17 maio 2007

Boas intenções

Pois é, lá diz o velho ditado e com razão, que mais vale tarde que nunca. Assim sendo, é com agrado que registamos que a Câmara de Paredes de Coura parece estar disposta a dar mais atenção aos peregrinos de S. Bento da Porta Aberta.
Em post publicado há quase um ano e que pode ser lido aqui, já alertava para a necessidade de se ter em atenção que muitos courenses (e não só) aproveitam o bom tempo para se fazerem à estrada em direcção áquele marco religioso do concelho e que nem sempre encontram o caminho, leia-se a berma da estrada, nas melhores condições. Ora, parece que na Câmara alguém concorda comigo e, pelo que se pode ler na última edição do Notícias de Coura, a autarquia está empenhada em dar aos peregrinos melhores condições para fazerem aquele percurso.
A diferença é que, enquanto eu pedia apenas a limpeza das bermas que como se sabe nesta altura do ano desaparecem no meio de tanta vegetação e obrigam os caminhantes a seguir pela estrada, colocando em risco a sua vida e a dos outros, a Câmara de Paredes de Coura vai mais longe e solicitou às Estradas de Portugal a execução de um passeio contínuo da vila até Cossourado. Isto aproveitando as obras de beneficiação que vão ser feitas neste troço da EN303 e que já prevêm, nas zonas urbanas, a construção de passeios.
Resumindo, a intenção é boa, mas infelizmente temo que seja um projecto de muito difícil execução. Primeiro, porque o concurso para as referidas obras de beneficiação já foi lançado e, inclusivamente, a obra já foi adjudicada à firma vencedora. E os passeios não constavam do caderno de encargos... Depois temos a própria estrada, ou melhor o percurso que esta faz até S. Bento, a ditar a impraticabilidade do passeio contínuo, muito à moda dos "calçadões" que proliferam nas zonas balneares. O traçado, mesmo que seja ligeiramente revisto pelas obras de beneficiação, vai continuar sempre a ter pontes estreitas (sem quaisquer bermas) e construções praticamente em cima da via, que não deixam espaço para passeios.
Dito isto, tenho que o melhor, ou pelo menos o mais fácil e o mais rápido, será manter as bermas limpas e transitáveis e, sobretudo, dotar o percurso de iluminação pública, pois convém não esquecer que grande parte dos caminhantes opta pelo final do dia, ou melhor pelo fresco do dia, para rumar a S. Bento. Assim o queiram as Estradas de Portugal e, acima de tudo, a EDP.

8 comentários:

  1. Não acredito nisto do passeio, tal como exemplifica a imagem deviam ser colocadas placas destas a aprtir da Vila, Formnariz, Ferreira, Linhares Cossourado e no sentido contrário. Quem as põe? A confraria! ao dinheiro que lá entra, não me digam que o dinheiro é todo para aquele masmarracho que construiram lá. A segurança dos peregrinos primeiro.

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  2. Deviam-se procurar caminhos paralelos, de qualquer forma as pessoas deviam caminhar em fila, pelo lado esquerdo e munir-se, todas elas, com coletes e lanternas. Aos autombolistas recomendo cuidado

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  3. O Clero de Coura nas homilias devia alertar os fieis, bem como os jornais e as rádios que são ouvidas em Coura. Força E.B.

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  4. Bem, isto vai de mal a pior... é possível viver num país, num concelho em que só muito recentemente o saneamento básico e o abastecimento de água potável começaram a chegar a uma percentagem significativa da população (sim, porque até estar terminada a obra... além disso nem todas as habitações tem soluções viáveis, para já só vi ramais) mas se acredita ser possível construir um passei ao longo de uma estrada nacional num percurso longo por causa de uma peregrinação, que tem a sua expressão, mas no limite, beneficia 200 pessoas?

    AH, MAS A SEGURANÇA DAS PESSOAS?
    Para ser peão é preciso saber o mínimo de regras de trânsito – aquelas elementares que os pais devem começar a ensinar quando as crianças aprendem a andar. Na maior parte dos casos nem essas são respeitadas, que fará das outras que, como referiu o anónimo anterior, impõe o uso de coletes reflectores, a fila indiana, etc...

    AH, MAS O PASSEIO É IMPORTANTE...
    A berma, se estiver limpa, é suficiente – 1,5 m não chegam para uma pessoas caminhar em linha recta?

    OK, MAS DEVEM ILUMINAR TODO O PERCURSO ATÉ S. BENTO COM POSTES DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA POR CAUSA DA SEGURANÇA DOS PEREGRINOS (IDEIA DO SR. EB).
    Porreiro, sendo assim borrifem-se para os coletes. Mas eu também quero um poste de iluminação pública na estrada para a minha casa. Lá, circulam pessoas a pé diariamente durante todo o ano, é local bastante ermo e devido ás sombras a visibilidade é diminuída. Além disso, parece-me que a peregrinação é sazonal – na altura da Primavera e verão...

    NÃO, NÃO PODE SER PORQUE NÃO HÁ DINHEIRO.
    Ok, então quero só que substituam as lâmpadas que estão partidas ou não funcionam.
    POIS, ISSO NÃO É RESPONSABILIDADE DA CÂMARA.

    Será que a sinalização e civismo de parte a parte não resolviam o problema?
    SINALIZAÇÃO NÃO TEMOS. CIVISMO? O QUE É?
    Ah, bom...

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  5. O melhor era os peregrinos deixarem a estrada para os automobilistas e rumarem a S. Bento por outros caminhos muito mais bonitos,eu dou um pequeno exemplo:sair da vila em direccao a Irijó,descer em direccao à ponte nova,passar pela parte debaixo da zona industrial,atravessar a ponte do regato em direccao a Linhares,atravessar a freguesia de linhares em direccao ao lugar do sobreiro,passar pelo caminho que vai dar a Pecene e mais uns metrinhos e está em S.Bento.Experimente fazer este caminho e verá que é um caminho muito mais bonito e muito mais seguro.Pena é que,quem fez os trilhos de Paredes de Coura,nao conhecia Coura,e por isso andou a roubar nomes de trilhos a outras Terras.Ex:Trilho da Pia dos quatro abades(Ponte de Lima).

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  6. Trilho da Pia dos quatro abades - Coura, ja Narciso Alves da Cunha fala deste sitio.

    Mesa dos 4 abades Ponte de Lima.

    Pia e Mesa são coisas diferentes.

    Na Pia comem os porcos á Mesa as pessoas civilizadas

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  7. As minhas desculpas pelo desconhecimento da "Pia dos quatro abades".Há muito tempo que nao lia Narciso Cândido Alves da Cunha.Mas lá saberá o anónimo anterior onde mais gosta de comer.

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  8. Na mesa caro tintol, na mesa!

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