22 janeiro 2008

Emergências

Leio a imprensa do dia e não posso deixar de ficar admirado. As questões da saúde têm dominado a actualidade informativa a nível nacional. A extrapolação exagerada e errónea de consequências resultante da morte de duas crianças na semana passada parece ter dado mais força à contestação às medidas governamentais que estão a fechar urgências atrás de urgências.
Paredes de Coura também não escapa, já o sabemos. Valham-nos as alternativas que nos couberam na rifa, se bem que algumas delas já nos tinham sido prometidas antes mesmo da decisão de entregar a chave do SAP a Correia de Campos. É o caso da Unidade Móvel de Saúde, ideia originária da vereação laranja da Câmara de Paredes de Coura que parece ter ficado na gaveta até ter ganho relevo de moeda de troca nas negociações com o Ministério da Saúde.
Leio no Jornal de Notícias que em Macedo de Cavaleiros a viatura já circula, já serve quem dela precisa, já facilita a vida dos que tem mais dificuldades em fazer quilómetros para ir ao médico. A nossa não, continua parada, ali num dos parques de estacionamento subterrâneo. Faltavam alguns acertos, subir um degrau, acho eu. Mas já lá vão meses e a ambulância continua a enfeitar aquele espaço.
Que será que falta mais? Será a tripulação? Será apenas o motorista? Não sabemos… Para nós, o que está a impedir a utilização da unidade móvel de saúde até pode ser o simples facto de que aquela viatura não consegue sair do parque de estacionamento a não ser pela… entrada, de marcha-atrás. A sério! Não é brincadeira, é mesmo assim! Mas não deve ser apenas isso, digo eu.
Mas, se aquela viatura não anda, outras continuam a andar e, pelo que se prevê, vão andar muito mais. As ambulâncias dos Bombeiros de Paredes de Coura vão ser o principal meio de transporte daqueles que, na impossibilidade de se dirigem ao centro de saúde, vão ter de rumar a Ponte de Lima. Não é desconhecido de ninguém. Aliás, ainda hoje um artigo do Diário de Notícias alertava para isso mesmo. Para isso e para o facto de, com as ambulâncias a servirem de táxi, serem maiores os riscos de não estarem disponíveis para atender a uma emergência. A ver vamos.

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