13 março 2007

Contradições

Ouço as notícias do dia na Rádio Geice e fico na dúvida. Melhor dizendo, fico com dúvidas. Por um lado ouço o presidente da Câmara de Paredes de Coura a dizer que continua a acreditar na promessa (ou na palavra) de Correia de Campos, ministro da Saúde, aquando da sua visita ao concelho, em meados do ano passado, quando garantiu que, para já, o concelho não irá perder o serviço de urgência no período nocturno.
Mas logo a seguir outra notícia, desta feita com epicentro em Cerveira, dá-nos conta do interesse do Grupo BES, atráves da Hospor (Clípovoa), em criar um serviço de urgência naquele concelho. Nada de mais, nada contra a iniciativa que até se aplaude e incentiva. Mas depois vem a justificação para o funcionamento daquele serviço em Vila Nova de Cerveira, nomeadamente a centralidade face a outros concelhos, e são dados os exemplos de Caminha, Valença e Paredes de Coura, que vão perder o serviço de atendimento permanente no período nocturno.
Afinal em que ficamos? Por um lado temos a promessa do ministro, por outro declarações que vão em sentido contrário. E recordo que já o presidente da Câmara de Valença se referiu também ao encerramento da urgência no nosso concelho. Será que eles sabem mais que Pereira Júnior? Ou, e acredito que sim, utilizam apenas o nome de Paredes de Coura para fortalecer os seus próprios intentos, dando mais força ao seu protesto, num caso, ou ao seu projecto, no outro? De qualquer das formas, creio que não fica bem estar a alarmar os courenses para uma situação que, até informação em contrário, não se irá verificar.

2 comentários:

  1. Realmente, é vergonhosa a situação de indefinição em que mergulhou esta questão. Eu pessoalmente acredito que as urgência de Paredes de Coura fecham, porque de acordo com os argumentos utilizados não faria sentido outras encerrarem e a nossa não. Se é que alguma coisa faz sentido.

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  2. Estou convicto que as urgências vão fechar, com muita pena minha porque já precisei várias vezes delas. O argumento de que a palavra do ministro deve ser levada em conta é fraco. As palavras, mais ainda as de um político, leva-as o vento.

    Por outro lado, também me parece certo o encerramento do Tribunal de Paredes de Coura que, juntamente com o Tribunal de Vila Nova de Cerveira, será concentrado em Valença. A intenção é manter um balcão para recepção de papéis, formalidades e pouco mais. Quem de direito justificou a firme intenção (manifestada a semana passada) com o facto de o Tribunal ter uma pendência anual na ordem dos 250 processos. Na verdade, o nosso Tribunal estava já num nível intermédio entre o funcionamento e o encerramento, é apenas o passo final. Não posso confirmar a pendência mas o restante será um triste facto, provavelmente comunicado quando for consumado.

    O Sr. EB já deu conta em 12 de Junho da notícia publicada pelo JN, se não estou em erro:

    http://maispelominho.blogspot.com/2006/06/todos-juntos-todos-juntos.html

    O que vem a seguir?

    Se calhar o Serviço de Finanças, o Registo Predial, o Registo Civil… levem a Câmara porra! Agora começa a fazer sentido a construção da Estrada Regional (ou que diabo é aquilo) em direcção a Valença/Cerveira/A3.

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