O Diário Económico de hoje revela que, entre 1999 e 2005, os quadros de pessoal das câmaras e serviços municipalizados cresceram 51%. Um valor que dá um ritmo de 19 novas admissões por dia. É certo que neste valor estão certamente incluídos muitos contratos a prazo que entretanto terminaram e foram substituídos... por outros contratos a prazo. Não deixa de ser, contudo, um número avassalador, especialmente numa altura em que se fala na redução do peso dos recursos humanos na administração pública.
De qualquer das formas, até nem seria uma notícia muito espectacular, não fosse uma outra também divulgada hoje, no Público, onde o Partido Socialista da Póvoa de Varzim acusa o executivo camarário liderado pelo PSD de "compadrio por razões familiares" na contratação de funcionários. Depois de vermos pelo país fora autarcas a contratar os filhos para assessores, não vejo onde é que está a surpresa.
Por cá parece que a palavra de ordem é poupar nas contratações. Ainda hoje, à Rádio Alto Minho, o presidente da Câmara de Paredes de Coura falou do mecanismo encontrado para substituir a contratação de vigilantes nos transportes escolares, com recurso a alunos do secundário. O trabalho é pago com oferta dos livros, material escolar, transporte e das refeições na cantina. Nada mau, mas e quem é que justifica os atrasos e as faltas ao primeiro tempo lectivo que os "vigilantes" estão a dar.
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