23 março 2010

A feira que já o foi

feira 2

Mais vida para a feira de Paredes de Coura?  Parece que não…Nos cinco minutos que dediquei a ler o projecto de novo regulamento de funcionamento da feira quinzenal concelhia, fiquei com a sensação de que, com este documento, a feira vai ficar ainda mais limitada, fruto de uma série de imposições e restrições ditadas pelas normativas comunitárias.

É o custo do progresso, poderão dizer, se tivermos como linha de horizonte do sucesso a integração na União Europeia. É um custo que, contudo, pode ter em Paredes de Coura um preço demasiado elevado. É certo que os tempos áureos da feira de Paredes já lá vão, longe no tempo, e julgo mesmo que não será fácil recuperar parte do esplendor perdido, ainda que com recurso a toda uma série de atractivos que já vi defenderem para trazer mais gente à feira. A feira de Paredes de Coura já não tem nome que traga cá acima as gentes de outras paragens. Não tem, por exemplo, o poder apelativo que as feiras de Valença ou Vila Nova de Cerveira exercem sobre os nossos vizinhos espanhóis. Se já o teve? Desconheço! Se o poderá vir a ter? Creio que não…

Também não é esse o objectivo do projecto de regulamento actualmente em discussão pública. O que se pretende, creio eu, é dotar o seu funcionamento de algumas regras, acompanhando o evoluir dos tempos. Uma leitura transversal do documento , contudo, poderia indiciar, erradamente, que estávamos perante uma grande feira. Senão atente-se no período indicado para o seu funcionamento, entre as 6 e as 18 horas, obrigando os feirantes a esperar por esta hora para recolherem os seus pertences. Antes fosse, dirão alguns deles, habituados que estão a desmontar a barraca pela hora do almoço devido à falta de clientes. Da parte da tarde os largos ficam novamente vazios, apenas ornamentados pela enorme quantidade de lixo deixada ao abandono pelos comerciantes. O novo regulamento dita, aliás, que os feirantes devem deixar os espaços de venda limpos. A ver se pega, porque agora a realidade é muito diferente.

Deram-lhe novo poiso no final de 2006, o que terá camuflado a sua real situação, apesar de ter trazido outro colorido, outra vida, ao centro da vila. Não foi suficiente! Ou, por outro lado, terá sido tarde demais. Apesar disso, a feira de Paredes de Coura vai sobrevivendo… lentamente.

2 comentários:

  1. A adaptação dos regulamentos comunitários, não pode só por si, justificar muitas das coisas que se tem passado com eventos e tradições seculares, é aceitável a existência de normas, para o bem de todos, não podemos a coberto do que é tradicional, permitir determinados atropelos às elementares regras , que existem para defender a saúde e bem estar publico. Temos assistido ultimamente a eventos, que realizados de acordo com essas mesmas regras, continuam a manter o cariz popular e de divulgação dos produtos regionais e outros. (relembro apenas algumas feiras do fumeiro, e até a feira do chocolate, a titulo de exemplo). Embora ainda não tenha lido o regulamento, parece-me que seria a altura ideal, para definir o futuro da nossa feira. Haja bom senso, oiçam os intervenientes, e as opiniões contrárias, e teremos de certeza uma feira reabilitada

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  2. Eu, Jorge Barbosa, um dos responsáveis pela organização da festa de comemoração do título de campeãs distritais por parte da equipa do Castanheira, venho por este meio convidar todas as pessoas para que marquem presença no último jogo do campeonato desta GRANDE EQUIPA de FUTSAL FEMININO, a decorrer no próximo sábado, pelas 18 horas, no Pavilhão Municipal de Paredes de Coura, seguindo-se posteriormente para as comemorações merecidas.

    Cumprimentos
    Jorge Barbosa

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