13 julho 2011

É pena não dar com garranos…

Cavalos substituem tractores na limpeza da serra de Sintra – artigo do Jornal de Notícias

A empresa responsável pela manutenção dos parques da Serra de Sintra está a utilizar cavalos (da raça Ardennais) para trabalhos de limpeza nos montes, especialmente em zonas onde os tractores não conseguem chegar. Ao ler a notícia só lamentei que não dê para fazer o mesmo com recurso a garranos, animais de porte consideravelmente mais reduzido que estes cavalos belgas de Sintra. É que, com tantos animais desta raça à solta aqui pelos montes, era uma boa maneira de os aproveitar e, eventualmente, dar-lhes mais rendimento do que o que resulta do simples pastoreio selvagem. E, com sorte, até devem existir subsídios para isso!

12 julho 2011

Ao caminho

Num mesmo dia duas notícias sobre o mesmo assunto, mas em sentido contrário. Primeiro as boas. As que nos dão contam do crescente movimento de peregrinos que tem sido registado no Albergue de Peregrinos de Rubiães. Nos primeiros seis meses deste ano, passaram pelo abrigo de Rubiães mais de dois mil peregrinos, número que faz antever que sejam alcançados (ou até ultrapassados) os 4500 registos do ano passado que, recorde-se, foi Ano Jacobeu.

Tendo em conta a localização geográfica do albergue courense e a proximidade com Ponte de Lima e Valença, pode até dizer-se que os números de 2011 são bastante bons, pois muitos dos peregrinos que pernoitam em Ponte de Lima optam por fazer todo o caminho seguido até Valença, argumentando, por exemplo, com o maior afastamento dos centros urbanos de que sofre Rubiães. Curiosamente, os números do Albergue de Ponte de Lima não andam muito longe dos de Rubiães, tendo registado, de Janeiro a Junho, um total de 2450 peregrinos a pernoitar naquelas instalações.

Mas, ao mesmo tempo que surgem boas notícias, surgem também sinais de alerta, vindos da Galiza e que dão conta da falta de cuidado na manutenção do Caminho de Santiago, em muitas zonas já dominado pela vegetação envolvente. Por cá, depois de há alguns anos se ter apostado na requalificação dos caminhos, criando melhores condições de circulação para os peregrinos e ao mesmo tempo facilitando até a sua utilização por parte dos agricultores no acesso aos terrenos sobranceiros ao Caminho, há que zelar agora pela sua manutenção para evitar que aconteça o que já hoje se verifica em Lugo.

De quem é a responsabilidade por manter transitáveis estes acessos? Das juntas de freguesia? Do próprio município? Desconheço. Só sei que, depois do investimento e do trabalho feito, seria um desperdício deixar o mato invadir o Caminho de Santiago no troço que atravessa o município, já para não falar no total desrespeito para com os muitos peregrinos que o percorrem diariamente.

08 julho 2011

Xeque-mate?

Deputado do PSD diz que CP fez das populações "peões" de xadrez - artigo do Jornal de Notícias

E tem razão! A “chantagem” da empresa pública portuguesa até parece ter corrido bem, mas não se brinca com o interesse e o bem estar das populações. Será que a administração da CP tem futuro neste tabuleiro?

07 julho 2011

Às escuras… mas nem todos

iphone10002011 001O apagão selectivo na iluminação pública de Paredes de Coura parece que já começou. Não tenho o hábito, ou a necessidade, de andar na rua de madrugada, por isso desconheço quando começou ao certo, mas pelos relatos que fui recolhendo junto de alguns amigos e conhecidos, não deve ter sido há muito tempo. Pessoalmente, só dei conta desta situação esta semana, numa madrugada em que tive de sair de casa pouco depois das quatro da manhã e lá fora… tudo era escuro. Ainda por cima numa altura do mês em que a lua quase não se nota lá em cima, a sensação foi a de que alguém tinha desligado o interruptor geral.

Não é nada que surpreenda, tendo em conta os objectivos divulgados pelas autarquias do distrito no início do ano, com apagões programados da iluminação pública para tentarem poupar um milhão de euros por ano. Na altura dizia-se que só lá mais para o Verão é que a EDP estaria apta a satisfazer o pedido dos municípios. Ora, o Verão está aí, por isso, até que a eléctrica nacional parece ter cumprido com o prometido.

Só que, pelos vistos, o apagão não foi igual para todos. E não, não falo das diferenças nos horários aprovados pela Câmara de Paredes de Coura para apagarem a iluminação pública na vila e nas freguesias rurais. É que, se algumas freguesias courenses já não dispõem de luz pública nas madrugadas, outras há que continuam a ostentar os lampiões acesos durante toda a noite. Da vila a Cossourado, por exemplo, só quando chegamos a esta última freguesia é que somos apanhados pela escuridão que se alastra rumo a Sul porque o percurso até aqui continua bem iluminado. O mesmo passa-se com algumas freguesias mais serranas do concelho, que já perderam a iluminação pública nas madrugadas, ao contrário de outras mais próximas da sede de concelho.

Duas medidas para um critério que se pressupunha único? Ou um trabalho que ainda não está terminado? Desconheço. Só posso afirmar aquilo que já aqui disse antes: que esta medida traduz apenas o facilitismo da tomada de decisões sem grande trabalho e que mesmo assim poderia ter sido implementada de forma diferente. Colocar às escuras freguesias inteiras não me parece uma boa medida, especialmente quando aumentam as queixas, locais, quanto ao aumento da insegurança. Vai haver mais assaltos e roubos? Não sei, mas que as coisas ficam mais facilitadas, disso ninguém tenha dúvidas.

04 julho 2011

03 julho 2011

De 17 a 20 de Agosto

cartaz festival 2011-2 cartaz festival 2011 cartaz festival 2011-3

A organização aponta para a presença de 60 mil pessoas no Festival Paredes de Coura 2011. Com o leque de participações aparentemente fechado, são 40 os grupos que vão agitar o festival, que este ano conta com o patrocínio de um grupo empresarial angolano. E os cartazes, alinhados acima, já começam a andar pela comunicação social e pela internet. Mas… dá-me a ideia que falta ali qualquer coisa. E não, não estou a falar deste ou daquele grupo!

01 julho 2011

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vista aérea couraContinuamos a não chegar aos 10 mil habitantes e, comparativamente a 2001, somos ainda menos. Menos 3,34%, menos 320 pessoas. Não somos o município menos populoso do distrito (honroso último lugar para Melgaço)… mas para lá caminhamos.

Os resultados preliminares dos Censos 2011, ontem divulgados, já deram a conhecer um bocadinho do cenário actual do país. E do distrito e do concelho, claro está. Já deu para ver que, num distrito com cerca de 244 mil habitantes (menos seis mil que em 2001), mais de metade residem em apenas dois concelhos (Viana do Castelo e Ponte de Lima). E que Monção, aqui ao lado e na raia, tem mais do dobro da população de Paredes de Coura.

Os dados ontem divulgados mostraram ainda que, numa tendência clara de quebra no Alto Minho, Vila Nova de Cerveira foi o único concelho a conseguir um crescimento, de cinco por cento, no que respeita à população residente, contando actualmente com 9297 habitantes.

Um crescimento demográfico que o presidente da Câmara justifica com a criação de emprego, nomeadamente nos parques industriais do concelho, que serviu “ para fixar população”. José Manuel Carpinteira lembra ainda a melhoria das acessibilidades nos últimos anos e “a aposta noutro tipo de atractividade, o bem estar das pessoas, como um aquamuseu ou a intensa animação cultural”. Apostas a seguir por cá, ou apostas já seguidas e que, por um ou outro motivo, teimam em não dar frutos?

30 junho 2011

Ou isso, ou aumentaram as “tainadas”!

churrasco

Em Paredes de Coura em apenas 15 dias foram roubados 50 anhos e cabritos. A crise pode ser a explicação para os furtos – notícia da Antena Minho

Também a Rádio Vale do Minho dá conta desta situação e das preocupações em torno da falta de vigilância por parte das autoridades policiais. Será caso para dizer: um GNR para cada exploração, já?

PS: Sim, eu sei que na foto só aparece carne de porco e frango. Foi o que se arranjou no talho.

28 junho 2011

Haverá mais assim?

Ponte da Barca: Câmara extingue empresa municipal criada em 2006 mas que nunca funcionou – notícia da Antena Minho

Foi criada em 2006, nunca funcionou e, pelos vistos, não fazia falta nenhuma. Acabe-se com ela, pois então. Só resta saber duas coisas: em primeiro lugar se não haverá outras em igual situação, em Ponte de Barca e no resto do país; e em segundo lugar, saber se não houve direcções, presidentes e vogais a ganhar senhas de presença por reuniões duma empresa que não tinha razão para existir.

27 junho 2011

O homem do queijo na agricultura

Daniel Campelo, antigo presidente da Câmara de Ponte de Lima, é o novo secretário de Estado da Agricultura do super-ministério liderado por Assunção Cristas. Nos tempos em que foi deputado do CDS-PP, ficou conhecido pela viabilização de orçamentos socialistas em troca de investimentos no distrito que o tinha eleito. Será o homem certo para trazer novo vigor à agricultura nacional?

Actualização às 16.45: Afinal não vai ser o secretário de Estado da Agricultura, mas sim das Florestas e Desenvolvimento Rural, dentro do mesmo Ministério.

24 junho 2011

Será do peso da responsabilidade?

entrevista caa alto minho

Tenho pena de não ter uma imagem digitalizada de maiores dimensões para aqui colocar desta entrevista de Carlos Abreu Amorim, recentemente eleito deputado do PSD pelo círculo de Viana do Castelo, ao jornal O Minho. Julgo, contudo, que o título é claramente visível e diz praticamente tudo. Resta saber se, agora, esse gesto cerimonioso termina ou se, pelo contrário, as poses cerimoniosas vão continuar!

20 junho 2011

À escolha do freguês

Antes de mais o esclarecimento: acho muito bem que se promovam actividades várias para promover/animar o concelho. De iniciativa pública ou privada, o que interessa é que haja motivos de atracção para trazer gente a Paredes de Coura e ao mesmo tempo dinamizar o município. Dito isto, não posso deixar de falar numa coisa que, muitas vezes, falha a quem promove: a conciliação de agendas. É que há alturas em que não existe qualquer tipo de iniciativa em Paredes de Coura e há outras em que as actividades abundam, atropelam-se e coincidem no calendário.

Veja-se, a título de exemplo, o que aconteceu no fim de semana prolongado de 10, 11 e 12 de Junho, com Feira Mostra e Arte em Peças a trazerem muitas pessoas à vila, a darem um dinamismo ao concelho que dá gosto ver. Mas, questiono-me, estas duas iniciativas em separado não teriam contribuído para dois fins de semana com animação, ao contrário de apenas um como sucedeu? Creio que sim e julgo que este aspecto, da coincidência de datas, poderá ser revisto em futuras edições destes dois eventos, sem colocar em causa o seu sucesso.

E, se fosse preciso mais um exemplo, o próximo fim de semana vem mostrar, uma vez mais, que ou temos tudo ou não temos nada. Depois de meses de jejum, num mesmo fim de semana temos um misto de actividades culturais e desportivas que leva a um “corre corre” por parte de quem quiser participar em tudo. No sábado ao final da tarde temos o Solstício de Verão que, por razões óbvias, não faria sentido noutro data. Mas depois temos ainda uma maratona de actividades de cariz mais desportivo que praticamente se atropelam, tal é a simultaneidade no tempo e no espaço. No sábado e domingo o Torneio de Futebol Masculino dos escalões de formação, organizado pelo Sporting Clube Courense, que decorrerá no campo daquele clube, vai rivalizar com o Torneio de Futsal 24 horas da Associação de Castanheira, ali mesmo ao lado, no pavilhão municipal. Curiosamente, pouco depois deste último evento terminar, o pavilhão municipal muda das bolas para os patins, para receber o Encontro Ibérico de Patinagem Artística, organizado pela secção de Patinagem Artística do Clube de Natação e Cultura. Mais afastado, mas durante todo o fim de semana, há a registar também as provas de hipismo para o campeonato nacional e taça ibérica de TREC, que vão decorrer em Cossourado.

São dois dias em que há muito por onde escolher, mas será que algumas destas actividades não poderiam ser repartidas por outras ocasiões e, desta forma, maximizar o seu potencial? Bastava, para tal, que houvesse uma preocupação, por parte dos organizadores ou mesmo da própria autarquia que apoia estes eventos, em conciliar as várias agendas. Trabalho que ou não foi feito, ou se foi feito não resultou, o que origina aquilo que popularmente podemos rotular de “não há fome que não dê em fartura”. O problema é que, às vezes, com tanta fartura, corremos o risco de estar a prejudicar um evento em detrimento de outro, quando todos poderiam sair a ganhar. Já para não falar na insuficiência de meios logísticos que, no caso concreto dos três eventos desportivos a decorrer na vila, pode originar algumas situações caricatas. Caso para dizer que ainda bem que o fim de semana só tem 48 horas…

Boas razões para vir a Coura (4)

cartaz encontro patinagem

(clicar na imagem para aumentar)

16 junho 2011

Corno de Bico: ver, apreciar, desfrutar!

A paisagem protegida do Corno de Bico, em Paredes de Coura, num documentário a concurso no Festival Green Unplugged. Da autoria de Martin Dale, inglês que anda pelo nosso país há largos anos e que é também crítico de cinema. Dá sempre gosto ver a nossa terra assim retratada pelos olhos dos outros.

Boas razões para vir a Coura (3)

cartaz solsticio 2011

15 junho 2011

Sai um para cada freguesia

CIMG2058O presidente da Junta de Freguesia de Porreiras diz que está farto de esperar pela Segurança Social para a abertura de um centro de dia na freguesia e pondera mesmo esquecer o apoio daquele organismo e abrir uma estrutura apenas a expensas da autarquia local. Está no seu direito, claro, e as justificações que a apresenta, nomeadamente o envelhecimento da população local, são mais que válidos. Só que, se calhar, o problema não é tanto o facto de estar há dez anos à espera de uma resposta positiva. Se calhar o problema é o querer criar um equipamento social exclusivo para a sua freguesia, quando poderia participar num projecto comum para a criação de um centro de dia que poderia servir outra(s) freguesia(s) vizinha(s).

É a velha história dos polidesportivos espalhados pelas freguesias a voltar ao de cima. Todos os queriam, todos os tiveram, mas agora a utilização é reduzida. Balanço final: melhor teria feito a Câmara de Paredes de Coura se tivesse optado por construir apenas meia dúzia de polidesportivos em localizações estratégicas. Agora a situação é semelhante, mas com os centros de dia a estarem no topo da lista de exigências dos autarcas. E, recorde-se, Porreiras não é o único caso nestas condições!

Paredes de Coura em Compostela

vista nocturna 1O Festival de Paredes de Coura está entre o lote de eventos que a Entidade de Turismo do Porto e Norte de Portugal vai promover nos próximos tempos, na loja de turismo de Santiago de Compostela. No mesmo pacote estão também a Festa da Coca e a Feira do Alvarinho, ambas em Monção, que vão igualmente beneficiar da divulgação além fronteiras.

Sendo certo que o Festival de Paredes de Coura é já um sucesso entre os nossos vizinhos, como atestam as presenças maciças nos festivais dos últimos anos, a aposta da Entidade de Turismo vem reforçar ainda mais o papel decisivo desse mercado. Só é pena que a actuação da Entidade de Turismo do Porto e Norte de Portugal na promoção do Alto Minho se limite a eventos como estes, de maior visibilidade, deixando muito a desejar no que se refere à divulgação de tudo o resto, comparativamente ao que era feito pela antiga Região de Turismo do Alto Minho. E isto não esquecendo que a antiga RTAM também poderia ter feito muito mais e, mesmo não o fazendo, sempre fazia mais do que a nova entidade.