Três semanas depois de entrarem em funcionamento, os parcómetros de Paredes de Coura continuam na ordem do dia. Pelos mais variados motivos. Porque uns querem o seu lugar cativo à porta de casa ou do seu negócio, porque outros acham que com os parcómetros se está a contribuir ainda mais para a desertificação do concelho, porque outros ainda argumentam que esta é apenas uma medida para encher os depauperados bolsos da Câmara.
Vamos aos lugares cativos. Eu pergunto: então e o meu lugar privativo? Eu também moro na vila, numa zona de estacionamento pago por isso também deveria ter direito a um lugar reservado. Não? Claro que não! Câmara, comércio, oposição, fosse quem fosse que pediu a o estacionamento pago, o certo é que fez bem. Os principais beneficiários da ausência de limites eram, acima de tudo, os comerciantes, que agora tem de andar 200 ou 300 metros para estacionar o carro. Coitadinhos!
Que dirão, por exemplo, os comerciantes da rua Conselheiro Miguel Dantas? Não tinham eles, já antes dos parcómetros, de estacionar também afastados do seu negócio? Então em que é que eles são menos que os outros que agora têm de fazer o mesmo? E não me venham com historinhas que nem todos podem pagar os 15 euros mensais do parque, sim porque estamos a falar de 15 euros por mês. Dinheiro que, reconheço, faz falta a muita gente, mas que muitos de nós gastamos (ou mais ainda) noutras coisas que não nos fazem falta nenhuma.
Sou, assumidamente, a favor dos parcómetros! E dos parques, ainda que reconheça que um seria suficiente para Paredes de Coura. Utilizo-os desde o primeiro dia, mesmo não trabalhando na vila, mas a eles recorrendo sempre que necessito de ali me deslocar. Não foi preciso muito para chegar à conclusão de que gastava mais em combustível às voltinhas à procura de um lugar na rua, do que no parque coberto, vigiado, disponível.
Sobre o dinheiro que a Câmara vai recolher, basta fazer as contas. Cada máquina custou quatro mil euros, compraram-se 10, e some-se ainda a sinalização que foi necessário substituir. Vejam lá quantos carros são precisos para pagar o investimento.
Resta o argumento da desertificação. Mas alguém acredita mesmo que sem parcómetros essa tendência reverteria? Se me falassem em acessibilidades, em atractivos, ainda vá, mas dizer que com estacionamento pago a população de Coura diminuirá… E nem as queixas dos comerciantes me comovem. Que metam mãos à obra e promovam-se junto dos seus potenciais clientes. Não fiquem, como a maioria, à espera que as pessoas lhes entrem portas adentro, vejam porque é que os clientes fogem para outras paragens e reajam. Como estão, mais cedo ou mais tarde, nem com estacionamento dentro da loja.
Vamos aos lugares cativos. Eu pergunto: então e o meu lugar privativo? Eu também moro na vila, numa zona de estacionamento pago por isso também deveria ter direito a um lugar reservado. Não? Claro que não! Câmara, comércio, oposição, fosse quem fosse que pediu a o estacionamento pago, o certo é que fez bem. Os principais beneficiários da ausência de limites eram, acima de tudo, os comerciantes, que agora tem de andar 200 ou 300 metros para estacionar o carro. Coitadinhos!
Que dirão, por exemplo, os comerciantes da rua Conselheiro Miguel Dantas? Não tinham eles, já antes dos parcómetros, de estacionar também afastados do seu negócio? Então em que é que eles são menos que os outros que agora têm de fazer o mesmo? E não me venham com historinhas que nem todos podem pagar os 15 euros mensais do parque, sim porque estamos a falar de 15 euros por mês. Dinheiro que, reconheço, faz falta a muita gente, mas que muitos de nós gastamos (ou mais ainda) noutras coisas que não nos fazem falta nenhuma.
Sou, assumidamente, a favor dos parcómetros! E dos parques, ainda que reconheça que um seria suficiente para Paredes de Coura. Utilizo-os desde o primeiro dia, mesmo não trabalhando na vila, mas a eles recorrendo sempre que necessito de ali me deslocar. Não foi preciso muito para chegar à conclusão de que gastava mais em combustível às voltinhas à procura de um lugar na rua, do que no parque coberto, vigiado, disponível.
Sobre o dinheiro que a Câmara vai recolher, basta fazer as contas. Cada máquina custou quatro mil euros, compraram-se 10, e some-se ainda a sinalização que foi necessário substituir. Vejam lá quantos carros são precisos para pagar o investimento.
Resta o argumento da desertificação. Mas alguém acredita mesmo que sem parcómetros essa tendência reverteria? Se me falassem em acessibilidades, em atractivos, ainda vá, mas dizer que com estacionamento pago a população de Coura diminuirá… E nem as queixas dos comerciantes me comovem. Que metam mãos à obra e promovam-se junto dos seus potenciais clientes. Não fiquem, como a maioria, à espera que as pessoas lhes entrem portas adentro, vejam porque é que os clientes fogem para outras paragens e reajam. Como estão, mais cedo ou mais tarde, nem com estacionamento dentro da loja.
Disseste tudo. Estou completamente de acordo, o comodismo português tem que acabar.
ResponderEliminarconcordo plenamente com o texto do Eduardo.
ResponderEliminarSr. Eduardo
ResponderEliminar“Os principais beneficiários da ausência de limites eram, acima de tudo, os comerciantes…”.
Claro que eram. E isso é que está em questão. Acha que eu vou pagar mais 60 cêntimos para ir à padaria comprar 4 pães? Eu acho que a padaria vai perder clientes. Sai, sem dúvida mais barato comprar pão no super-mercado ou depois das 7.30 na pastelaria. Mas também não nos vamos agora preocupar com uma padaria, não é? Eles que arranjem maneira de fazer um pão mais atractivo…
“E não me venham com historinhas que nem todos podem pagar os 15 euros mensais do parque,…”.
O Sr. Filipe, proprietário do talho Filipe fica extremamente bem localizado para ter a sua carrinha estacionada no parque subterrâneo e ir lá buscar a carninha quando faz falta! Desculpem a minha falta de cidadania por não reconhecer que o exercício até lhe faz bem.
“Vejam lá quantos carros são precisos para pagar o investimento.”
Pelas suas contas foi feito um investimento de cerca de 50.000 euros. Eu acho que o senhor fez as contas, e a câmara fê-las de certeza. Não percebi portanto se queria dizer que os parcómetros são minas de dinheiro ou o contrário. É que se 100 carros estacionarem em lugar pago (um número baixo) por uma hora apenas ao fim de um ano teremos qualquer coisa como 20.000 euros. E se estacionarem duas horas, ao fim de dois anos o lucro será de 30.000 euros. Lucro! E se estacionarem 4 ou 5 horitas? Batemos o fogo de artificio da Madeira este ano à vontade…
“…vejam porque é que os clientes fogem para outras paragens e reajam.”
O abaixo-assinado é um princípio.
Concluindo, este post não abala a consideração que tenho pelo seu trabalho mas revela umas tendências de direita, em que o mais fraco não tem de sobreviver, que me incomodaram um bocadinho. Aqui o senhor não pensou no bem de todos. Pensou no seu e no dos que podem.
Ah, eu não concordo com os anónimos anteriores. Quando se lê um texto, seja de quem for, que até pode parecer muito bonito e completo, deve-se pensar antes de concordar. Mas claro que para vocês as minorias também não devem contar. Abaixo a padaria, vivam os parcómetros.
Penedo este teu último parágrafo desilude... mas tu como consegues escrever um testamento ès o pensador cá da terra.
ResponderEliminarMas deixa estar se quiseres comer um pão de tarde já sei que vais esperar pelas 19.30, o apetite aguenta. Ou então é ver o penedo no supermercado ao pão...
Nem sabes o quanto me ri ao ler isto.
Não deixa de ter piada... e se fores perguntar ao dono da padaria então é que deves rir!
ResponderEliminarEnquanto não vos atingir a vós... os outros que se arranjem.
E tens alguma dúvida que muitas mais pessoas passam a comprar pão no EcoMarché (que ainda não tem parquímetros)? Sabes quantas pessoas já ouvi a dizer que tendo possibilidades de comprar as coisas fora de Coura o vão fazer?
Não sabes pois não?
Então continua a rir...
Caro Penedo
ResponderEliminarAntes de mais muito obrigado pelo seu comentário. Deixe-me, contudo, que faça alguns esclarecimentos:
1 - Ninguém gasta 60 cêntimos para ir comprar o pão. Ou gasta 10 cêntimos ou então deixa o carro mais longe. Ou, melhor ainda, continua a fazer como antes dos parcómetros e deixa o carro em cima do passeio.
2 - Para chegar ao parque, o sr. Filipe (que conheço e respeito), faz exactamente os mesmos metros que eu. Mais, quando o sr. filipe precisa de fazer alguma carga ou descarga para os seus estabelecimentos, tem à sua disposição um lugar reservado para esse efeito. Eu não. Além disso, caso não saiba, nessa zona existem 18 lugares de estacionamento para 6 lojas. Antes dos parcómetros, às 9 horas, todos eles estavam ocupados por funcionários ou proprietários dessas lojas e de outras nas redondezas. Onde é que paravam os clientes?
3 - Não vou discutir as suas contas. Mas não se esqueça que estamos a falar apenas de dias úteis.
4 - O abaixo assinado é um princípio, sim, mas penso que em sentido contrário. O que eu defendo é, por exemplo, um melhor atendimento, preços mais acessíveis, etc. Já agora, e falo a título pessoal como sempre, não é por causa de estacionar mais longe ou pagar o estacionamento (que, já agora informo, só compensa nos parcómetros se for até 10 minutos, mais do que isso fica mais barato deixar ficar o carro no parque)que eu vou trocar de barbeiro, ou vou deixar de ir ao restaurante A ou à pastelaria B e trocá-los por outros onde sou pior servido.
Finalmente, sobre as compras fora de Coura, lamento informá-lo que muitas pessoas já o fazem, já o faziam antes dos parcómetros. Mas por outro tipo de condicionalismos. Porque procuram produtos mais baratos (veja-se a gasolina), uma maior variedade de escolha e, não raras vezes, um melhor atendimento.
Sr. Eduardo, a sua argumentação é fantástica – pura retórica. No entanto, antes de lhe dizer que estou convencido, gostaria de perguntar-lhe se acha que as pessoas normais que costumam ir às compras à vila fazem uma construção racional daquele cariz para decidir se estacionam o carro nos parcómetros e depois vão à sua vida, pagando mais caras as compras, ou, por outro lado, vão ao Ecomarche e deixam o carro de graça a 2 minutos da porta (na pior hipótese). Dou-lhe uma pista, tendo em conta que o café ainda é um bem fungível, assim como as refeições servidas nos restaurantes do centro da vila (que, sem pretensões, não são nada de especial), acha que vou tomar café ou almoçar à vila quando posso perfeitamente fazê-lo em qualquer restaurante (e há muitos) no resto do concelho? Além disso, aconselho-o a levar o seu carro ao mecânico porque está a fazer consumos muito altos… então, antes de estarem instalados os parquímetros costumava gastar 70 cêntimos de gasolina à procura de estacionamento?! Puro altruísmo/civismo meu caro.
ResponderEliminarPor último, e talvez para fazer sentido, a única justificação – ainda que a reputem apócrifa – para justificar a colocação de tais bestas é a viabilização do investimento dos parques subterrâneos. É que hoje, quem se desloca à vila ou paga ou vai a pé. Foi um grande erro e, como outros, vai sair caro.
Caro Exorcista
ResponderEliminarMuito obrigado pelo seu comentário. Tem a sua opinião, válida como qualquer outra, eu tenho a minha que já expliquei atrás. Só uma achega ao seu comentário: é que, nos parques, 15 minutos de estacionamento custam 5 cêntimos. São esses 5 cêntimos que gasta a andar às voltinhas à procura de estacionamento. Ainda acha que valia a pena andar com o carro à procura daquele lugar que não aparece?
Daquele lugar que não aparece? Lá estão vocês mais uma vez a falar de Braga.
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