Por definição, a Assembleia Municipal é o órgão político de um município. Enquanto que ao executivo municipal cabe a gestão, é na Assembleia Municipal que surgem as principais intervenções da vida política concelhia. Uma situação que assume ainda maior relevo quando, como no caso de Paredes de Coura, há uma maioria clara na Câmara, que limita a intervenção da oposição e a relega para o palco secundário da Assembleia Municipal. Mas, a ser assim, porque não aproveitam os partidos, principalmente os da oposição, essa oportunidade de intervirem e darem público conhecimento das suas dúvidas, das suas contestações, das suas intervenções de cariz político.
Já em tempos aqui critiquei o facto de o PSD desperdiçar púlpito e tempo de antena. Outros tempos, mas pelo visto a coisa não melhorou muito. Ainda na passada sexta-feira, em mais uma sessão da Assembleia Municipal de Paredes de Coura, foi notória a falta de acção por parte do Partido Social Democrata. O grupo municipal do PSD esteve presente na reunião? Esteve! Notou-se essa presença? Bem… isso agora, já é relativo, pois a presença só pode ter sido notada pela negativa. Numa sessão onde estava em cima da mesa a aprovação da conta de gerência da autarquia relativa a 2010, não houve quem aproveitasse para “cair em cima” das contas da Câmara. Ficou-se por uma simples declaração voto, onde criticavam a reduzida taxa de execução, quando poderiam ter utilizado o mesmo argumento no período de discussão, certamente com outro impacto. Já agora, explique-se, o PSD, com quatro excepções que se abstiveram, votou favoravelmente as contas de 2010.
O mesmo aconteceu com a CDU, o outro partido da oposição com assento na Assembleia Municipal. Também eles deixaram passar as contas, abstendo-se, muito embora João Paulo Alves tenha aproveitado o período de discussão para lançar algumas críticas à política seguida pela autarquia liderada pelo Partido Socialista. Já nos assuntos anteriores o deputado do grupo municipal comunista tinha lançado alguma farpas à gestão de Pereira Júnior mas salientando que as suas intervenções não teriam cariz político. Mas, não está João Paulo Alves num órgão político? Logo, não serão todas as intervenções que ali faz pautadas por essa característica? Isso mesmo lhe explicou, pouco depois, a deputada socialista Rosalina Martins. Ficou por explicar porque é que, criticando as contas, os elementos da CDU não votaram contra.
Ainda assim, João Paulo Alves conseguiu ficar bem melhor na fotografia que o maior partido da oposição, cabendo-lhe a ele duas das declarações mais enigmáticas da noite. Por um lado a recomendação a Carlos Barbosa, líder do grupo municipal do PS. “Espero que quando fores político, sejas diferente”, foi o que se ouviu da boca do deputado do PCP, sem se saber o que quereria dizer. Por outro lado, a pergunta deixada no ar na resposta a Rosalina Martins sobre a excessiva dependência da autarquia em relação às verbas do FEF. “Sabe qual é o meu maior receio de um município subsídio-dependente?”, questionou. E mais não disse, deixando no ar… a suspeição.
Na nossa Assembleia Municipal exitem politicos!!! Existem ...mas polticos de treta!!!!!
ResponderEliminarDeixa-te de tretas tu. O PC é que tem a iniciativa na assembleia.
ResponderEliminarO psd está out.
Ele é cada tiro no porta aviões.
só falta a carranca para a charanga ser mais animada.
Então o PSD está OUT, será de facto isto verdade? Devem estar mais atentos, neste Conselho está a desenvolver-se algo que a maioria do PS prefere não ligar, deixar esquecido, no entanto já se começa a falar. Aguarde-mos.
ResponderEliminarEste Comentador,que dá pelo nome de "Pinho" gosta de falar em "voz off",ou entao veja-se o seu Blog "Couranostra"!!!! Fala sempre no sentido q vai acontecer ou já aconteceu!!!mas o quê,ninguém sabe!!!!!!E depois tb devia escrever ConCelho e nao conselho!!!
ResponderEliminarAguardemos e não Arguarde-mos
ResponderEliminarCum caneco!!!
Ganda João Paulo, caraças!
ResponderEliminarGostaria de ver alguma isenção na análise que se faz da Assembleia Municipal(AM).
ResponderEliminarO PSD tem de mostrar que as guerras partidárias não podem ficar acima do interesse do Concelho.
Na AM o Sr Presidente tinha acabado de dizer que há obras paradas por falta de pagamento e que não tem Bancos suficientes para aprovar o financiamento que pretende para alguns daqueles pagamentos.
Ora o PSD não deve piorar as coisas com declarações e apreciações, legitimas mas que poderiam afuguentar os Credores.
Nesta AM o PSD optou pois por uma posição a defender os interesses de Paredes de Coura.
Estranho neste local não se comentar que dois Deputados do PS mantiveram-se na onversa enquanto durava o Minuto de silêncio Merecidíssimo do Sr Dario Martins.
Estranho não se comentar a forma como pela 1ª vez (desde 25 Abril) a Mesa decidiu não aceitar uma proposta, neste caso do PSD, num caso de prepotência, insensibilidade e falta de principios democráticos.
Estranho não se comentar que a Câmara, em resultado das erradas decisões de investimento do passado, não consegue financiar-se.
Estranho não se falar da declaração de voto, quando se refere a falta de investimento na promoção do desenvolvimento económico dos Courenses.
Ao não se comentar estas questões é ser solidário e apoiante de quem lá está.
José Augusto Caldas
Caro José Augusto
ResponderEliminarRelativamente à apreciação que faz da intervenção do PSD na última Assembleia Municipal, nada a opor: é a sua, está no seu direito de a manifestar. Concordo que os interesses do concelho estão acima dos interesses partidários, mas convém não esquecer que, mesmo quando se defende o concelho, se pode criticar o que de mal fizeram os que gerem os seus destinos.
Sobre os outros assuntos que aborda no seu comentário, informo-o que não me apercebi da conversa dos dois deputados durante o minuto de silêncio, mas dada a sua posição privilegiada na sala, não duvido do que diz. Já agora podia dizer de quem se trata.
Sobre a proposta recusada, sinceramente não me apercebi dessa situação. Foi antes da reunião começar? Ou está a falar da confusão gerada em torno dos votos de pesar do PS e do sr. José Cunha?
em relação às contas e à declaração de voto, enquanto a primeira já foi abordada e continuará a sê-lo noutras ocasiões, a segunda já foi referida neste post.
Registo a sua opinião sobre a minha intervenção neste espaço sobre o que se vai passando na Assembleia Municipal. Se o entende como solidariedade com o poder instituído, está no seu direito. Espero que tenha a mesma opinião quando critico algumas posições tomadas pelo executivo municipal.
Bom dia, Caro Eduardo
ResponderEliminarAs minhas criticas são dirigidas aos comentadores e em particular para os anónimos e não para os textos que publica.
Parece evidente que alguns também lá estavam.
Quanto às questões que "Estranho", é mais um desejo para as ver publicadas e comentadas.
José Augusto Caldas
À longos anos, que o PSD enferma de coordenação, organização e método nas suas estruturas locais.
ResponderEliminarOs eleitos para os diversos orgãos agem por sua conta e risco, e só pontualmente tem informação de como devem ou não agir no momento próprio. ect ect ect. paira no ar um receio permanente da perca de protagonismo por parte de alguns membros, o que prejudica a acção de todos. se não corrigir esta postura, não terá dinamica vencedora, nunca. não se trata de nenhum problema pessoal, trata-se de um problema de organização e gestão.
Caro Venâncio: É um pouco verdade o que escreve sobre a actuação dos membros do PSD na Assembleia Municipal,não no meu tempo,mas suponho que também lá esteve na AM.em listas do mesmo partido,procurou mudar algo no comportamento dos elementos do partido que muito legitimamente representava? Olhe, o melhor que verifico no PSD é a inteira liberdade de voto dos seus intervenientes bem com problemas levantados pelos mesmos sem ordem dos manda mais!!!A disciplina no voto cheira-me a tudo menos DEMOCRACIA,se disser que há que fazer o trabalho de casa,estou em completo acordo consigo,nem sempre esse trabalho é executado.
ResponderEliminarAgrada-lhe a disciplina férrea dos membros do PS nas suas votações??? Eu sinceramente não,chamem dsalinhado,rebelde ou outro qualquer adjectivo,sinto-me bem em consciência quando voto pela minha cabeça sem necessisdade de olhar para o "chefe"...Ou mesmo auelas determninações antecipadas às votações.A terminar,quero lhe dizer que não desgostava em o ver integrado na A.M,independentemente do partido a ou partido b um abraço