de alguns aspectos relacionados com a implantação da República e seu impacto em Paredes de Coura.

09 fevereiro 2012

Ou muda… ou fecha!

Sede da Junta de Freguesia de Cossourado muda-se para antiga escola primária em 2013 – notícia da Rádio Vale do Minho

Fará sentido, numa altura em que ainda paira muita confusão sobre a reforma da administração local proposta pelo Governo, que se gaste dinheiro num edifício para albergar uma junta de freguesia?

Há quem pense que sim, argumentando talvez que além da junta de freguesia ali vão funcionar vários outros serviços, num espécie de centro cultural de Cossourado. Sim, leram bem!

Mas há também quem pense que, dada a incerteza sobre o futuro da freguesia enquanto tal, o melhor seria esperar mais alguns meses antes de gastar quase 100 mil euros (40% dos quais financiados pela própria Câmara Municipal de Paredes de Coura), num edifício que corre o risco de se ver esvaziado da principal função para que foi projectado.

E, depois, há também aqueles que pensam que tudo isto não passa de uma manobra de antecipação por parte da Junta de Freguesia de Cossourado que, face a um eventual cenário de agregação de freguesias, quer já segurar para si o estatuto de pólo central de qualquer fusão, argumentando porventura que até tem um edifício novo e coisa e tal, prontinho para acolher e dar abrigo à eventual futura estrutura representativa do grupo de freguesias a agrupar. Aceitam-se apostas!

Armando Araújo – “Monteiro e Vítor Paulo? São dois nomes…”

armando araújoEntrevista a Armando Araújo, presidente da Comissão Política de Paredes de Coura do Partido Socialista. 48 anos.

MPM – Estamos a ano e meio das eleições autárquicas. Já há alguma coisa definida sobre este assunto, nomeadamente nomes de candidatos?
AA – Neste momento não há novidade alguma relativamente a candidatos. Estamos à espera das decisões sobre a reforma administrativa.
MPM – Por falar nisso, qual é a sua opinião sobre a reforma administrativa? Concorda com ela?
AA – Está tudo muito confuso. O governo já recuou em algumas coisas, mas ainda não há um modelo definitivo a que nos possamos agarrar e estamos rigorosamente contra este modelo. Não é funcional.
MPM – Em que sentido?
AA – Num meio rural como o nosso não faz sentido. Deixa de haver identidade de cada junta de freguesia. Com estas reformas as pessoas vão acabar por deixar de ir votar.
MPM – O PS de Paredes de Coura vai apresentar alguma proposta no âmbito da reforma administrativa para ser discutida a nível local?
AA – Não vamos apresentar qualquer projecto. Vamos deixar que o Governo apresente e depois discutimos. Mas digo-lhe já que, face ao que está em discussão actualmente, todos os presidentes de junta estão contra.
MPM – E relativamente à forma como seria eleito presidente da Câmara, qual a sua opinião?
AA – Sobre as alterações na forma de eleição da câmara e do funcionamento dos órgãos autárquicos, não concordamos que os presidentes de junta percam poder de voto na Assembleia Municipal em algumas matérias, como a aprovação do orçamento, por exemplo. Votar o orçamento da Câmara é uma forma de fiscalizar a acção da autarquia. Além disso, não é correcto que os eleitores sejam quase que enganados com a forma como irá surgir o executivo da câmara.
MPM – Acha que a substituição de Pereira Júnior vai ser complicada?
AA – É certamente mais complicado escolher candidatos. Sai uma pessoa com carisma, que ganhou as eleições sempre à vontade, mas o PS tem bons elementos para o substituir. De qualquer das formas, não me quero pronunciar muito sobre este assunto.
MPM – Porquê?
AA – O Partido Socialista está a reformular os seus estatutos e depois disso vão ser definidas as datas para eleições na distrital e na concelhia, por isso haverá uma nova direcção na concelhia de Paredes de Coura, que é quem terá a responsabilidade de tratar desse assunto.
MPM – Mas já há nomes que andam na “boca do povo”. Que me diz de Manuel Monteiro ou Vítor Paulo Pereira?
AA – São dois nomes. São ambos competentes e inteligentes, mas qualquer socialista que tenha dado provas tem condições para ser candidato. A comissão política nunca se debruçou muito sobre isso. Nem era correcto que o tivesse feito, esta comissão política, quando vai haver eleições. Não faria sentido tomar decisões com que a nova comissão não pudesse concordar.
MPM – Mas vai concorrer novamente à concelhia?
AA – Depende de como vierem os novos estatutos. O candidato à câmara tem de ser escolhido pela concelhia e pelos militantes, nunca por anónimos. Não concordo com primárias, porque não faz sentido que simpatizantes possam decidir escolha do candidato. Mas julgo que isso não será problema.
MPM – Outra coisa de que se fala do é do regresso de António Esteves à política activa…
AA – Não faço ideia. Sempre que falei com ele não mostrou muita disponibilidade para tal. Mas é um bom político, que deu e dá muito ao concelho. Se vier é bem-vindo.
MPM – Quem é que preferia encontrar na corrida eleitoral do lado da oposição?
AA – É-me indiferente. Seja quem for que venha do outro lado, vamos ter de lutar, sempre com respeito mútuo e com certeza com ideias divergentes. Se é A ou B isso é pouco importante.
MPM – Que balanço faz da actuação da Câmara de Paredes de Coura?
AA – Como todas está a passar por momentos difíceis a nível financeiro. As câmaras vivem num quase sufoco permanente. Se calhar nem tudo foi bem feito, mas no essencial registo um trabalho positivo. Pereira Júnior, até ao final do mandato, vai cumprir na íntegra aquilo com que se comprometeu. A minha confiança enquanto presidente da concelhia é total no executivo.
MPM – Neste momento, tanto PS como PSD têm os seus líderes concelhios afastados das lides autárquicas. É fácil manter-se a par da realidade da Câmara e da Assembleia Municipal não tendo participação activa em qualquer destes órgãos?
AA – Não estou por opção. Quando entrei para a concelhia já tinham sido as eleições autárquicas, mas já tinha sido convidado antes disso e recusei.
MPM – E nas próximas eleições?
AA – Digo desde já que não farei parte de quaisquer listas. Absolutamente.
MPM – Mas entende que é necessário renovar as listas de candidatos, seja no PS seja noutro partido?
AA – Entendo que deve ser da competência do candidato à presidência da Câmara escolher quem quer que o acompanhe. Já em relação à Assembleia Municipal entendo que deveria haver alguma renovação, ter ali representadas pessoas que possam dominar determinado tipo de assuntos e que possam ser mais valias nas discussões.

08 fevereiro 2012

Todos iguais… mas uns mais que outros

"Apagão" da iluminação durante a noite chega ao Constitucional – notícia do Diário de Notícias

Pois é, parece que ali por Monção há quem não se conforme com a decisão unilateral da câmara municipal de apagar a iluminação pública durante a noite, especialmente quando nuns lados se apaga tudo e noutros deixa-se qualquer coisinha acesa. Vai daí, o presidente da Junta de Freguesia de Sá, considerando que "os cidadãos das 32 freguesias rurais são tratados de forma discriminatória e desigual face aos cidadãos da sede do concelho”, resolveu avançar com uma queixa para o Tribunal Constitucional, alegando que a medida não respeita os princípios de igualdade. Pode não dar em nada, mas lá que mostra que o homem não conforma facilmente, ninguém pode negar.

07 fevereiro 2012

Vale do Minho renovada

A Rádio Vale do Minho apresentou na semana passada a sua nova imagem online, com uma página totalmente remodelada e onde, além da informação habitual, podemos encontrar a meteorologia, as agendas culturais dos municípios do Vale do Minho e diversos conteúdos multimédia, incluindo o som de algumas das rubricas desta estação de rádio que revolucionou o panorama da informação nesta região. E ainda um espaço reservado à opinião, onde não falta um comentador com presença assídua na comunicação social courense.

06 fevereiro 2012

As palavras dos outros (3)

“Paredes de Coura: a música como um impulso do desenvolvimento” – artigo de opinião no âmbito da  unidade curricular “Economia Regional”, do curso de Economia da Universidade do Minho. Da autoria de Ana Raquel da Silva Nogueira, para ler no blogue “Planeamento Territorial”.

03 fevereiro 2012

Bailarico de Verão

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Agregação de freguesias é compulsiva a partir de Julho - notícia do Diário de Notícias

Depois destes dias de frio polar... as previsões apontam para um princípio de Verão muito quente. Mais não seja nas reuniões das assembleias municipais que vão ter, obrigatoriamente, de decidir o futuro da organização administrativa dos respectivos concelhos. Assim manda o Governo que lançou a bomba e impõe aos municípios que se aguentem à bronca!

01 fevereiro 2012

Ainda vem a tempo

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PAREDES DE COURA: Executivo exige regulamentação para pastoreio livre – notícia da Rádio Vale do Minho

Costuma dizer-se que mais vale tarde do que nunca. Neste caso, contudo, o assunto não é novidade alguma, mas também não se pode dizer que venha tarde, porque todos os dias aparecem casos novos. Por isso há que reconhecer que a tomada de posição da Câmara Municipal de Paredes de Coura é actual hoje… como o era há uns anos.

Vem a isto a propósito da exposição que a autarquia courense enviou à Direcção Geral de Veterinária a pedir uma solução, a nível legislativo, para os muitos casos de animais que, criados em regime de pastoreio livre, têm provocado prejuízos nas culturas agrícolas das zonas mais próximas dos locais onde estes animais se encontram. Ainda na última edição do Notícias de Coura encontrámos mais um exemplo de destruição provocada por estes animais. Isto, não obstante alguns esforços por parte das juntas de freguesia para tentarem agir de forma a evitar este tipo de situações.

Espera-se, contudo, que com a regulamentação surja também a responsabilização efectiva dos seus proprietários. Aliada, aliás, à correcta identificação dos animais e respectivos donos que, no meu entender, até deveriam ser obrigados a ter um seguro para responder perante situações de destruição ou acidente e, porque não, terem de pagar uma qualquer taxa por utilização do espaço público em proveito privado.

31 janeiro 2012

Paulo Castro – “Não será fácil o PS substituir Pereira Júnior”

paulo castro - foto psd alto minhoEntrevista a Paulo Castro, presidente da Comissão Política da Secção de Paredes de Coura do Partido Social Democrata. Professor, 43 anos de idade.

 

MPM - Que balanço faz deste tempo em que está à frente da concelhia de Paredes de Coura?

PC - Estou há dois anos e meio na concelhia. Temos trabalhado no sentido de organizar internamente o partido e temos também discutido o concelho. A militância aumentou quase 200% e começou-se a reerguer a JSD, que estava adormecida desde a altura em que eu fui presidente.

MPM - Quais as principais alterações das últimas eleições para a concelhia, ocorridas já este mês?

PC - As principais alterações foram a introdução do militante José Alberto Rosas Mota na mesa da Assembleia e a substituição do tesoureiro João Venâncio, a seu pedido por motivos de saúde. O novo tesoureiro é Manuel Martins Rodrigues, de Coura. Basicamente, a equipa mantém-se.

MPM - Que balanço faz da actividade desenvolvida pela Câmara de Paredes de Coura neste mandato? O que aprova, com o que é que não concorda, o que teria feito diferente?

PC - Sou muito crítico em relação às opções da Câmara Municipal de Paredes de Coura. Há um enfoque exagerado na cultura e não há intervenção em áreas fundamentais como a economia. A Câmara tem um passivo enorme por causa das dívidas a fornecedores. Acho que se fizessem uma auditoria neste momento à Câmara víamos que existia sobre-endividamento. Em termos económicos, se estivéssemos bem, não haveria esta fuga de habitantes para fora do concelho. Eu sei que não é responsabilidade única da Câmara, mas quando falha de um lado, tem de se fazer do outro. A ligação viária nova não depende da Câmara, mas já a ligação económica, de sempre, com os concelhos vizinhos, que pode resultar na criação de indústrias de suporte, essa depende.

MPM - Qual a sua opinião sobre o trabalho desenvolvido pelos vereadores do PSD?

PC - Estou maioritariamente satisfeito. No início estava preocupado com a instrumentalização do José Augusto, mas afinal não havia problema.

MPM - Como vê as alterações que se projectam em relação às autarquias locais, nomeadamente a extinção de freguesias e as alterações na forma de eleição do presidente da Câmara e vereadores? Concorda com as alterações anunciadas?

PC - Era muito céptico, mas tivemos uma acção de formação que me fez ver que a última remodelação a este nível se verificou há 180 anos. Neste momento temos uma realidade ultrapassada e com estruturas redundantes. Há vários modelos em análise, mas defendo a implementação de aglomerados de freguesias, num modelo com um número de habitantes mais ou menos idêntico em todos os aglomerados, o que daria mais atenção às freguesias periféricas e obrigava a estruturas de ligação mais fortes com a sede de concelho. Se calhar vamos ter de reestruturar toda a lógica da nossa vida e repensar estruturas como creches, escolas, instituições de apoio à terceira idade…

MPM - Acha que as oposições ficarão enfraquecidas neste novo modelo de eleição?

PC - Vamos ter uma estrutura semelhante ao Governo, com a eleição da Assembleia Municipal de onde surgirá a vereação da Câmara. Vamos ter uma Assembleia Municipal subsidiária da Câmara, tornando-se improvável que haja diferença de cor política. Os pequenos partidos desaparecem e a oposição fica com um papel quase nulo. De acordo com Carlos Abreu Amorim, teremos que reforçar os poderes da Assembleia Municipal e criar uma cultura de vigilância nessa instituição, incluindo até poderes de demissão da Câmara, em casos extremos.

MPM - A nível financeiro, mais até do que a nível político, como é que vê o futuro do concelho? Sente que Paredes de Coura tem o futuro hipotecado por largos anos?

PC - Um plano de saneamento financeiro é uma obrigação. É ridículo avançar com mais obras neste cenário. De que vale ter um concelho bem equipado mas sem gente? A Câmara está hipotecada e vamos continuar? Há que consolidar as contas e ter em conta que investimentos terão retorno financeiro, até que as contas estejam equilibradas. Só nesse contexto podemos voltar a uma política de relativas “mãos largas”.

MPM - As próximas eleições autárquicas vão ficar marcadas pelo abandono de Pereira Júnior. Isso poderá representar uma vantagem para o PSD?

PC - Pereira Júnior não será fácil de substituir por parte do Partido Socialista, mas o PS tem uma máquina bem oleada. De qualquer das formas será uma opção difícil dentro daquele partido.

MPM - E o PSD já sabe quem vai lançar na corrida à Câmara de Paredes de Coura?

PC - Já tenho uma pessoa convidada. Estou ainda à espera que aceite ou não e por isso não vou revelar de quem se trata.

MPM - O PS prepara-se para estabelecer uma espécie de primárias nas eleições autárquicas. Se o PSD fizesse o mesmo quem seriam os candidatos?

PC - Em termos logísticos não temos grandes hipóteses de fazer umas primárias, mas compreendo que é uma forma de promover o partido e no PS poderá resolver alguns problemas de indecisão interna ou de luta de galos.

MPM - Neste momento, tanto PS como PSD têm os seus líderes concelhios afastados das lides autárquicas. É fácil manter-se a par da realidade da Câmara e da Assembleia Municipal não tendo participação activa em qualquer destes órgãos?

PC - São funções diferentes. O José Augusto está no executivo da Câmara, o Décio surge como a segunda figura, liderando o grupo da Assembleia Municipal e eu fico em segundo plano, o que neste momento até é conveniente. Nenhum órgão autárquico tem grande voz em termos de opinião pública, o que passa para fora é muito escasso e isso tem a ver com a desmotivação para a política que o país atravessa. A causa pública não é muito sedutora. O trabalho maior desta concelhia será tentar reconciliar os courenses com a política local.

30 janeiro 2012

A justiça é cega… e fica longe

Não se pode dizer que seja uma surpresa. Afinal há anos que se falava do assunto, que já estava no planos do Governo anterior. Este fim de semana voltou a estar na ordem do dia, com a divulgação de que o Ministério da Justiça quer encerrar todos os tribunais que tenham menos de 250 processos entrados no ano anterior. Paredes de Coura, claro está, surge incluído no lote de concelhos que, a avançar esta ideia, veriam o seu tribunal fechar as portas.

O problema é que o encerramento do Tribunal será apenas mais um prego no caixão de Paredes de Coura, a juntar a outros que não matam mas moem, como o encerramento do SAP, o fecho do internamento ou as alterações na distribuição do correio, só para lembrar algumas das mudanças mais recentes. E o pior é que, todos o sabemos, as coisas prometem não ficar por aqui. O próximo fecho de que se fala, também há muito tempo mas que voltou a ser lembrado com mais insistência nos últimos meses, é o das Finanças.

Depois, questiono, o que resta? Quando todos os serviços públicos não dependentes da Câmara Municipal deixarem o concelho, o que lhe resta. Resta-lhe, aos seus habitantes melhor dizendo, rumar a outras paragens sempre que precisem de tratar de assuntos do seu interesse. Seja a Vila Nova de Cerveira, a Valença ou a Ponte de Lima. Quilómetros que pesam, na carteira principalmente, mas também no ego daqueles que já por cá tiveram tudo e que agora vêem os serviços públicos a fechar e a mudarem-se daqui, uns atrás dos outros. Haverá mais portas para fechar?

 

PS: Lembrei-me, a propósito, de uma ideia, também com alguns anos, que previa a instalação por terras de Coura de um posto de atendimento ao cidadão onde seriam reunidos serviços de diversos organismos públicos, por forma a manter a sua representatividade por cá e satisfazer as necessidades dos utentes. Por onde andará esse projecto?

27 janeiro 2012

Há juntas assim…

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… com mais “visão digital” que algumas câmaras municipais!

Regressam as entrevistas

Quando estamos a pouco menos de dois anos das próximas eleições autárquicas, mas numa altura em que os partidos já se movimentam no terreno com vista à escolha do melhor candidato à Câmara de Paredes de Coura, o Mais pelo Minho apresenta, na próxima semana, entrevistas com os presidentes das concelhias dos dois partidos que actualmente dominam o executivo camarário courense.

Paulo Castro, do Partido Social Democrata, e Armando Araújo, do Partido Socialista, vão responder a algumas questões sobre o actual momento político e económico que o concelho atravessa. E, é claro, vão falar também sobre as eleições autárquicas de Outubro de 2013, até porque, tanto de um lado como outro é sabido que a estratégia eleitoral deverá ser conhecida no próximo Verão. Para ler na próxima semana, respostas na primeira pessoa, sem especulações!

26 janeiro 2012

À média luz

parques estacionamentoDo oito ao oitenta. O velho dito popular parece estar a ser palavra de ordem em Paredes de Coura, no que respeita à poupança energética. Depois da explosão de luz dos tempos iniciais, nos últimos meses os parques de estacionamento deixaram de ter o aspecto da foto e, com mais de metade da iluminação apagada, o ambiente é de autêntica… penumbra.

Na linha da frente

Em Ponte da Barca já é conhecido o nome do primeiro candidato às próximas eleições autárquicas. Está dado o tiro de partida para Outubro de 2013?

25 janeiro 2012

Literalmente

CIMG2683Há coisas que não fazem mesmo nenhum sentido. Mudanças em que não vislumbramos qualquer vantagem (muito pelo contrário) e que só servem para prejudicar ainda mais os utentes. As alterações verificadas recentemente nos CTT e na distribuição postal em Paredes de Coura são uma delas.

De há uns meses a esta parte o serviço de distribuição postal anda constantemente atrasado, por causa da mudança desses serviços para Valença, e o exemplo mais flagrante acontece em casos como o que pude testemunhar esta semana, com um jornal que é feito em Paredes de Coura e é enviado via CTT a partir deste concelho, num mesmo dia, para destinos em todo o mundo, a conseguir chegar aos leitores de Lisboa e do Porto um dia antes de chegar à caixa de correio dos seus assinantes em… Paredes de Coura.

São coisas como esta que nos fazem ter cada vez mais a certeza de que moramos “lá onde Judas perdeu as botas”, esquecidos por tudo e por todos!

24 janeiro 2012

Ai não? Ainda bem!

A GNR de Viana do Castelo garante estar a acompanhar os cortes na iluminação pública, introduzidos pelos municípios do distrito, mas assume que a medida não está a afectar a segurança da população. - notícia do Diário de Notícias

Mas atenção que dizer que “a medida não está a afectar a segurança da população”, com base no pressuposto de que “não tem sido reportada qualquer situação de preocupação acrescida relativa à insegurança das populações” é muito, mas mesmo muito relativo. É que, como acontece noutras situações, muitas das vezes há lesados mas as queixas, essas, ficam por apresentar e, se calhar, quem deveria ter essa preocupação acrescida está mais preocupado em poupar na conta da luz.

E depois, é muito bonito dizer que a GNR passou a ter, como lhe competia, uma preocupação de direccionar mais policiamento para aqueles locais”. Mas, quando é do conhecimento público que os cortes orçamentais reduziram as verbas para patrulhamentos extra e os “giros” estão limitados ao mínimo, declarações como esta acabam por soar demasiado optimistas e correm o risco de parecer pouco verdadeiras. Mas dou o benefício da dúvida, pois então!

A obra da discórdia

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Parafraseando o outro:

Faz falta? Faz.

Podia ter sido feita noutro lado? Podia.

É uma aberração naquele sítio? É.

Está legal? Aparentemente…

16 janeiro 2012

E que tal um plano para pagar a dívida?

CIMG1113A proposta é do PSD e já não é de agora, mas voltou a ser falada com insistência no final do ano, com a aprovação do orçamento da Câmara de Paredes de Coura para 2012 e a constatação de que a dívida da autarquia, actualmente nos cinco milhões de euros, corria o risco de se elevar a sete milhões de euros no final do corrente ano. O plano de saneamento financeiro que José Augusto Caldas já tinha apresentado há mais de um ano em reunião do Executivo, e inclusivamente nas “páginas” deste blogue, voltou a estar na ordem do dia.

A proposta do vereador social-democrata visa, ao mesmo tempo, colocar a câmara courense a pagar atempadamente aos seus fornecedores e dar-lhe “espaço de manobra para poder concretizar e pagar a comparticipação do município em todas as obras a que se candidatou, sem atrasar mais os pagamentos”, explicou. Com a proposta de José Augusto Caldas, a Câmara de Paredes de Coura recorreria a um plano de saneamento financeiro de sete ou oito milhões de euros, valor que poderia elevar-se a 13 milhões se se incluísse nele a dívida actual e previsível à banca por parte do município.

Uma opção que, de acordo com José Augusto Caldas, estará a ser equacionada pela Câmara presidida por António Pereira Júnior e que, na opinião daquele vereador, caso não venha ser tomada, colocará a autarquia courense numa posição delicada, correndo o risco de ter de se socorrer da Assistência Financeira, o que “colocará em causa independência de Paredes de Coura, pois os próximos executivos ficariam muito limitados na sua acção”, acrescentou o vereador do PSD. Um cenário que José Augusto Caldas, aliás, já quase antecipou aquando das últimas eleições autárquicas. Na altura, recorde-se, o então candidato social-democrata já dizia que “o futuro do concelho estava hipotecado por força de algumas más decisões do passado”.

11 janeiro 2012

Acho que já vai tarde!

Rosa Arezes sobre a TDT: “O Governo tem de garantir que não há cidadãos excluídos” – notícia da Rádio Geice

Da maneira que o processo está embalado, não creio que haja muita esperança em qualquer intervenção por parte do Governo. Já se houver uma intervenção “localizada” junto da PT, como a que acontece em Monção, pode ser que as coisas melhorem um bocadinho. Haja vontade e capacidade de negociação! Se bem que me parece que fará falta, também, alguma verba.

06 janeiro 2012

Andamos tão à frente…

 

Centros de saúde vão fechar mais cedo – notícia do Jornal de Notícias

Afinal o Centro de Saúde de Paredes de Coura está adiantado no tempo. É que, apesar de só agora o Ministério da Saúde estar a preparar o encerramento destes equipamentos mais cedo do que o habitual e até ao fins de semana, por cá já há algum tempo que, a partir das 20 horas, mesmo com a porta aberta, não há consultas para ninguém. Andamos tão à frente…

04 janeiro 2012