23 março 2011

Assim se vê, a força… da nossa saúde (2)

Dentro do mesmo tema deste post, a saúde, as notícias dão-nos conta de que, um ano depois, a situação no Centro de Saúde de Valença está caótica. Um ano depois do encerramento das urgências nocturnas, está bom de ver!

Venham eles!

COURA - Concelho vai criar até ao final deste ano mais 150 postos de trabalho – notícia da Rádio Vale do Minho

Com notícias destas, no momento que atravessamos, só podemos dizer: venham eles! Mas depressa!

 

PS: Já agora, dizer que o concelho vai criar 150 postos de trabalho não será um bocadinho exagerado. Afinal, a iniciativa é privada!

Assim se vê, a força… da nossa saúde

25092010460Ou da falta dela, seria o mais acertado. Não necessariamente da saúde física em si, mas dos meios que o Estado coloca à nossa disposição para, precisamente, zelar pela nossa saúde. Por cá, por Paredes de Coura, há muito que se sabe que o que temos não é o ideal (nem sequer o que nos foi prometido, mas isso é outra história) e quando o SAP fechou e o Centro de Saúde local reduziu drasticamente o horário de atendimento, as coisas não ficaram melhores.

Uma situação que só piorou com a saída de um dos clínicos que ali prestava serviço, o que deixou vários utentes sem médico de família. Um cenário que parece já ter alertado o PCP, que na semana questionou, por duas vezes, o Governo sobre a situação actual da prestação de cuidados de saúde no distrito de Viana do Castelo, incluindo nesse pacote de questões algumas relacionadas com o Centro de Saúde de Paredes de Coura, nomeadamente sobre o número de médicos e enfermeiros que ali trabalham e ainda sobre o número de equipamentos existentes no concelho.

As questões dos comunistas, que, recorde-se, não têm qualquer deputado eleito pelo distrito, visam ainda obter conhecimento sobre o número total de utentes abrangidos pela unidade de saúde courense, com e sem médico de família atribuído. Aguardemos, agora, pelas respostas do Ministério da Saúde relativamente às perguntas formuladas sobre o estado de saúde da saúde em Viana do Castelo. A ver se a resposta vem ou se, como tem sido tradição, as questões ficam esquecidas lá para os lados da Avenida João Crisóstomo.

PS: Mesmo sem um deputado eleito pelo distrito, o PCP não esquece os problemas do distrito. Mas, mesmo sem um deputado, bem que podia ter mais conhecimento da região. É que, ao contrário do que diz a pergunta comunista logo no início, o distrito só tem 10 concelhos e não os 18 que o PCP aqui quer meter à força.

18 março 2011

O dia seguinte

CIMG2030A polémica em torno da atribuição dos subsídios aos agricultores parece ter destino traçado: tal como surgiu, sem se saber como e qual a sua origem, eventualmente assim irá desaparecer. As explicações, se é que eram necessárias, de beneficiários e intermediários, pululam na comunicação social e mesmo as informações sobre eventuais investigações aparentam indicar rumos diferentes, com uns a garantir que existe e outros a afirmar que é invenção.

Pelo meio houve quem aproveitasse para relembrar um problema antigo, muitas vezes já aqui abordado, bem como noutros espaços. Os animais, vacas, mas principalmente cavalos, que são criados em regime selvagem e que, volta não volta, são notícia: ora porque entraram em terrenos particulares e causaram estragos, ora porque aparecem mortos no meio do monte. Afinal, parece que já há quem esteja preocupado com essa situação e até a tenha tentado resolver. Curiosamente, o que é defendido pela associação Vessadas nesse sentido, também poderia ser utilizado para, evitando polémicas e suspeições, controlar melhor a atribuição de subsídios à sua criação.

14 março 2011

A sério?

PSD denuncia 'gestão política' na instalação de pórticos em SCUT – Notícia do jornal Sol

Olhando bem para as coisas, eu até pensava que não havia qualquer gestão por detrás da implementação das portagens, quando mais da colocação dos pórticos.

13 março 2011

Quem conta um conto…

e5dd14d…acrescenta-lhe um ponto. E quando damos por ela a coisa está de tal forma exagerada e empolada que não me admirava de qualquer dia termos o Presidente da República aqui por Paredes de Coura a apelar a um sobressalto cívico da população.

Há provas de que os subsídios atribuídos pelo Ministério da Agricultura foram entregues a quem não tinha condições para deles beneficiar? Então que apareçam, porque caso contrário tudo não passa de um grande alarido em torno de nada. O “diz que disse” é sempre muito bonito e fica bem em qualquer conversa de circunstância, mas depois surge o exagero, o dizer que vai acontecer isto ou aquilo, quando afinal nada acontece, nada aconteceu.

Agora, a festa até chegou ao Facebook, com uma página criada este fim de semana e que, no momento em que escrevo, conta já com 137 pessoas ligadas. A página em questão exorta à devolução dos subsídios alegadamente recebidos de forma ilegal e consegue a proeza de juntar, sob o lema da devolução dos subsídios, alguns dos que são acusados de deles terem beneficiado sem a eles terem direito, bem como os que supostamente estão por detrás da sua atribuição. Afinal, tanto alarido e aparentemente toda a gente está contra a atribuição dos subsídios. Até quem os recebeu.

06 março 2011

Fumo? Fogo? Ou apenas uma inventona?

CIMG0065Costuma dizer-se que por detrás de um boato está sempre um cheirinho de verdade. Pessoalmente sei que nem sempre é assim, e ainda recentemente tive contacto com um rumor que, envolvendo uma situação que poderia ser grave, por se tratar de uma simples invenção ou distorção dos factos acabou por ser somente… divertido. Por isso mesmo, por essa desconfiança natural que tenho e que já me causou alguns dissabores, sou daqueles que, quando confrontando com uma qualquer notícia menos esclarecedora, procuro ir mais longe e averiguar se realmente se trata de uma verdade ou apenas do fruto da imaginação de alguém que, não tendo mais que fazer, resolve pegar em situações verídicas e, acrescentando-lhe um ponto como quem conta um conto, dá-lhe contornos diferentes e, assim sendo, irreais.

E foi com esta mentalidade de desconfiança que recebi, na semana passada, uma informação que me dava conta de algumas irregularidades na atribuição de subsídios por parte do Ministério da Agricultura a alguns courenses que supostamente não reuniriam as condições legais para os receber. Mas, se quando a primeira pessoa que me falou do assunto o ignorei por completo, quando me vejo confrontado com a mesma informação (ou boato como lhe queiram chamar) por parte de mais três pessoas que nada têm a ver umas com as outras, foi difícil não perder algum tempo de volta do assunto, muito embora a minha opinião fosse a de que tal não seria verdade. Afinal, num meio tão pequeno como Paredes de Coura, não seria difícil saber se as pessoas que fazem parte da lista de beneficiários do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas estavam ou não em condições de receber os referidos apoios.

Estava enganado! É que, ao abrigo do Pedido Único de Ajudas, encontramos toda uma diversidade de financiamentos (do apoio às culturas energéticas ao prémio por vaca em aleitamento) que, mesmo deixando de fora os apoios específicos da região autónoma da Madeira, os restantes são mais do que suficientes para gerar dúvidas sobre se as 900 pessoas e entidades de Paredes de Coura que fazem parte das listagens relativas aos pagamentos do Ministério da Agricultura nos anos de 2008, 2009 e 2010 estavam ou não em condições legais de as receber ou se,pelo contrário, haveria alguma situação em que essa atribuição foi feita de forma ilegal. Mesmo conhecendo algumas das pessoas das listas, e procurando informações sobre mais beneficiários junto de outras pessoas, tornou-se praticamente impossível saber se entre as entidades e pessoas em questão (900 reforce-se) todas estavam enquadradas pelos critérios definidos pelos referidos acordos.

Deitei, por isso, para trás das costas a análise das listagens do IFAP e fiquei-me pela conclusão, óbvia e preguiçosa, seio-o, de que não é a mim que compete fiscalizar a atribuição desses apoios do Ministério da Agricultura, cujos pedidos, ao que sei, são encaminhados por cooperativas e associações de agricultores. Não dispõe o ministério em questão de mecanismos próprios para averiguar da veracidade das candidaturas que lhe são apresentadas? Ou será que confia cegamente na palavra, escrita refira-se, das entidades que lhes fazem chegar esses pedidos de apoio? De qualquer das formas, repito, não será certamente a mim que compete zelar pelo bom funcionamento destes apoios, até porque as listagens em questão são públicas e estão ao alcance de qualquer cidadão que as queira consultar. E aí, se tiver mais sorte ou conhecimento do que eu (o que não é difícil), até pode colocar em dúvida se o sujeito A ou B reuniria as condições para receber uns milhares de euros do IFAP, seja o sujeito em questão titular de um cargo público ou o pastor ali do lugar vizinho.

02 março 2011

Eu é que sou o presidente da junta! (2)

COURA – Construção de Centro de Dia inter-paroquial divide freguesias de São Martinho de Coura e Romarigães. Autarquia apela a “plataforma de entendimento” – Notícia da Rádio Vale do Minho

Mais um exemplo da dificuldade que será tentar concentrar duas ou três freguesias em apenas uma. É que, por muito que custe ao erário público, cada presidente quer ter a sua quinta, nem que o vizinho do lado já tenha uma que produza ovos suficientes para alimentar a população das duas freguesias.

01 março 2011

De laranjas às avessas?

CIMG0781Costumava ser um clássico em todas as sessões da Assembleia Municipal de Paredes de Coura, mas ultimamente tinha deixado de se verificar. Na  passada sexta-feira, contudo, voltaram a surgir aquelas pequenas coisas que mostram que dentro do PSD há vozes que não estão satisfeitas.

Nos mandatos anteriores era pública e notória a divergência de opiniões entre alguns sectores dos social-democratas representados no elenco da AM. Maria José Carranca de um lado, Paula Caldas do outro, Venâncio Fernandes também em discordância às vezes e até um ou outro presidente de junta de quando em quando. Este mandato, contudo, as coisas até têm andado mais calminhas, ou então mais discretas.

Na reunião da passada sexta-feira, no entanto, os desaguisados entre apoiantes do mesmo partido voltaram a surgir, ainda que ao de leve. Tudo porque, depois de várias intervenções políticas sobre a extinção e fusão de juntas de freguesia, conforme descrito no post abaixo, Décio Guerreiro, líder do grupo municipal do PSD, pediu a palavra propositadamente para exigir que ficasse registado em acta que as intervenções anteriores se tratavam de intervenções a título pessoal e não do grupo municipal do PSD.

Ora, do lado do PSD, o único que interveio sobre o assunto foi João Cunha, antigo presidente da concelhia laranja. Por isso o esclarecimento suscitou alguma admiração nos presentes e até alguns toques da oposição, que não perdeu a oportunidade de mandar alguns recados ao PSD. Exemplo disso foi o comentário de Joaquim Felgueiras Lopes, do Partido Socialista, que em jeito de resposta à exigência de Décio Guerreiro, foi dizendo que no seu partido, “todos têm liberdade para falar”. No PSD também, não se duvida, e também por isso não se compreende muito bem o reparo do líder do grupo municipal.

Eu é que sou o presidente da junta!

CIMG0711Mesmo ausente, foi José Augusto Pacheco quem dominou a última sessão da Assembleia Municipal de Paredes de Coura, realizada na passada sexta-feira. O presidente da Assembleia Municipal está ausente do país e, por isso mesmo, solicitou a sua substituição na reunião, tendo Luísa Castro assumido a presidência daquele órgão. Apesar disso, haveria ser um assunto trazido à baila por aquele professor universitário a dominar a noite.

Confuso? Então expliquemos. É que, apesar de José Augusto Pacheco não estar presente, João Paulo Alves, do grupo municipal do PCP, levou à discussão na assembleia a última crónica do presidente da AM no Notícias de Coura, onde a reorganização política, nomeadamente ao nível da extinção e fusão de freguesias, é tema de análise. João Paulo Alves pegou no escrito e, explicando que o PCP concorda que 21 freguesias para um concelho como Paredes de Coura é excessivo, lá foi dizendo que os presidentes de junta olham muito para o seu umbigo, dando como exemplo a necessidade que houve de dotar cada uma das freguesias com um polidesportivo, quando agora muitos deles estão ao abandono.

O deputado do PCP aludiu ainda à proposta/ideia que José Augusto Pacheco deixa no seu artigo de criar um novo órgão onde os presidentes de junta estivessem representados que não a própria AM. Um cenário que, defendeu João Paulo Alves, evitaria as situações em que um presidente de junta até discorda da proposta de orçamento da Câmara, “mas vota a favor porque…”, referiu aquele deputado municipal, deixando no ar a teoria já muitas vezes abordada naquele órgão, de que os presidentes de junta se sentem condicionados a aprovar o orçamento para não terem problemas depois.

Estava dado o tiro de partida para o momento mais animado de uma noite morna na Assembleia Municipal. João Cunha do PSD, demarcou-se “em absoluto” da posição do seu colega do PCP e fez o reconhecimento público do trabalho dos presidentes de junta, que “são muito melhores gestores que as câmaras”. Também Joaquim Felgueiras Lopes, presidente da junta de freguesia da vila, manifestou a sua discordância em relação às ideias de José Augusto Pacheco. “É a opinião dele, não é a minha. Ele vive em Braga, nós vivemos em Coura”, desabafou o histórico autarca socialista, acrescentando que “o trabalho das juntas reflecte-se no desenvolvimento do concelho”.

Opinião idêntica parece ter o vereador social-democrata José Augusto Caldas que, instado a pronunciar-se sobre o assunto, não escondeu que é “frontalmente contra a redução do número de juntas de freguesia. O presidente da junta será sempre o último elo de ligação à população”.A seu lado, o presidente da Câmara optou por não tecer grandes comentários sobre “um problema que ainda nem sequer está perto. Não vou manifestar a minha opinião enquanto não se souber o que está em jogo”, concluiu Pereira Júnior.

17 fevereiro 2011

Nova biblioteca em 2012 (2)

iphone03022011 004E no entretanto, erguem-se e derrubam-se paredes no Largo Visconde de Mozelos…

Porque é que tudo tem a ver com política?

CIMG0687Há uma tendência, cada vez mais generalizada, para ver a política em todo o lado. Se há alguém que resolve criticar uma determinada tomada de posição porque, simplesmente, a acha merecedora da sua crítica, logo virá quem diga que essa chamada de atenção tem contornos políticos. O mesmo acontece quando alguém toma determinado rumo, diferente do da maioria, e não falta quem veja esse desvio como um facto político.
Pessoalmente já senti na pele essa “mentalidade” mesquinha que vê motivos políticos em tudo o que se faz, como se não fosse possível ter opinião diferente sem ter uma visão política dessa divergência de sentido. Infelizmente é um cenário que todos os dias se repete, um rótulo que se cola às pessoas que, ao olhos de quem pouco vê, salta à vista como um adereço político.
O último caso, público e notório, tem andado pela comunicação regional, e até nacional, e envolve a Capital Europeia da Cultura – Guimarães 2012. Pondo de lado todo a polémica em torno dos salários elevados e, eventualmente, pouco justificados de um evento com bases públicas, eis que agora surge novo foco de interesse, pois, imagine-se o desplante, a fundação gestora do evento resolveu contratar um economista, especialista na sua área, que, pasme-se, tem uma vertente política na sua vida.
O presidente da Câmara de Guimarães, socialista, não gostou de ver incluído no leque de contratações da capital europeia da cultura o nome de Ricardo Rio, social-democrata que lidera a oposição na Câmara de Braga. E, não satisfeito, fez questão de divulgar essa sua insatisfação por se ter contratado alguém que “é opositor dos nossos parceiros”. Ou seja, se se tratasse de uma pessoa com igual competência (ou menos, talvez) mas que fosse simpatizante, estava tudo bem, mas como o homem até tem o defeito de estar contra o colega de Braga, pronto, temos o caldo entornado.
Infelizmente é este o país em que vivemos. Uma sociedade onde o tacho e o tachinho são por demais evidentes que se torna estranho quando, olhando mais longe que o cartão de militante, se ousa recrutar alguém que tem provas dadas em trabalhos semelhantes. Infelizmente, não é só em Guimarães. Felizmente, a excepção de Guimarães também não é caso único no país.

Nova biblioteca em 2012

O concurso público para encontrar o construtor ainda decorre, só terminando na próxima semana, mas parece ser já uma certeza que a construção da nova biblioteca municipal de Paredes de Coura vai avançar dentro de pouco tempo. Um milhão e duzentos mil euros depois, deveremos ter o novo edifício pronto a entrar em funcionamento em 2012, pelo menos assim o augura o presidente da Câmara.

Uma obra que se justifica, tendo em conta a falta de condições da antiga biblioteca e que dará vida à antiga escola primária do concelho, de que hoje só restam as ruínas. Ao mesmo tempo homenageia-se a passagem de Aquilino Ribeiro por terras de Coura, dando à nova biblioteca o nome do escritor de “A Casa Grande de Romarigães”.

E por falar em Casa Grande de Romarigães, voltou a andar pela comunicação social a intenção da Câmara Municipal, e também do filho do escritor, de transformar o edifício que inspirou Aquilino Ribeiro num museu dedicado àquela figura das letras lusas. Uma ideia que, contudo, não sairá da gaveta tão cedo, devido a “problemas de financiamento”. Costuma dizer-se que mais vale tarde que nunca, mas o certo é que as atenções já se deveriam ter virado para a Casa do Amparo há muito tempo, para evitar que atingisse o estado de degradação, descuido e irresponsabilidade que a marca nos dias de hoje. Pessoalmente, não creio que a sua transformação em museu seja o primeiro passo a dar, até porque, nos tempos que correm, tal será de muito difícil concretização. Mas, mesmo sem ser museu, há muito que pode ser feito.

15 fevereiro 2011

Faça-se luz! (2)

lua cheiaPara quem ainda tem dúvidas sobre algumas das consequências dos cortes selectivos da iluminação pública, fica aqui a ligação para uma notícia publicada na edição de hoje do jornal Correio do Minho. O título, acho eu, diz tudo: Falta de luz propicia assaltos”.

13 fevereiro 2011

Faça-se luz!

Na sexta-feira um amigo perguntava-me em que ponto estava aquela ideia dos municípios do distrito de Viana do Castelo de poupar na factura da EDP, se já tinham começado os cortes periódicos da iluminação pública. Não lhe soube responder. Sinceramente não sei se essa medida já está a ser aplicada por cá ou não,mas pelo que li na altura e depois no início do ano, parece que a EDP só estará tecnicamente habilitada para satisfazer esse pedido dos autarcas lá mais para o Verão.

Entretanto, contudo, parece não haver necessidade de poupança. Pelo menos é essa a imagem que passa num vídeo carregado esta semana no Sapo Vídeos que dá conta da passagem de um casal de turistas por Paredes de Coura. Dois minutos e trinta seis segundos que pouco mostram do concelho, centrando-se praticamente na zona envolvente da igreja do Espírito Santo. Nada tenho contra o conteúdo do vídeo, mas basta dar uma olhadela para perceber que alguma coisa não está como deveria estar. Seria de noite? Não, mas não deixa de ser irónico.

09 fevereiro 2011

Não deixa de ser irónico…

CIM disponível para salvar Coliseu de Viana – Notícia da Rádio Geice

… que há pouco mais de um ano a Câmara de Viana do Castelo não quisesse ter nada a ver com a Comunidade Intermunicipal Minho-Lima (CIM). E agora, com os cofres da Câmara sem verba para sustentar a construção do Coliseu de Viana, pode ser a mesma CIM que foi rejeitada a dar a mão à autarquia para levar por diante aquele projecto. Ironias à parte, não deixa de ser questionável o facto de se avançar para uma obra daquela envergadura sem ter o seu financiamento assegurado. Dá a ideia de que se quer dar um passo maior do que a perna.

08 fevereiro 2011

Especificidades a aproveitar

 Foto jornal Público

Sou daqueles que defende que o ambiente pode ser um bom catalisador para o desenvolvimento de uma região, mais do que de um concelho porque o ambiente não conhece fronteiras. Por isso, é com agrado que recebo a notícia de hoje do Público que dá conta do esforço da Câmara Municipal de Paredes de Coura para a preservação de uma planta que encontrou nesta região um ambiente propício e, dada a sua exclusividade, apresenta-se como uma oportunidade a não desperdiçar.

O narciso-amarelo foi alvo de um estudo do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto e da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, que chegaram à conclusão que, apesar de ser um dos concelhos onde esta espécie é mais abundante, é necessário assegurar a sua protecção e preservação, nem que seja necessário vedar alguns núcleos mais sujeitos a ameaças. Conclusões a que a Câmara de Paredes de Coura promete não ficar indiferente, até porque vê no narciso-amarelo a possibilidade de ter um “ex-libris” do interior do Alto Minho.

Haja acompanhamento e bom senso e o narciso-amarelo bem que pode ser um bom atractivo para cativar um outro tipo de visitantes. Turismo ambiental, pois claro, sector que ainda tem muito para dar, neste e noutros concelhos. Com conta, peso e medida, certamente, e sem esquecer que não basta pensar apenas nos que vêm de fora, mas nas implicações que as acções a tomar podem ter junto dos que cá vivem.

02 fevereiro 2011

Perguntas de resposta fácil

sinal estrada nova

PCP: Honório Novo questiona o Governo sobre "a obra de Santa Engrácia do Alto Minho" – notícia da Rádio Geice

O deputado comunista Honório Novo quer saber em que pé estão as coisas relativamente à desejada/projectada/prometida/adiada ligação de Paredes de Coura à A3 e vai daí apresentou no Parlamento um pedido de informação dirigido ao Ministério das Obras Públicas. E aproveitou para criticar o Governo por ainda não ter avançado com esta promessa antiga e até hoje por cumprir. Está a tentar “atirar areia para os olhos” da população local, considera o deputado.

Antes de mais, não deixa de ser estranho que tenha sempre de ser um deputado da oposição a zelar pelas acessibilidades dos courenses. Do CDS-PP, com Daniel Campelo, há largos anos, a Honório Novo, já foram várias as intervenções sobre o mesmo assunto. Aliás, referia-se que Honório Novo nem sequer foi eleito por Viana do Castelo, mas assume-se como defensor dos interesses dos PCP neste distrito também. De qualquer das formas, pergunta-se: não deveriam também ser os deputados socialistas a querer saber o que se passa com a ligação à A3? Ou será que já sabem?

De qualquer das formas, Honório Novo não precisava de ter tido o trabalho de questionar o Ministério da Obras Públicas sobre este assunto. Bastava ter vindo a Paredes de Coura e qualquer pessoa lhe poderia dar as respostas que procura. Mantém o Governo a intenção de construir esta ligação? Mantém, ideias e projectos não ocupam espaço. Que razão invoca para justificar tantos atrasos na construção desta ligação? São vários. Primeiros os técnicos, depois os políticos, depois os económicos. Os dois primeiros foram sendo ultrapassados, os últimos, aparentemente, não. Em que ponto estão os estudos e projectos há tanto tempo anunciados? Não sabemos, mas também não interessa, porque é consciência geral que, não obstante projectos e estudos, o mais certo é a obra, em tempo de crise, não sair sequer do papel.

Dito isto, até que o título de “obra de Santa Engrácia do Alto Minho”, utilizado por Honório Novo, não assenta mal. Ou esse ou o de “promessa antiga que queria concretizar antes do fim do meu mandato mas que já não vai ser possível”. É escolher!

27 janeiro 2011

Finalmente, alguém com bom senso!

COURA - Associação dos Bombeiros Voluntários considera que a SIV veio prejudicar e "substituir" o trabalho dos bombeiros – notícia da Rádio Vale do Minho

Custos desnecessários e meios que não são utilizados quando o poderiam ser. Finalmente alguém com bom senso a dizer que o facto de termos um ambulância de Suporte Imediato de Vida no concelho não são só vantagens. Mais mais haveria para criticar, a começar pela redução do horário do Centro de Saúde, encerrado que foi o SAP. E lembrar que nem tudo o que foi acordado foi cumprido, por este ou por aquele motivo, uns mais válidos que outros. Promessas, é o que é!

23 janeiro 2011

Coura com Cavaco

Paredes de Coura manteve a sua tradição e votou à direita para eleger o novo Presidente da República. Resultado: revalidou o título para mais uma viagem de Cavaco Silva para os lados do Palácio de Belém. O actual e futuro presidente conseguiu, por terras de Coura, quase 61% dos votos. O seu mais directo opositor, apoiado pelo PS e Bloco de Esquerda, não logrou chegar aos 16%. Muito, muito longe de Cavaco.

À parte todas as ilações políticas que as televisões nos têm transmitido, com comentadores a torto e a direito, reservo-me o direito de também tecer alguns comentários a este acto eleitoral, sob a perspectiva local. E foco-me apenas em dois pontos. O primeiro, a abstenção, um monstro a nível nacional que também deixou marcas no concelho. Apenas 40% dos cidadãos recenseados em Paredes de Coura exerceram o seu direito de voto e em algumas freguesias os números da abstenção atingiram mesmo número assustadores (os mais de 72% de Bico deveriam de ser alvo de reflexão). Será a abstenção uma forma de protesto? Não creio, antes uma forma de desleixo.

O outro ponto prende-se com a candidatura pseudo-alternativa dos que não se reviram na escolha oficial do Partido Socialista. Defensor Moura nunca foi alternativa a coisa alguma e conseguiu até a proeza de ficar atrás da “coisa” mais divertida que esta campanha eleitoral teve, de seu nome José Manuel Coelho. No distrito, que foi onde quase exclusivamente fez campanha, ficou-se pelo terceiro lugar, com pouco mais de 11 mil votos, oito mil dos quais alcançados na sua Viana do Castelo, a cujos destinos presidiu até há pouco mais de um ano. Pergunto: valeu a pena?

Resultados em Paredes de Coura

Votantes 40,12%

Votantes: 3.914

Inscritos: 9.756

Cavaco Silva   60,84%   2.256 votos

Manuel Alegre  15,91%   590 votos

Fernando Nobre  9,71%  360 votos

Defensor Moura  5,93%  220 votos

José Coelho  4,64%  172 votos

Francisco Lopes  2,97%  110 votos

21 janeiro 2011

A culpa é da assessora

08-02-09_2206Receber uma nota de imprensa da Câmara de Arcos de Valdevez a dar conta da campanha eleitoral de Cavaco Silva é algo de impensável? Talvez não, porque na semana passada as redacções dos órgãos de comunicações da região receberam um email, do gabinete de imprensa da câmara arcuense, que falava disso mesmo, da campanha eleitoral do actual Presidente da República. A culpa? Costuma morrer solteira, mas desta vez calhou ser atribuída à “inexperiente” assessora de imprensa daquela câmara.

Foi “um erro da assessora de imprensa, que já assumiu responsabilidade total pelo acto e já pediu desculpa pelo mesmo”, esclarece o presidente da Câmara, o social-democrata Francisco Araújo, que vai mais longe e diz mesmo que aquela profissional “é nova” e saiu “há poucos dias dos bancos da universidade”. Assim mesmo, num quase atestado de incompetência passado pelo patrão à funcionária.

Até pode ter sido mesmo um “erro” da jovem assessora, mas o que é certo é que, não raras vezes, acontecem situações do género em vários municípios do país, onde muitas vezes se confunde o serviço da autarquia com as funções de campanha eleitoral. E se há algumas situações que conseguem passar mais ou menos despercebidas, como as inaugurações em vésperas de eleições e os famosos boletins municipais que, apesar de serem obrigados a permitir a participação da oposição, só trazem as fotografias com os elementos da maioria do executivo, outras há que são mais evidentes e muitas vezes resultam em queixas junto da Comissão Nacional de Eleições, como aconteceu agora em Arcos de Valdevez.

Em política, como noutras situações aliás, é preciso saber separar as águas e não basta ir assistir ao comício do candidato com o carro próprio em vez de levar o carro da câmara. É preciso também assegurar que a secretária ou o assessor ou outro funcionário camarário qualquer, que até podem participar também no comício, ali estão como cidadãos e não como funcionários municipais. E, assim sendo, no caso de Arcos de Valdevez é válido questionar se o erro foi a assessora ter enviado a referida nota de imprensa à comunicação social ou o facto de ter ido ao jantar-comício de Cavaco Silva investida do papel de assessora de imprensa da câmara? São os dois inadmissíveis, mas um deles pode não ser só dela!

20 janeiro 2011

É o que temos!

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O tema que se segue é recorrente por estas bandas. Infelizmente! É que, não sei porquê, mas sempre que tenho necessidade de me deslocar ao Centro de Saúde de Paredes de Coura, quase que venho de lá mais doente do que quando entrei, mesmo quando nem sequer era eu o doente a assistir. Longas horas de espera têm o condão de me fazer sentir doente, vá-se lá saber porquê.

Na minha última visita ao Centro de Saúde só precisei de esperar pouco mais de duas horas para ser atendido. Coisa pouca disse-me depois quem conseguiu ultrapassar a barreira das três horas. Ah! E eu a pensar que tinha, finalmente, conseguido atingir um qualquer recorde.

Vistas bem as coisas, até que não foi mau de todo. Só tenho pena que não me tivesse precavido. É que, talvez por já não estar habituado a estas coisas de longas demoras no Serviço Nacional de Saúde, não estava preparado para a espera . Se estivesse podia ter aproveitado para, imagine-se, preencher o meu IRS ou satisfazer aquela minha vontade de reler “Guerra e Paz” enquanto aguardava na sala de espera do Centro de Saúde. Mas não, não levei os papéis com a contabilidade do ano passado nem a obra prima de Tolstoi e por isso limitei-me a esperar.

Que remédio, diziam-me. Pois, que remédio temos quando isto é o que temos por cá, por Paredes de Coura? Pois que deixamos fugir as urgências nocturnas, primeiro, e o serviço de atendimento permanente, logo, logo a seguir. Ficamos com uma consulta aberta que parece não dar vazão a quem a procura o que origina esperas de, ora deixa cá ver, mais de duas horas. Longe vai aquela noite fria e chuvosa de Abril onde duas dezenas de courenses e outisider’s se manifestaram pela manutenção do serviço de atendimento permanente, perante a indiferença (desdém até?) dos poderes instalados. Da manifestação resta apenas um papel afixado na porta do Centro de Saúde (que, realce-se, já nem sequer maçaneta tem) a anunciar o horário reduzido de atendimento. Pena que não seja tão reduzido como o tempo de espera da consulta aberta.

 

PS: Apesar de tudo, ainda há quem se preocupe com o bem estar dos doentes que acorrem ao Centro de Saúde. No meio disto tudo, valha-nos ao menos o bom serviço desses profissionais.

12 janeiro 2011

Contenção

Na sua primeira edição de 2011, o Notícias de Coura deu a conhecer algumas das medidas de contenção que a Câmara Municipal de Paredes de Coura se propõe implementar. Novidades? Algumas. Ou se calhar nem por isso.

O aumento das tarifas da água é tema que há muito vem sendo abordado pela autarquia courense, que não perde a oportunidade para se queixar que está a subsidiar metade do custo deste bem essencial. Ora, em tempo de contenção, será que vai deixar de o fazer? Sim, explica o presidente da Câmara. E vai subir muito? Pereira Júnior fala num “aumento ligeiro”, por isso é de pensar que a autarquia vai continuar a suportar parte da diferença existente entre o valor a que compra e o valor a que vende a água no concelho. Aqueles que estiveram compra os negócios entre a Câmara e as Águas do Minho o que pensarão disto agora?

Depois fala dos cortes na iluminação pública, por demais abordados e criticados aqui, e cujos efeitos se questionam, até porque, pelos vistos, este ano pouco se sentirão, pois só lá para Junho é que estarão reunidas condições para se fazerem. EDP dixit. Oportunidade, no entanto, para ficar a saber a opinião da oposição sobre este assunto, com o regressado José Augusto Viana a contestar esta atitude, explicando que cortaria apenas na iluminação ornamental.

Mas o vereador social-democrata vai mais longe e atira: em tempo de crise não são necessários dois vereadores a tempo inteiro e um assessor da presidência. A autarquia, contudo, a nível interno recomenda apenas um esforço de poupança na despesa corrente, nomeadamente ao nível de comunicações e consumíveis. De fora fica o pessoal, até porque, umas páginas mais à frente no mesmo jornal, verificamos que ficou porta aberta para aumentar o quadro de pessoal do município.

Novidade, ou talvez não, é o assunto que o Notícias de Coura puxa para título da notícia, em que Pereira Júnior diz querer baixar os gastos com transportes escolares, que actualmente rondam os 50 mil euros mensais. Como? Com a definição de uma nova estratégia de transporte que possibilite a diminuição dos custos. Esclarecido? Nem por isso. Não sei porquê mas estas “definições de estratégias” deixam-me sempre com a pulga atrás da orelha, até porque mais adiante se pode ler que os cortes na despesa da Câmara não afectarão a área social e a educação. Não? A ver vamos. É que, pelo que consta, a mudança de “estratégia” para o transporte dos alunos do primeiro ciclo passa pelo abandono das recolhas quase à porta, passando para um circuito de transportes semelhante aos dos alunos da escola EB 2.3 e Secundária, cuja recolha é feita apenas nas estradas principais. Ora, para muito dos alunos das freguesias, isto é voltar à situação que existia antes da concentração das escolas que apontava o transporte dos alunos como uma das vantagens. Mais, para muitos alunos é ainda pior (leia-se mais longe) do que quando as escolas estavam nas freguesias!

06 janeiro 2011

Boas notícias

COURA - Empresa de produtos plásticos cria 50 postos de trabalho – notícia da Rádio Vale do Minho

Mais do que a vinda de uma nova empresa para Paredes de Coura, que permitirá colmatar o fecho anunciado de outras, é de salientar o optimismo da autarquia courense, com o presidente da Câmara a afirmar que há vários empresários, nomeadamente espanhóis, interessados em instalarem-se no concelho. Assim seja!

Apertar o cinto… no cinema

centro cultural 1O novo ano chegou e com ele o anunciado apertar (ainda mais) do cinto. A crise é palavra de ordem e poupar é ordem que a ver vamos se se cumpre. E em Paredes de Coura, curiosamente, o primeiro sinal surgiu com a agenda cultural: vamos ter menos sessões de cinema em Paredes de Coura.

Antes que perguntem, eu esclareço: sou um fervoroso apoiante das sessões de cinema no Centro Cultural de Paredes de Coura. A minha assiduidade já foi melhor (muito melhor) mas não me esqueço da boa surpresa que tive quando para aqui vim morar e me deparei com sessões de cinema a menos de metade do custo das grandes cidades. É certo que com algum atraso nas exibições, mas a esse preço não se pode exigir que os hits de bilheteira cheguem cá no momento da estreia e para mim ainda há muitos filmes que valem mais no cinema do que no abrigo do sofá cá de casa.

Neste momento desconheço qual o índice de afluência dos courenses ao cinema. Nos últimos filmes que vi a sala estava praticamente cheia, a contrastar e de que maneira com o cenário de há 11 anos, em que o público muitas vezes não chegava às duas dezenas. Não sei, por isso, se o público continua a aparecer no Centro Cultural ou se virou as costas ao cinema cá na terra. Desconheço, por isso, se os cortes nas exibições se ficam a dever a falta de público ou a outros factores, nomeadamente falta de pessoal para assegurar o funcionamento do cinema em paralelo com outros eventos no Centro Cultural. É que, pelo que se pode ver na agenda cultural de Janeiro, agora só temos cinema um dia por semana, ao sábado ou ao domingo, dependendo da utilização do Centro Cultural com outros eventos.

Ou seja, ao invés de três sessões semanais, passamos a ter apenas duas. Em tempos de austeridade, é uma medida com que temos de viver e seguramente não será nem a única, nem a pior. Ainda assim, faz-me confusão que não haja um dia fixo para ir ao cinema, pois se esta semana é ao sábado, na próxima é no domingo e depois volta a ser ao sábado, porque o Centro Cultural está ocupado com outras actividades nos domingos. E se nos shoppings das grandes cidades temos sessões durante toda a tarde e noite, não sei porquê mas aqui faz-me confusão ir assistir a uma sessão de cinema a um sábado ao início da tarde. Não sei porquê, mas quer-me parecer que a essa hora há mais coisas para fazer!

28 dezembro 2010

Uns a seguir aos outros

jardins centro cultural

Paredes de Coura: Câmara recorre a empréstimo de 600 mil euros para fazer face a dificuldades de tesouraria – notícia da Rádio Geice

Não sei porquê, mas lembra-me aquelas pessoas que fazem um empréstimo para pagar as dívidas contraídas com o cartão de crédito cujo plafond já excederam há muito.

27 dezembro 2010

Desemprego

semáforosUma das poucas fábricas existentes em Paredes de Coura fechou as portas há duas semanas, deixando ainda mais parada a Zona Industrial de Castanheira. O encerramento deu-se devido a motivos pessoais, asseguram, porque trabalho não faltaria. De qualquer das formas são más notícias para cerca de 20 trabalhadores que ficaram sem emprego.

Infelizmente esta parece não ser situação única. É que, para os lados da Zona Industrial de Formariz, também há já quem veja o seu emprego em águas agitadas a partir de Janeiro, com mais uma empresa instalada em Paredes de Coura há poucos anos a não conseguir chegar a bom porto.

Faltam, por isso, alternativas para tapar o buraco que estas duas situações irão criar.

23 dezembro 2010

Feliz Natal

 

Serviço público

 

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PAREDES DE COURA

E D I T A L

JOSÉ AUGUSTO BRITO PACHECO, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE PAREDES DE COURA:

TORNA PÚBLICAS, em cumprimento do estabelecido no art. 34º do Regimento, as deliberações deste Órgão Autárquico, tomadas em sessão ordinária, realizada às 21,00 horas do dia 17 de Dezembro de 2010, no Salão Nobre dos Paços do Município.

 

= PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA =

Ponto n.º 1 – Foi distribuída lista de registo de expediente diverso.

A acta da sessão anterior, oportunamente distribuída e dispensada da sua leitura, depois de submetida à votação, foi aprovada, por maioria, com a seguinte votação: 38 votos a favor - sendo 25 do PS, 12 do PSD e 1 do PCP-; 2 abstenções do PS, por não terem estado presentes e 1 voto contra, do PSD.

Ponto n.º 2 – Apresentação de assuntos relevantes para o Município e a emissão de votos e moções.

Os representantes das comissões de Toponímia e da Defesa da Floresta Contra Incêndios prestaram informações sobre as actividades desenvolvidas.

Ponto n.º 3 – Intervenções políticas pelos grupos municipais.

Não houve intervenções.

 

= ORDEM DO DIA =

Ponto n.º 1 – Apreciação da informação escrita do Presidente da Câmara acerca da actividade do município, bem como da sua situação financeira, nos termos da alínea e) do art. 53º, da Lei 169/99, de 18 de Setembro.

Ponto n.º 2 – Apreciação, discussão e votação de proposta da Câmara Municipal para as Opções do Plano e Proposta de Orçamento para o ano de 2011.

Este ponto foi aprovado por maioria com 29 votos a favor, sendo 26 do PS, e 2 do PSD; 4 abstenções, sendo 2 do PSD e 2 do PCP8 votos contra do PSD.

O empréstimo de 600 mil euros, para acorrer a dificuldades de Tesouraria, em anexo ao Orçamento, foi aprovado por maioria com 38 votos a favor, sendo 27 do PS, 9 do PSD e 2 do PCP; 4 abstenções do PSD e 1 voto contra do PSD.

Ponto n.º 3 - Apreciação, discussão e votação de uma proposta da Câmara Municipal para reorganização dos Serviços Municipais, nos termos do Decreto-Lei nº 305/2009, de 23 de Outubro

Este ponto foi aprovado por maioria com 34 votos a favor, sendo 27 do PS; 5 do PSD e 2 do PCP e 7 abstenções do PSD.

Ponto n.º 4- Apreciação, discussão e votação de uma proposta de decisão de adesão ao Pacto de Autarcas.

Este ponto foi aprovado por unanimidade.

Ponto n.º 5 – Intervenção do público

Para que conste se publica este edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos locais públicos de costume.

PAREDES DE COURA, 20 de Dezembro de 2010

O Presidente da Mesa da Assembleia,

Incentivos…

16092010454Uns primam pela sua existência, outros consideram-nos desnecessários. Mas, bem vistas as coisas, pelos vistos até funcionam!

22 dezembro 2010

Assembleia Municipal: orçamento e negociata

CIMG1113A discussão do orçamento da Câmara Municipal de Paredes de Coura para o próximo ano prometia dominar a última sessão da Assembleia Municipal. E quase que conseguia. Quase porque na memória ficará não só a aprovação do principal documento para o município, mas também a polémica intervenção de João Cunha, do grupo municipal do PSD.

Primeiro as contas. As tais que vão traduzir a vinda de menos 663 mil euros para os cofres do município, o que necessariamente se vai reflectir no plano de actividades da autarquia para 2011, com “algumas dificuldades financeiras e de execução”, como já explicou o presidente da Câmara. Que adiantou também que os cortes não irão afectar nem a acção social nem as promessas feitas aos presidentes de junta. Por isso mesmo, não foi de estranhar que, à semelhança do que aconteceu em anos anteriores, também este orçamento tenha sido aprovado com os votos favoráveis não apenas da maioria socialista, mas também de alguns presidentes de juntas social-democratas.

No entanto, como se pôde ver e ouvir, nem todos os social-democratas estão de acordo com as posições tomadas por Pereira Júnior e companhia. Que o diga João Cunha que numa inflamada intervenção apontou baterias ao executivo socialista da autarquia e não olhou a quem se atravessava à sua frente. Negociata foi a acusação mais forte da noite, com o deputado municipal do PSD a questionar os negócios entre a Câmara e a Ritmos, nomeadamente a festa de passagem de ano, que também já mereceu críticas noutros espaços informativos. João Cunha juntou ainda no mesmo saco a nomeação de Vítor Paulo Pereira para assessor do presidente da Câmara, um assunto com mais de um ano de existência, mas que ainda assim mereceu, da parte deste social-democrata, críticas tais que já há quem diga que o próximo encontro entre os dois será em tribunal. Se assim for, não faltarão testemunhas!

18 dezembro 2010

Coincidências e lamentos

30062009151Na mesma altura em que um grupo de arquitectos e engenheiros a exercer em Viana do Castelo vem a público exigir uma auditoria aos serviços de obras da Câmara daquele município, há uma empresa que se queixa de que o processo para a instalação de uma nova unidade industrial naquele concelho está parado nos serviços camarários vai para dois anos.

Sobre a primeira queixa, a autarquia vianense diz que há interesses políticos por detrás das reivindicações. Assim como assim, nesta terra parece que tudo tem de ter a ver com política, por isso, provavelmente até terá razão. Em Faro, pelos vistos também havia queixas, e o novo presidente da Câmara fez o que se sabe.

Sobre o segundo caso a câmara argumenta com a lentidão do processo de expropriação. Com ou sem razão, não é de desprezar quando uma empresa se predispõe a investir 28 milhões de euros e a criar 40 postos de trabalho. Com tanto terreno em Paredes de Coura, que jeito davam os 40 novos empregos.

17 dezembro 2010

Acautelar o futuro

hospital da misericórdia

Paredes de Coura: Recuperação do Hospital da Santa Casa da Misericórdia vai custar 1,4 milhões de euros – notícia da Rádio Geice

Poupar às escuras

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Em dia de aprovação de plano de actividades e orçamento da Câmara de Paredes e Coura (mais logo à noitinha, na Assembleia Municipal), relembro uma das medidas que os autarcas do Alto Minho encontraram para fazer face ao corte anunciado de verbas vindas de Lisboa: o apagão. Os dez municípios do distrito decidiram, não se unanimemente ou por maioria, prescindir de algo porque têm lutado nas últimas décadas, e resolveram que, agora que é hora de apertar o cinto para compensar os exageros de anos anteriores, há que deixar as ruas às escuras.

Afinal, parece que lutas e reivindicações de anos e anos, para se alargar a iluminação pública a este e àquele lugar, foram rapidamente esquecidas e, na hora do aperto, nada mais simples do que apagar a luz, supostamente para poupar um milhão de euros. Nada tenho contra a poupança, muito pelo contrário, mas esta medida cheira-me a facilitismo e a distracção. Facilitismo porque, provavelmente, terá sido a primeira ideia que surgiu nas mentes dos nossos autarcas. É que pensar em adiar projectos, repensar prioridades e redefinir estratégias dá muito trabalho e apagar a luz… é só pedir à EDP. Distracção porque o essencial não é o que se vai poupar agora, é o que não se devia ter gasto antes. Vir agora com cortes programados da iluminação pública é querer tapar o sol com a peneira, como se isto resolvesse os problemas financeiros que as autarquias foram engrossando nos últimos anos.

O apagão programado da iluminação pública traz ainda, a meu ver, uma outra situação que parece ter passado ao lado dos decisores. É que, se nos centros urbanos a redução do número de candeeiros em funcionamento não vai ser tão notada, até porque o apagão não é total e há sempre estabelecimentos comerciais com publicidade luminosa que ajudam a abrilhantar a coisa, nos meios rurais o cenário não é esse. E, mesmo que seja apenas durante algumas horas da madrugada, deixar as aldeias completamente às escuras não me parece uma boa ideia e só uma palavra me vêm à cabeça: insegurança. Das pessoas e bens, por um lado, pois a escuridão da noite é cúmplice dos amigos do alheio (que já se devem estar a preparar para “trabalhar” nos horários previamente definidos pela EDP), mas também das vias de circulação. É que há troços de estradas municipais e nacionais que, sem iluminação pública são autênticas ratoeiras para os automobilistas.

Será que o apagão é solução para poupar? E se o for será que esse dinheiro vai ser bem aplicado pelas autarquias ou vai servir para tapar buracos que entretanto surjam e nós continuamos a pagar por essas asneiras? O melhor é esperar pela lua cheia para se ver melhor a coisa!

De volta

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17 novembro 2010

Dar nome às ruas

PLACA AVENIDA NOVAO Notícias de Coura de ontem traz uma notícia, assinada por Eduardo Daniel Cerqueira, que dá conta do desconhecimento e/ou falta de utilização do nome da Rua do Padre Casimiro Rodrigues de Sá. Um assunto que já não é novo e que, basicamente, existe desde que a Câmara Municipal de Paredes de Coura resolveu homenagear este ilustre courense dando o seu nome a uma rua da vila, no caso a artéria que vai do cruzamento da Escola EB 2.3/S de Paredes de Coura até à Rua Narciso Alves da Cunha. Os alertas de Eduardo Daniel Cerqueira remontam a essa altura, questionando e bem, porque é que, tendo a rua um nome atribuído, se teima em não o utilizar, inclusivamente a própria autarquia no passado.

A questão do nome das ruas é sempre delicada. Por um lado há ruas e caminhos que nunca tiveram nome mas nem por isso a população deixa de lhes dar um nome, que já está enraizado nos moradores e não é uma deliberação camarária que vai mudar com facilidade essa denominação (o que talvez justifique a última atribuição de nomes decidida pelo município que atribuiu a algumas ruas o óbvio nome porque já eram conhecidos os lugares). Por outro lado, é tarefa que não me parece fácil, atribuir nomes a ruas, tendo por base os critérios definidos pela comissão de toponímia da autarquia, de tal modo que esse trabalho de dar nome às ruas raramente se afasta da vila e o resto do concelho fica entregue… à tradição e ao critério de cada junta de freguesia.

Ainda há dias em conversa com alguns colegas, estes ficaram surpresos por saber que em Cossourado existe, há anos, um sistema de numeração das casas que, pelo menos em teoria, facilitará o trabalho dos carteiros. Ao que sei, esse trabalho deverá ser alargado a outras freguesias, que já manifestaram o interesse nesta postura de numeração. Mas será solução? Continuarão a existir ruas sem nome, ainda que com número, e se há lugares que é fácil identificar, outros existem que quando damos conta já estamos no lugar vizinho.

A pensar nisso mesmo, a Câmara de Monção vai arrancar com o processo de atribuição de nome a todas as ruas do concelho, tarefa que prevê estar terminada dentro de três anos. Em Paredes de Coura já ouvi ideia semelhante, ainda antes de Monção ter anunciado tal epopeia. Será que, aproveitando este momento de crise, vamos ter nomes nas ruas todas? É que, mesmo não sendo tarefa para custar muito dinheiro, quando comparada com outros projectos, é obra para ficar para toda a vida!

08 novembro 2010

Deliberar mas não cumprir

A Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima não cumpre os dois dias de luto que ela própria decretou, como forma de protesto contra a introdução de portagens nas SCUT’s. Confuso? Pois, não é caso para menos.

O caso remonta a 25 de Outubro último, altura em que assembleia intermunicipal da CIM deliberou, por maioria, assinalar luto, com bandeira a meia-haste, nos municípios do Alto Minho, assinalando assim o seu desagrado face às portagens. No entanto, na data prevista para o protesto, hoje e amanhã, apenas uma das câmaras municipais da CIM, no caso a de Caminha, levou o protesto avante. Todas as outras optaram por não fazer, quando há 15 dias pelo menos as câmaras social-democratas tinham opinião contrária.

Mais, a própria Comunidade Intermunicipal, presidida pelo socialista Rui Solheiro, presidente da Câmara de Melgaço, informou já que nem sequer nas instalações daquela comunidade a bandeira vai estar a meia-haste. Ou seja, o conselho executivo da CIM não cumpre uma deliberação que a assembleia intermunicipal da mesma CIM votou favoravelmente.

Não coloco aqui em causa que as justificações apontadas por uns e outros para o não cumprimento da moção aprovada (dúvidas sobre a sua legalidade e sobre a sua eficácia) não sejam de atender. Estranho, contudo, que essas dúvidas não tenham sido levantados aquando da votação e que só tenham surgido agora. Pessoalmente, creio que o “luto” decretado de nada adianta nesta luta, vale apenas pelo seu simbolismo, e outras formas de contestação teriam de avançar no terreno. No entanto, as instituições têm os seus órgãos próprios que têm de ser respeitados assim como as suas decisões e neste caso o que se assiste é a um total desrespeito de um órgão em relação às deliberações do outro. E se hoje é assim é com uma simples moção de protesto, amanhã podemos ter uma situação semelhante, mas mais grave, com um documento de tamanha importância como o orçamento da comunidade.

Prato do dia: cogumelos

cogumelos No rescaldo das II Jornadas Micológicas de Paredes de Coura, que decorreram este fim de semana, surge a ideia de instalar neste concelho um parque micológico, o segundo a nível nacional, aproveitando desta forma todo o potencial da produção de cogumelos. O projecto, a maturar desde 2004, beneficiaria da grande variedade de cogumelos existentes em Paredes de Coura e, a avançar, teria como cenário a área de Paisagem Protegida do Corno de Bico.

Mais uma iniciativa que aproveitaria o grande potencial ambiental de Paredes de Coura, explorando ao mesmo tempo um nicho de mercado que tem crescido a olhos vistos. Que avance, pois então!

05 novembro 2010

Por aqui não anda a crise

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Instrumento indispensável a quem faz do campo e da lavoura a sua vida, o Borda D'Água, editado há 82 anos pela Editorial Minerva, há muito que é o livro de cabeceira dos agricultores, tal é o modo certeiro como parece adivinhar a evolução do clima ao longo do ano. E, diga-se de passagem, que mais coisa menos, lá vai acertando numas e esquivando-se noutras.

Mas, aquele que se auto-intitula como “o verdadeiro almanaque”, é também conhecido pelo seu “reportório útil a toda a gente”, pois contém “todos os dados astronómicos e religiosos e muitas indicações úteis de interesse geral”. Ora, sendo tudo isto, que o é, a edição de 2011 do Borda D’Água surge nas bancas sem qualquer referência à crise de que tanto se fala. Motivo, óbvio, para pensar que, afinal, o próximo ano não vai ser assim tão mau. Ou será que não?

04 novembro 2010

Inédito? Só se for em Valença!

A Câmara de Valença prepara-se para passar a aplicar uma taxa aos munícipes pela recolha de lixo. Uma medida com que a autarquia valenciana pretende compensar, ainda que em parte, o valor que vai receber a menos das transferências do orçamento de Estado.

O presidente da Câmara de Valença diz mesmo que se trata de uma “medida inédita”. Mas, inédita? Só se for mesmo por lá! É que Valença só peca pelo atraso na criação desta taxa, já em vigor em muitos concelhos, incluindo nos vizinhos de Paredes de Coura e Monção. No primeiro caso a taxa vigora há já vários anos e é paga na factura da água. No caso de Monção, a autarquia local prepara-se até para aumentar o valor deste serviço.

E em Monção, fala-se já na possibilidade de acabar com as isenções que são concedidas a várias instituições, nomeadamente às IPSS. Ou seja, se o nos cortam os fundos, vamos buscá-los a quem muito dificilmente os poderá pagar. Não sei porquê mas toda esta situação me traz à memória o procedimento dos bancos sempre que lhes resolvem aplicar um novo imposto e quem acaba por pagar são os clientes.

01 novembro 2010

A hora de fazer contas

CIMG1097Com o fantasma da crise a fazer já parte do dia-a-dia dos portugueses, repetido que é até à exaustão em cada noticiário o cenário difícil que se nos depara, não fica facilitado o trabalho de quem tem, por esta altura, de deitar contas à vida e planificar o orçamento para o próximo ano. E não falo do orçamento geral do Estado, aquele de que se guardará recordação no telemóvel de Eduardo Catroga e no bolso dos portugueses durante muito tempo. Refiro-me, sim, aos orçamentos dos municípios que, confrontados com o corte drástico de verbas a transferir do Estado, vão ter de puxar pela imaginação para dar conta de projectos para o futuro e, principalmente, de compromissos assumidos no passado.

Paredes de Coura não fugirá à regra, Com um corte anunciado de mais de 600 mil euros, o orçamento municipal para 2011 promete dar dores de cabeça a Pereira Júnior e à sua equipa nos próximos meses, esperemos que não nos próximos anos. Os prenúncios, contudo, não se afiguram muito bons, e correm até já rumores que dão conta da precária situação financeira do município courense, nomeadamente no que respeita à falta de liquidez. Se juntarmos a isto a necessidade de honrar escrupulosamente as dívidas contraídas em anos anteriores, então vemos que a tarefa não vai ser fácil e o próprio presidente da Câmara já assumiu, em declarações à comunicação social, que 2011 vai ser um ano de “extrema penúria”.

Na última Assembleia Municipal o autarca courense explicou que, há semelhança do que aconteceu em anos anteriores, iria convidar os presidentes de junta a apresentarem as suas reivindicações para eventualmente serem incluídas nos planos da autarquia para o próximo ano. Agora, contudo, o discurso mudou de tom e a tónica dominante parece ser o corte drástico das despesas correntes e o adiamento inevitável de algumas obras. Em Paredes de Coura, tal como no resto do país, começa a cortar-se em áreas que, até agora, mereciam grande atenção da gestão autárquica. Será suficiente?

18 outubro 2010

A semana em que chegam as obras

bombeiros.1A semana que hoje começa traz consigo o culminar de um processo que teve início há alguns anos, que passou por diversas peripécias e que, finalmente, parece ter chegado a bom porto. Barbosa da Silva, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paredes de Coura não esconde a alegria de saber que esta semana começam as obras de remodelação e ampliação do quartel Afonso Viana.

O processo, contudo, começou muito antes do antigo militar ter tomado as rédeas da corporação courense. Com Décio Guerreiro, o mentor inicial, chegou mesmo à fase do concurso, de que inclusivamente houve vencedor(es). Curiosamente, numa altura em que o projecto inicial tinha crescido desmesuradamente, em dimensão e em previsão de custos e em que a corporação ficou mesmo sem direcção. Motivos que, todos somados, terão estado na paralisação do processo e obrigado ao seu redimensionamento.

Agora, sanados que estão esses problemas que atrasaram obras há muito consideradas indispensáveis, o quartel Afonso Viana vai entrar em trabalhos, que culminarão, dentro de alguns meses, com a dotação de melhores condições de conforto e funcionalidade. A ver se tudo corre pelo melhor, durante as obras e depois, no seu pagamento.

Ao mesmo tempo, mesmo ali ao lado, outra empreitada também está a começar, Falo da remodelação do antigo largo da Feira, incluindo as traseiras do chamado bairro dos Bombeiros que há muito tinham sido votadas ao esquecimento. Um projecto antigo da Câmara de Paredes de Coura, que chegou a pensar-se ter sido arquivado, mas que há meses ressurgiu à luz do dia. As duas empreitadas juntas prometem dar aquela zona um novo aspecto. Mas só depois de muitos meses de lama e poeira.

11 outubro 2010

Liberal… mas pirata?

noticias de coura pirata

O página da internet do jornal Notícias de Coura foi alvo de piratas informáticos, que hoje à tarde fizeram substituir o habitual site do jornal de Paredes de Coura por uma página que defende a legalização da cannabis. A mensagem, que o Mais pelo Minho recebeu há pouco, era simples mas enigmática: “Coura é republicana e liberal”. E a seguir o endereço de internet da página do jornal Notícias de Coura, como que instando-nos a clicar. Só que, ao contrário do que seria de esperar, clicando no endereço do jornal, a direcção tomada era outra. Um ataque de piratas informáticos, que ao tudo indica nem sequer está ligado a Paredes de Coura, já que afectou outras páginas, nomeadamente a do jornal Alto Minho.

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09 outubro 2010

A República (já) chegou a Coura (2)

CIMG1074Recriação da feira tradicional de Paredes de Coura por ocasião da chegada ao concelho da notícia da implantação da República em Portugal. Uma vila cheia de gente e movimento que respondeu afirmativamente ao desafio e, por uma tarde, transformou Paredes de Coura naquilo que Paredes de Coura já foi. Saudosismo? Não, apenas nostalgia e prazer de ver uma vila a respirar vivacidade.

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A República (já) chegou a Coura

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D. Manuel Clemente, bispo do Porto, de um lado, Mário Soares, antigo presidente da República, do outro. Os ingredientes principais de duas horas de dissertação sobre “A primeira República e as relações Igreja-Estado” tema do primeiro debate do ciclo “Diálogos de Coura”, com que o município de Paredes de Coura assinala os 100 anos da República em Portugal.

O debate desta noite, que encheu o auditório do Centro Cultural, marcou o arranque das comemorações do centenário por terras de Coura e, sob a moderação do jornalista José Carlos de Vasconcelos, trouxe à baila não só as questões relacionadas com a primeira República, onde não faltaram as referências aos ilustres courenses que por por lá passaram, mas alastrou a discussão até à actualidade politica nacional. Não foi de estranhar, por isso, ouvir Mário Soares dizer que gostava de ver PS e PSD juntos para aprovarem o orçamento de Estado, chegando inclusivamente a concordar com Cavaco Silva no que respeita à necessidade de coesão e entendimento em torno desta questão,

“Há coisas mais importantes que os partidos. Há a vida de todos nós”, acrescentou o antigo governante, que salientou a necessidade das medidas de austeridade anunciadas pelo Governo na semana passada. “Tinham de ser tomadas para termos crédito junto das instituições europeias”, referiu Mário Soares, para quem abandonar o Euro ou a União Europeia é impensável: “ficaríamos numa situação terrível!”

01 outubro 2010

Para férias? Para Remodelação? Para… (2)

 

Está explicado o porquê do encerramento do Albergue de Peregrinos de Rubiães. Como tinha sido avançado, o fecho temporário ficou a dever-se a uma acção de desinfestação, sabe-se agora que para erradicar uma praga de percevejos, que afectou aquelas instalações durante o Verão.

As previsões dos responsáveis daquele equipamento apontavam para o encerramento durante apenas um dia, mas,  pelo que noticia o Jornal de Notícias, os trabalhos de desinfestação prolongaram-se e obrigaram a que o Albergue estivesse de portas fechadas durante toda uma semana. Está de novo funcional e, de acordo com a informação veiculada pelo presidente da Câmara de Paredes de Coura, este ano com uma elevada afluência, a rondar os 3500 peregrinos.