07 novembro 2007

Quando a sirene toca

Toca a sirene. Mais uma vez. Tem tocado bastante nos últimos dias. De dia. De noite. Toca a sirene. Parece Verão! Em Novembro? Sim, parece Verão.
No quartel a azáfama é grande. Todos os dias há um, dois, três focos de incêndio. De Mozelos a Parada, de Bico a Rubiães. Parece Verão, há quem diga. Pois parece. Há calor, há incêndios, há incendiários. Sim, parece Verão.
Mas é um Verão fora de horas, fora de meses, até. Onde vai já o “período crítico” dos fogos florestais, que este ano registou o menor número de ocorrências dos últimos tempos. Pudera, se só agora é que é Verão… Mas no Verão de Outubro, de Novembro, os incêndios multiplicam-se em Paredes de Coura, em Ponte de Lima, em Valença, no Gerês e um pouco por todo o lado, por todo o país. Nos jornais vem até a notícia de uma corporação que no último mês teve 40 intervenções na mesma freguesia. É por causa do Verão…
É que o Verão acabou e com o Outono regressaram as fogueiras para queimar os restos da limpeza dos campos. Pois o papel afixado na Junta de Freguesia diz que já se pode fazer fogueiras, porque não se hão-de fazer? Só porque, apesar de estarmos em Novembro, ainda é Verão?
E a sirene a tocar. De tal modo que, essa tal corporação, em Oliveira de Frades, já terá sido acusada de fazer muito barulho e, mais dia, menos dia, ainda a proíbem de tocar a sirene a chamar os voluntários. Que arda, então? Que se mude o sistema e se acabe com a sirene? Em muitas corporações a sirene já foi substituída por um pager, um alerta no telemóvel. Por cá continua a sirene, sem queixas. É que os telemóveis ainda perdem a rede com alguma facilidade. Toca a sirene. Infelizmente. Não pelo toque, mas pelo que ele representa.

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