A notícia tem vindo a público em vários jornais, regionais ou nacionais: no próximo domingo a Junta de Freguesia de Resende deixa o cemitério e vai para a escola. Ora aqui está um cenário que não se vê todos os dias, já que o mais comum é que quem vá para o cemitério de lá não regresse.
Mas a Junta de Resende não está morta, assim garantem os seus responsáveis que, aproveitando o fecho da escola primária da freguesia, encetaram esforços no sentido de não deixar o edifício desocupado e trataram de lhe dar o inquilino que entenderam ser o mais adequado. Bem visto, por duas razões. Primeiro, dão à Junta um novo espaço, mais aberto à comunidade e com melhores condições para ali serem desenvolvidas uma série de actividades com e para os munícipes. Por outro lado dão à freguesia um espaço que há muito vinha sendo reclamado e que, num concelho tristemente marcado pelo avanço dos números da necrologia, há muito deveria ter sido instituído em todas as freguesias: a casa mortuária.
Nos tempos que correm, e mesmo nos que correram antes destes, não faz qualquer sentido velar os mortos em casa, por muito respeito que se lhes tenha. Não é de todo humano sujeitar os que cá ficam, sabe-se lá com que estado de espírito, a uma convivência forçada com aqueles que acabam de partir. Uma partilha de espaços que, não raras vezes, se prolonga por mais de um dia e que, além das consequências psicológicas, pode muito bem acarretar problemas de saúde pública.
É, por isso, com agrado, que vejo que cada vez mais freguesias estão a dar prioridade a este tipo de equipamento nos seus planos de actividades, quer aproveitando edifícios desocupados, quer construindo uma casa mortuária de raiz, criando um espaço onde familiares e amigos podem velar os seus falecidos, mas mantendo a integridade do lar onde residem e onde, no final da oração, se podem refugiar em sossego.
Não podemos, contudo, esquecer, que este tipo de equipamentos sociais não se faz sem dinheiro. Por isso não será de reprovar qualquer aumento de taxas de ocupação dos cemitérios por parte das juntas de freguesia. Sei de freguesias onde, por falta de dinheiro, mesmo a limpeza do cemitério já deixou de ser paga pela autarquia e é feita graciosamente por aqueles que ainda se preocupam em manter a dignidade de um espaço de reclusão e memória. Se o dinheiro não chega para a limpeza, como se constrói, então, uma casa mortuária? A resposta é fácil: com o envolvimento de todos, porque, mais cedo ou mais tarde, quer se queira ou não, todos vamos precisar dela.
Mas a Junta de Resende não está morta, assim garantem os seus responsáveis que, aproveitando o fecho da escola primária da freguesia, encetaram esforços no sentido de não deixar o edifício desocupado e trataram de lhe dar o inquilino que entenderam ser o mais adequado. Bem visto, por duas razões. Primeiro, dão à Junta um novo espaço, mais aberto à comunidade e com melhores condições para ali serem desenvolvidas uma série de actividades com e para os munícipes. Por outro lado dão à freguesia um espaço que há muito vinha sendo reclamado e que, num concelho tristemente marcado pelo avanço dos números da necrologia, há muito deveria ter sido instituído em todas as freguesias: a casa mortuária.
Nos tempos que correm, e mesmo nos que correram antes destes, não faz qualquer sentido velar os mortos em casa, por muito respeito que se lhes tenha. Não é de todo humano sujeitar os que cá ficam, sabe-se lá com que estado de espírito, a uma convivência forçada com aqueles que acabam de partir. Uma partilha de espaços que, não raras vezes, se prolonga por mais de um dia e que, além das consequências psicológicas, pode muito bem acarretar problemas de saúde pública.
É, por isso, com agrado, que vejo que cada vez mais freguesias estão a dar prioridade a este tipo de equipamento nos seus planos de actividades, quer aproveitando edifícios desocupados, quer construindo uma casa mortuária de raiz, criando um espaço onde familiares e amigos podem velar os seus falecidos, mas mantendo a integridade do lar onde residem e onde, no final da oração, se podem refugiar em sossego.
Não podemos, contudo, esquecer, que este tipo de equipamentos sociais não se faz sem dinheiro. Por isso não será de reprovar qualquer aumento de taxas de ocupação dos cemitérios por parte das juntas de freguesia. Sei de freguesias onde, por falta de dinheiro, mesmo a limpeza do cemitério já deixou de ser paga pela autarquia e é feita graciosamente por aqueles que ainda se preocupam em manter a dignidade de um espaço de reclusão e memória. Se o dinheiro não chega para a limpeza, como se constrói, então, uma casa mortuária? A resposta é fácil: com o envolvimento de todos, porque, mais cedo ou mais tarde, quer se queira ou não, todos vamos precisar dela.
Um Partido de Arguidos
ResponderEliminarNão há memória de coisa assim. Um partido que mal consegue ganhar uma autarquia, enche-a de arguidos. Onde a coisa já vai:
"O presidente da Junta de Freguesia de Salvaterra de Magos foi constituído arguido por suspeitas de apropriação de dinheiros da autarquia para benefício próprio, elevando para três o número de eleitos do Bloco de Esquerda (BE) no concelho na mesma situação."
(No Público)