21 novembro 2007

À mesa é que a gente se entende (2)

Depois de escrever o post anterior, fiquei a matutar nesta questão da gastronomia enquanto chamariz turístico. Nada de novo, aliás. Quem não se recorda dos visitantes que faziam fila para provar a truta da Miquelina. Eu não, que não a cheguei a conhecer, mas pelo que me contaram justificava bem a fama que tinha.
Mas a gastronomia é mais que um chamariz. Acho mesmo que é um importante património do Minho que merece ser defendido, quer pelas entidades do sector, quer por parcerias como as confrarias que procuram zelar pelo bom nome de alguns pratos em particular, da gastronomia em geral, num tempo em que os rojões à moda do Minho têm de lutar taco a taco com os hambúrgueres “a la McDonalds”.
Tenho de admitir que gosto dos dois. Dos rojões, à moda do Minho ou da Bairrada, e dos hambúrgueres que proliferam em qualquer grande superfície comercial. Mas, neste duelo entre o tradicional e o fast food, verifico (e ainda bem) que, cada vez mais, lutam lado a lado, disputando clientes num mesmo espaço. É comum ver uma praça da alimentação onde os estabelecimentos de comida mais ou menos rápida partilham o espaço com restaurantes mais ou menos tradicionais. Vejo o exemplo do Estação Viana, onde entre McDonalds, Pizza Hut e Companhia das Sandes, encontramos a gastronomia típica do Alto Minho no Camelo ou o sabor fresco do peixe da nossa costa na Taverna do Valentim. Dois marcos da cozinha de Viana do Castelo, do Minho pois então, que ali participam numa miscelânea de sabores e culturas. Para quem quer continuar optar pelo tradicional em detrimento do global.

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