Desde pequeno que tenho um certo fascínio por algumas das grandes obras da arquitectura e engenharia, em Portugal ou no estrangeiro. Fico admirado com a capacidade de se construírem obras como uma Ponte da Arrábida, anos antes das técnicas e tecnologias que possibilitaram o avanço para uma Ponte Vasco da Gama. Autênticas obras de arte, como o são também outros exemplos de obras públicas e privadas um pouco por todo o país.
No entanto, apesar deste fascínio pelo património construído, nunca a engenharia esteve no meu plano de vida. Não sei porquê, simplesmente não esteve. Não sei se por apetência por outras áreas, se por verificar que, apesar das grandes obras, de vez em quando as engenharias me levantam sérias duvidas, nomeadamente pelos métodos e planificações utilizados.
Veja-se, por exemplo, a nova variante à EN 303 que está a ser construída em Paredes de Coura, de Mantelães até à sede da ADASPACO. Sinceramente não compreendo a programação utilizada, seja esta responsabilidade dos engenheiros que a projectaram e acompanham ou do dono da obra. Não entendo, mas eu também não sou engenheiro ou autarca, como se pode dar prioridade a obras secundárias como são a colocação dos passeios ou a preparação dos futuros espaços verdes daquela via, em detrimento da colocação do piso, substituído há quase dois meses por um tapete de terra, alternando entre o pó e a lama. Já sei que vão dizer que são obras, que é mesmo assim, que é o custo do progresso, mas não compreendo como é possível cortar a principal via de acesso à sede do concelho e não se dar prioridade ao restabelecimento dessa ligação.
É claro que é mais fácil colocar o alcatrão todo de uma vez, naqueles 500 metros de estrada, do que remendar a EN303 e fazer depois o resto, mas não seria preferível minimizar os problemas dos automobilistas que por ali passam diariamente? Sei também que fica muito melhor na fotografia inaugurar uma estrada nova com os passeios compostos, com a iluminação a funcionar e com as rotundas de ligação às vias existentes devidamente embelezadas e ajardinadas, mas não será tudo isso secundário ao efeito prático que a estrada pretende ter?
Por falar em rotundas, com o avançar dos trabalhos no entroncamento desta variante com a Avenida Cónego Bernardo Chouzal começa a delinear-se um cenário um tanto ou quanto inquietante naquela zona. É que, e volto a dizer que de engenharia nada percebo, custa-me a entender como vão ser vencidos desníveis face às construções ali existentes, nomeadamente o acesso ao Centro de Saúde. Provavelmente não ficará como as traseiras das casas por onde a variante passa, algumas das quais transformadas em autênticos fossos. Mas isto sou eu a dizer, que não percebo nada de engenharia.
No entanto, apesar deste fascínio pelo património construído, nunca a engenharia esteve no meu plano de vida. Não sei porquê, simplesmente não esteve. Não sei se por apetência por outras áreas, se por verificar que, apesar das grandes obras, de vez em quando as engenharias me levantam sérias duvidas, nomeadamente pelos métodos e planificações utilizados.
Veja-se, por exemplo, a nova variante à EN 303 que está a ser construída em Paredes de Coura, de Mantelães até à sede da ADASPACO. Sinceramente não compreendo a programação utilizada, seja esta responsabilidade dos engenheiros que a projectaram e acompanham ou do dono da obra. Não entendo, mas eu também não sou engenheiro ou autarca, como se pode dar prioridade a obras secundárias como são a colocação dos passeios ou a preparação dos futuros espaços verdes daquela via, em detrimento da colocação do piso, substituído há quase dois meses por um tapete de terra, alternando entre o pó e a lama. Já sei que vão dizer que são obras, que é mesmo assim, que é o custo do progresso, mas não compreendo como é possível cortar a principal via de acesso à sede do concelho e não se dar prioridade ao restabelecimento dessa ligação.
É claro que é mais fácil colocar o alcatrão todo de uma vez, naqueles 500 metros de estrada, do que remendar a EN303 e fazer depois o resto, mas não seria preferível minimizar os problemas dos automobilistas que por ali passam diariamente? Sei também que fica muito melhor na fotografia inaugurar uma estrada nova com os passeios compostos, com a iluminação a funcionar e com as rotundas de ligação às vias existentes devidamente embelezadas e ajardinadas, mas não será tudo isso secundário ao efeito prático que a estrada pretende ter?
Por falar em rotundas, com o avançar dos trabalhos no entroncamento desta variante com a Avenida Cónego Bernardo Chouzal começa a delinear-se um cenário um tanto ou quanto inquietante naquela zona. É que, e volto a dizer que de engenharia nada percebo, custa-me a entender como vão ser vencidos desníveis face às construções ali existentes, nomeadamente o acesso ao Centro de Saúde. Provavelmente não ficará como as traseiras das casas por onde a variante passa, algumas das quais transformadas em autênticos fossos. Mas isto sou eu a dizer, que não percebo nada de engenharia.
De obras nada percebo, mas contudo digo que a Vila só beneficia com mais uma entrada, mas deixaram construir a sede da adaspaco e agora ve-se... é só aterro como tu dizes. No entanto avante...
ResponderEliminarQuando é a inauuguração? Aquando ao festival, quando estarão por aí os jornalistas?
E porque não aquando ao festival anónimo anterior, qual é o mal? até podia ser aqundo´às festas, sempre estavam por cá os nossos conterraneos emigrantes, sempre era um motivo para eles participarem na festa.
ResponderEliminarÉ o Eduardo e toda a gente. Agora eu pergunto-me o que de prático fazem os srs. engenherios da Câmara e da empresa responsável que por lá passam o dia todo. A investir em soluções viáveis, e viável inclui uma série de conjunções favoráveis e não só o menor dos males, é que não deve ser com certeza.
ResponderEliminarQuando há tempos, em conversa, chamava a atenção para o facto das grandes ditaduras deste século serem todas de esquerda, levantou-se de imediato um coro de protestos.
ResponderEliminarApós algum tempo de discussão mais acesa, um dos presentes virou-se para mim e, num tom muito sério disse:
"É que isso (as referidas ditaduras) não é esquerda, é... uma esquerda... humm... de direita!".
Não fosse o tom realmente circunspecto do interlocutor, a coisa teria passado com uma boa gargalhada. No caso, deitei-me a cismar que a situação era bem mais séria do que eu pensara.
É certo que a esquerda nos tem vindo a prometer muito paraíso, o que é sempre uma boa forma de vender. Mas ter conseguido que uma larga maioria da população não consiga associar ditadura e esquerda, é obra!... Dei por mim a pensar se seria o único a conseguir ver por detrás da propaganda...
Evidentemente a conversa ficou por alí, não fosse alguém lembrar-se ainda de apelar a uma qualquer legitimidade revolucionária e dar-me, ali mesmo, "o devido correctivo"...
in blog: fora de estrutura