07 março 2007

Terapia de grupo

Isto de fazer parte de um grupo é como tudo na vida, tem as suas vantagens e desvantagens. Umas vezes temos o apoio do grupo do nosso lado, noutras temos de travar passo porque o resto do grupo está mais atrasado que nós. Assim também parece ser com as associações de municípios. Veja-se o caso de Paredes de Coura e a sua participação na Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho.
Em alguns casos são notórias as vantagens resultantes dessa associação de municípios do Alto Minho para Paredes de Coura. Veja-se, por exemplo, o projecto Vale do Minho Digital, que vai ligar esses concelhos numa enorme rede informática, e em cada concelho uma diversidade de estruturas e equipamentos públicos. Em Coura, por exemplo, já estão no terreno os trabalhos de instalação dessa “intranet”, se assim se pode chamar, que promete tornar mais fácil o trabalho entre os vários departamentos da autarquia.
Mas, como disse no início, há alturas em que é preciso refrear os ânimos porque os nosso vizinhos ainda não estão ao mesmo nível que nós ou, no caso concreto, porque uma vez que se optou por fazer uma estrutura conjunta, esta está mais demorada do que se tivéssemos avançado sozinhos. Na memória tenho o caso do canil intermunicipal, de que ouço falar há, pelo menos, três anos.
Diz-se que vai ficar em Monção, por ser mais central, e que vai acolher os animais vadios dos cinco concelhos da Intermunicipal. O problema é que o canil nunca mais chega. Mas também não avança um equipamento do género a nível concelhio porque, explicou o autarca courense, seria dinheiro desperdiçado quando se está a pensar na construção de uma estrutura colectiva. Resultado: para já não temos nem uma coisa nem outra e os animais continuam à solta.
Mais recentemente ficámos a conhecer outra situação do género, ou seja de não resolvermos os nossos problemas por estarmos à espera de resolver os de cinco concelhos ao mesmo tempo. Falo da ausência e do mau estado de conservação de muitas placas toponímicas do concelho, principalmente da vila. Pereira Júnior reconhece que se trata de um problema que merece atenção, mas adianta que não será feita qualquer intervenção porque está a estudar-se uma solução conjunta e uniforme para os concelhos da Vale do Minho.
Assim sendo, mais uma vez, os interesses do concelho cedem lugar aos da comunidade intermunicipal. Nada contra, desde que não seja necessário esperar tanto tempo como em relação ao canil. É que, se assim for, bem que se pode fazer a intervenção nas placas toponímicas que, quando for encontrada uma solução comum aos cinco concelhos, já essas placas estão a pedir nova reforma.

2 comentários:

  1. Li algures que houve intervenção do público, mas tu meu caro colaborador ainda não falaste disso. Que se passou?

    SACHADAS

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  2. Isso vem na sequência dos carreiros ou foi tiradinho da tua massa encefálica?

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