Se Portugal falha, o que se faz? Procura-se ajuda do outro lado da fronteira, claro! É o que acontece agora, por exemplo, com o encerramento das urgências nocturnas em Valença. Se já antes havia muitos valencianos que procuravam cuidados de saúde na Galiza, agora, com a polémica decisão da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, certamente que a procura pelos médicos espanhóis vai ser ainda maior.
A pensar nisso mesmo, os serviços de saúde galegos vão criar um novo centro de atendimento em Tui. Uma iniciativa que já estava prevista pelo governo regional, mas a que não será também alheio o previsível aumento de pacientes de nacionalidade portuguesa que, a par da ausência de um equipamento do género do lado de cá, constatam que no lado espanhol não lhes são cobradas taxas moderadoras.
Curiosamente, no mesmo fim de semana em que foi decretado (e não decidido, refira-se) o encerramento das urgências nocturnas em Valença, Paredes de Coura, Arcos de Valdevez e Melgaço, o semanário Expresso dedicava duas páginas a um estudo do Instituto Ricardo Jorge, que vai ser publicado em livro na próxima semana, e que traçava um retrato do país, de acordo com a mortalidade provocada por alguns tipos de doença. Um estudo onde, conforme se pode ver no mapa da figura, grande parte dos concelhos do Alto Minho, apresentam valores elevados de mortes originadas por doenças do aparelho circulatório.
Entre esses concelhos com valores muito altos, imagine-se, encontram-se os municípios que agora passaram a ter menos assistência médica…
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