14 setembro 2009

A hora da despedida (2)

Na hora da despedida da Assembleia Municipal de Paredes de Coura falou-se… de medo. Venâncio Fernandes, um dos que disse adeus às lides autárquicas, pelo menos nos próximos quatro anos, aproveitou o seu discurso de despedida para trazer à baila um tema que PSD já tinha ensaiado noutras alturas. “Há um fenómeno na sociedade, no concelho de Coura, que é o receio de dizer não, de dizer não estou de acordo”, atirou o deputado social-democrata quase no fim da sua intervenção de cerca de 20 minutos. “Ele existe, não a pena ignorá-lo”, continuou Venâncio Fernandes, acrescentando que não existe apenas em Paredes de Coura, mas também noutros concelhos. CLICAR PARA OUVIR O SOM
Antes disso, já Venâncio Fernandes tinha feito o balanço do desempenho da Assembleia Municipal neste mandato que agora termina, concluindo que pouco se fez e que, por isso, ficaram muito aquém do que os courenses esperariam. “Não foi criada nesta assembleia, em quatro anos, uma única proposta de valor acrescentado para o concelho”, considerou o social-democrata, acrescentando que 80 por cento dos elementos da AM nunca utilizaram da palavra.
Críticas rebatidas por Vítor Paulo Pereira, porta-voz do Partido Socialista naquele órgão, que disse estar farto de discursos de lamentação e apelou a que, em vez disso, a oposição apresentasse propostas válidas e se deixasse de falar em medo. “Não existe medo no local de voto, as pessoas podem prometer que votam num partido mas depois decidem livremente”, esclareceu o deputado socialista. CLICAR PARA OUVIR O SOM
Numa reacção inspirada, Vítor Paulo Pereira chegou mesmo a dizer que a única proposta válida apresentada pela oposição foi a que visou a construção das casas mortuárias, apresentada pela social-democrata Paula Caldas e exortou o PSD a lutar pelo poder e a colocar de parte os discursos derrotistas. “A democracia não é só vencer, também pode ser perder, mas as pessoas escolhem segundo as propostas”, conclui o deputado socialista. CLICAR PARA OUVIR O SOM
Catarina Moreira, da CDU, outra das que disse adeus à AM na passada sexta-feira, optou por aproveitar o seu discurso de despedida para lembrar que muito ficou por fazer e apelar a que algumas das deliberações daquele órgão sejam colocadas em prática. Em foco esteve a classificação do conjunto arquitectónico de Mantelães, votada em Junho de 2005 e que até hoje está por concretizar. CLICAR PARA OUVIR O SOM
A sessão acabaria por ficar também marcada pela ausência de Fernando Carranca e Maria José Fontelo, dois dos protagonistas de muitas assembleias e que deixam agora este órgão autárquico, mas que optaram por não comparecer à derradeira reunião.

2 comentários:

  1. Ao discurso do Venancio já estamos habituados!!!!!!1Blá bla´blá mas nada de concreto,ainda bem que se vai embora.....nao faz falta nemhuma ao PSD ou a outro qualquer partido...é muito fraquinho na argumentacao e nas ideias.....
    Quanto ao Victor Paulo gostei da sua intervencao....pois tem razao quando diz que somos livres de escolher na boca das urnas....é para isso que Há eleicoes....e até hoje os Courenses têm escolhido o PS...por alguma razao será!!!!!!!!
    Eu próprio muitos anos nao votei PS...mas agora reconheco que têm feito um bom trabalho(é lógico que Há muito mais a fazer).....Como tenho dito ,voto em Pessoas e nao em Partidos...por isso vou votar no melhor candidato que é o PEREIRA JÚNIOR.......

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  2. quanto à Catarina ir embora??????
    É pena...gostava das intervencoes dela.

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