31 julho 2007

Aquilino com Coura na TV (parte 2)

Foi o que se esperava a transmissão do “Portugal em Directo” onde Aquilino Ribeiro, a Casa Grande Romarigães e Paredes de Coura estiveram em destaque.
Jofre Monteiro de Lima Alves falou do que bem conhece e defende com unhas e dentes. Francisco Sampaio de igual modo esteve como peixe na água a recordar as tradições gastronómicas do Alto Minho e do nosso concelho em particular. Até Ladislau da Silva, actual ocupante da Casa Grande Romarigães, não deixou de dar a sua perninha no programa, apresentando o seu viveiro como uma eventual concretização do sonho de Aquilino Ribeiro de ter um grande jardim na “sua” Quinta do Amparo. Aliás, na sequência do que já havia declarado há meses numa entrevista ao Jornal de Notícias.
Também a participação da autarquia foi aquilo que se previa. Ou melhor, quase. Pereira Júnior não esteve presente e foi António Esteves quem representou o município na transmissão da RTP. Terá sido avisado em cima da hora? É que só assim se percebe a falta de informação com que se apresentou e a forma como ignorou as questões levantadas por Alberto Serra, o jornalista de serviço. Perguntou-lhe este pelas actividades que o município teria eventualmente preparadas para homenagear os 50 anos do lançamento de “A Casa Grande de Romarigães”. Responde o vereador da cultura com visitas do passado, e que passado longínquo onde até a famosa presidência aberta de Mário Soares teve lugar. E para o futuro, para este ano, por exemplo? A transladação do corpo do escritor para o Panteão Nacional, os domingos gastronómicos, os percursos pedestres… Resumindo: NADA.

30 julho 2007

Aquilino com Coura na TV

O programa é o “Portugal em Directo”, conduzido por Dina Aguiar e com que a RTP dá a volta ao país, sempre em directo de um qualquer ponto deste nosso rectângulo. Amanhã é a vez de Paredes de Coura, sob o pretexto de lembrar Aquilino Ribeiro e os 50 anos da publicação de “A Casa Grande Romarigães”. A partir das 18 horas podemos assistir à intervenção de Jofre de Lima Monteiro Alves, conhecido investigador do passado courense e um dos grandes responsáveis por evitar que este fique esquecido. Também Francisco Sampaio, presidente da Região de Turismo do Alto Minho, terá uma palavra a dar sobre o assunto no programa da RTP.
Pereira Júnior, o presidente da Câmara de Paredes de Coura é outros dos convidados. Não se sabe, contudo, se vai lá estar para falar do seu desejo de ver instalado na Casa Grande de Romarigães um museu dedicado a Aquilino ou do pedido mais ou menos dissimulado que deixou há duas semanas aos microfones da Rádio Geice (para ver aqui), dizendo que “não ficaria mal ao Estado” apoiar a reabilitação daquele imóvel. Ou então poderá falar das comemorações que o município está a preparar para assinalar o aniversário da publicação do livro que deu a conhecer o concelho. É que, provavelmente, tirando ele e Mário Cláudio, escritor que foi convidado para coordenar essa iniciativa, mais ninguém sabe o que está programado.




PS - A foto foi retirada daqui.



E se fosse em Mantelães?

A praia da Amorosa, em Viana do Castelo, está interdita a banhos desde o passado sábado, devido a uma descarga poluente provocada por uma avaria na estação elevatória de águas residuais. A notícia completa pode ser lida aqui, no site da Rádio Geice. Vejo a notícia e não posso deixar de pensar em Arlindo Alves, antigo presidente da Junta de Freguesia de Formariz.
Lembrei-me da luta que o antigo autarca, que perdeu a junta em 2005, travou com a Águas do Minho e Lima e com a própria Câmara Municipal de Paredes de Coura, com vista a impedir a passagem de um tubo de esgoto em Mantelães, por cima do rio Coura (foto retirada daqui). Na altura, Arlindo Alves alertava para o perigo de, em caso de avaria, existir a possibilidade do tubo começar a descarregar directamente para o rio. O Tribunal entendeu igual e deu razão à Junta de Formariz que, contudo, agora equaciona outra solução para o desenrolar do processo. O acidente da Amorosa veio, no entanto, mostrar que o que aconteceu lá poderá muito bem acontecer aqui. E depois como será?

27 julho 2007

Público difícil

Não posso sequer imaginar o que sentirá um artista, seja ele qual for, que, no momento de subir ao palco se depara com uma plateia vazia. É, na minha opinião, um cenário desencorajador, que só não estraga o espectáculo porque o profissionalismo fala mais alto. Vem isto a propósito da grande oferta cultural e recreativa que Paredes de Coura tem nestes meses de Verão, principalmente em finais de Julho e durante todo o mês de Agosto. Praticamente todos os dias há alguma coisa para ver, algum espectáculo para aplaudir, algum concerto para escutar. E público, haverá? Isso agora, já é outra conversa.
Vejamos, por exemplo, o espectáculo levado a cabo precisamente há uma semana, pelo grupo de flamenco Soleares. Três bailarinas num palco montado num local pouco habituado a receber eventos do género (frente ao Tribunal), que há hora marcada para começarem a dançar tinham uma dúzia de pessoas na assistência. E desses, realce-se que mais de metade eram de fora do concelho. Valeu, no espectáculo em questão, o profissionalismo das bailarinas que, pouco depois de iniciarem a actuação, conseguiram fazer com que se ocupassem praticamente todas as cadeiras disponíveis frente ao palco, mais alguns tímidos que preferiram assistir de longe.
O problema é que não é caso único. Podem dizer que é um risco, fazer tais espectáculos no concelho. Eu defendo que se trata de um desperdício… não aproveitar as oportunidades que a cultura da autarquia nos tem trazido. Temos um Centro Cultural de fazer inveja a muitas capitais de distrito, com uma programação mais ou menos constante e cuja responsável tenta adequar aos mais variados públicos, mas nem sempre estes públicos respondem à chamada. Temos um Museu Regional que muitos dos courenses nunca visitaram. Temos teatro e cinema para salas com metade dos lugares vazios, temos concertos onde as poucas palmas não chegam para agradecer o bom espectáculo.
Ainda assim estamos muito melhor do que há alguns anos, em que tínhamos peças de teatro com mais actores no palco do que pessoas na assistência. A mentalidade, ou a disponibilidade, das pessoas têm mudado. Que Agosto, carregado de actividades, ajude a mudar ainda mais.

PS: Já ouvi dizer que o problema é o desconhecer as realizações que vão sendo feitas. Pois bem, quem quiser pode receber a programação cultural em casa, só tem de se inscrever no Centro Cultural. Ou podem sempre descarregar a agenda online, carregando aqui.

25 julho 2007

Tempo de emigrantes

Não é de agora que se ouve falar numa homenagem de Paredes de Coura aos seus emigrantes. O assunto tem sido abordado, nomeadamente, em diversas reuniões da assembleia municipal, com destaque para a implantação de um monumento que recorde e enalteça aqueles que tiveram a coragem, senão o único remédio, de deixar a sua terra Natal para procurar melhores dias noutras paragens.
Pessoalmente nada tenho contra esse tipo de manifestações, muito embora pudesse enumerar aqui, e sem grande dificuldade, uma dúzia de outras iniciativas que veriam com melhores olhos e eventualmente com mais agrado o uso de dinheiros públicos. É certo que todos temos de reconhecer o quanto (alguns) dos nossos emigrantes fazem pela terra onde nasceram. Não é apenas em Paredes de Coura, é em todo o país, eventualmente em todo o mundo.
E por emigrantes entenda-se – pelo menos eu assim o entendo – não estamos a falar apenas dos que rumaram a outro país, mas também daqueles que, mesmo não cruzando fronteiras territoriais, tiveram de ultrapassar as fronteiras psicológicas de abandonarem o local que os viu nascer. Paredes de Coura, por exemplo, pode orgulhar-se da comunidade que enviou para Lisboa, onde ainda hoje mantém uma embaixada de respeito que, em tempo de férias, não hesita em regressar ao território de onde nunca saíu a sua alma.
Lembrei-me dos emigrantes por estarmos em Agosto e, como disse atrás, por causa do monumento de que muitos falam, inclusivamente o presidente da autarquia. Ora, estando a nova variante à EN 303 em fase de conclusão, eventualmente com inauguração aprazada para a altura das festas do concelho, como é tradição nestas coisas de “corta-fitas”, nada melhor do que aproveitar a ocasião para a tal homenagem. A nova variante traz com ela duas novas rotundas, qualquer uma delas apta a receber o tal monumento de que todos falam.
Mas, como todos falam mas certamente o monumento ainda não existe, e porque nunca é cedo para tal homenagem, esse enaltecimento das qualidades dos nossos emigrantes bem que se pode fazer de outra maneira. E assim, dando ao mesmo tempo resposta a um apelo do Eduardo Daniel Cerqueira, que há tempos pedia nomes para ruas que ainda o não tem, porque não aproveitar e dar à nova variante, autêntica avenida à luz do regulamento toponímico que a Câmara quer aprovar, o nome de Avenida do Emigrante. Fica a sugestão, que a aproveite quem quiser… ou não.

23 julho 2007

É preciso pensar

Os contentores até podiam estar cheios. Os contentores até podem ter aberturas demasiado pequenas para a dimensão dos cartões. Nada disto justifica, no entanto, um cenário como o da foto, bem no centro da vila, à vista de todos os que por ali passaram na sexta e no sábado.
Será que, estando os contentores cheios, não seria melhor não colocar ali os cartões e guardá-los mais uns dias? Ou, melhor ainda, depositá-los noutro ecoponto, já que na vila, ao contrário do que acontece nas freguesias, há muitos à disposição. E, se o problema foi o tamanho reduzido da abertura, não seria mais sensato tornar os cartões mais pequenos, abri-los, cortá-los, fosse o que fosse?
Pelo vistos venceu a lei do mais fácil. É mais fácil deixá-los aqui no chão, a dar um bom exemplo de como não se deve fazer. Às vezes é preciso pensar. E não é preciso muito, basta pensar um bocadinho...

PS: Já agora, pergunto, o que é feito do Regulamento Municipal que previa multas para este tipo de situações?

19 julho 2007

Para apontar na agenda

Sou daqueles que acha que, tendo nós a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento do concelho onde vivemos, não a devemos desperdiçar. Foi, por isso, com agrado, que dei o meu contributo no fórum participativo da Agenda 21 de Paredes de Coura. Foi com mais agrado ainda que vi um Centro Cultural razoavelmente preenchido, com pessoas que também não quiseram ficar em casa ou no café e resolveram dar a sua opinião.
O ambiente vivido, aliás, a isso ajudava. As pessoas reunidas em grupos, formados ao acaso, mas todas juntas no sentido de dar resposta a um desafio comum: encontrar as potencialidades de Paredes de Coura. Isto depois das reuniões nas freguesias, algumas com boa participação outras nem por isso, terem servido para identificar aqueles que os courenses consideram ser os principais problemas do concelho.
No final ideias não faltaram, haja agora quem as coloque em prática. Com o turismo a assumir papel de destaque, mas não esquecendo a sua ligação óbvia à economia regional e ao ambiente. O ambiente, ou melhor a natureza, foi aliás apontado como a principal mais valia do concelho. As paisagens, os recursos naturais e a forma como estes podem ser aproveitados, de forma sustentável, para promover o turismo, para promover Paredes de Coura.
A agricultura, biológica ou não o que interessa é dar vida aos campos, como referiu um dos participantes no fórum, também pode assumir um papel importante. O concelho já não é o celeiro do Minho, mas tem condições para ainda dar o seu contributo para o fortalecimento deste sector na região. E depois, porque não, conjugar esforços e criar um mecanismo de promoção desses produtos, oriundos de Paredes de Coura, dentro e fora do município. Dos biscoitos de milho à truta, passando pelo cabrito de Padornelo e a broa, várias foram as sugestões ali deixadas.
É claro que o desenvolvimento do turismo em Paredes de Coura está também inevitavelmente ligado à criação de estruturas que possam acolher os turistas. E a falta de camas no concelho foi um dos principais problemas apontados. Temos várias casas de turismo rural mas os preços podem não ser convidativos, afirmaram alguns participantes. No ar ficaram sugestões de um parque de campismo e uma pousada da juventude, esta apontada para o devoluto sanatório. Se o projecto do hotel não for avante, sempre é outra possibilidade… a retomar.

18 julho 2007

13 julho 2007

Vamos à praia?

Parece que finalmente chegou o calor. Chegou o Verão! Já dá vontade de passar a noite numa esplanada, à conversa, a saborear o sossego e os encantos naturais de Paredes de Coura. Foi o que fiz uma noite destas, na companhia de uma amiga que, entre muitas outras coisas, partilha comigo o facto de também ela não ser natural de Coura, mas aqui residir há alguns anos.
Entre conversas sobre tudo e mais alguma coisa, eis que a cavaqueira resvala para as potencialidades turísticas de Paredes de Coura e, estando nós em plena praia fluvial do Taboão, aquele local logo foi apontado como um dos pontos fortes do concelho. Mas no que respeita a praias fluviais o concelho tem mais locais que também são utilizados com o mesmo fim. Conheço Casaldate, ali entre Padornelo e Parada e tinha ouvido falar, há anos, de semelhante espaço em Cossourado, junto à Ponte Nova, mas sinceramente nunca lá fui. Por isso, foi com surpresa que ouvi dizer que aquela zona era bastante frequentada, não só pelas gentes de Cossourado, mas de outras freguesias ao redor, que ali buscam a frescura das águas.
A conversa mudou de direcção, mas fiquei a matutar no assunto. Será que, tanto Casaldate como Cossourado não mereciam mais destaque nos roteiros turísticos do concelho? Provavelmente não terão o mesmo esplendor que o Taboão (Casaldate tem meia dúzia de mesas e pouco mais), mas também não repartem com o Taboão o mesmo pacote de investimentos, ou seja pouco ou nada ali se investe, pouco ou nada ali se desenvolve, pouco, o mais certo é nada, ali se faz.
Não defendo, como no Taboão, que ali abram um restaurante, ou sequer um bar, pois tenho a certeza que o movimento não será suficiente para o justificar, mas porque não investir ali algum do dinheiro que todos os anos calha ao Taboão e transformar aqueles dois espaços em outros pólos de atracção para os courenses, eventualmente para os de fora que nos visitam? E talvez não seja preciso muito dinheiro.
Por falar em Taboão e em turistas, já aqui referi, noutros tempos, a grande afluência de excursões àquela praia fluvial. Porque não aproveitar o espaço do outro lado da praia fluvial para criar um parque de merendas há muito reivindicado por quem nos visita? O parque de estacionamento demorou mas chegou, vamos ver se as mesas também vêm a caminho.

Finalmente


11 julho 2007

Obras de arte e engenharias

Desde pequeno que tenho um certo fascínio por algumas das grandes obras da arquitectura e engenharia, em Portugal ou no estrangeiro. Fico admirado com a capacidade de se construírem obras como uma Ponte da Arrábida, anos antes das técnicas e tecnologias que possibilitaram o avanço para uma Ponte Vasco da Gama. Autênticas obras de arte, como o são também outros exemplos de obras públicas e privadas um pouco por todo o país.
No entanto, apesar deste fascínio pelo património construído, nunca a engenharia esteve no meu plano de vida. Não sei porquê, simplesmente não esteve. Não sei se por apetência por outras áreas, se por verificar que, apesar das grandes obras, de vez em quando as engenharias me levantam sérias duvidas, nomeadamente pelos métodos e planificações utilizados.
Veja-se, por exemplo, a nova variante à EN 303 que está a ser construída em Paredes de Coura, de Mantelães até à sede da ADASPACO. Sinceramente não compreendo a programação utilizada, seja esta responsabilidade dos engenheiros que a projectaram e acompanham ou do dono da obra. Não entendo, mas eu também não sou engenheiro ou autarca, como se pode dar prioridade a obras secundárias como são a colocação dos passeios ou a preparação dos futuros espaços verdes daquela via, em detrimento da colocação do piso, substituído há quase dois meses por um tapete de terra, alternando entre o pó e a lama. Já sei que vão dizer que são obras, que é mesmo assim, que é o custo do progresso, mas não compreendo como é possível cortar a principal via de acesso à sede do concelho e não se dar prioridade ao restabelecimento dessa ligação.
É claro que é mais fácil colocar o alcatrão todo de uma vez, naqueles 500 metros de estrada, do que remendar a EN303 e fazer depois o resto, mas não seria preferível minimizar os problemas dos automobilistas que por ali passam diariamente? Sei também que fica muito melhor na fotografia inaugurar uma estrada nova com os passeios compostos, com a iluminação a funcionar e com as rotundas de ligação às vias existentes devidamente embelezadas e ajardinadas, mas não será tudo isso secundário ao efeito prático que a estrada pretende ter?
Por falar em rotundas, com o avançar dos trabalhos no entroncamento desta variante com a Avenida Cónego Bernardo Chouzal começa a delinear-se um cenário um tanto ou quanto inquietante naquela zona. É que, e volto a dizer que de engenharia nada percebo, custa-me a entender como vão ser vencidos desníveis face às construções ali existentes, nomeadamente o acesso ao Centro de Saúde. Provavelmente não ficará como as traseiras das casas por onde a variante passa, algumas das quais transformadas em autênticos fossos. Mas isto sou eu a dizer, que não percebo nada de engenharia.

E a dadores também...

Centro Cultural, GNR, Centro de Saúde, moradores e… A placa não o indica, mas os dadores também têm caminho aberto, apesar da Avenida Cónego Bernardo Chouzal estar fechada ao trânsito. É que no próximo domingo, durante toda a manhã, a ADASPACO leva a efeito mais uma recolha de sangue, desta feita para engrossar a base de dados do CEDACE – Centro de dadores de células de medula, estaminais ou de sangue de cordão e é quase sentido obrigatório seguir aquele caminho, o da solidariedade.
Todas as pessoas saudáveis, com mais de 50 quilos e com idade compreendida entre os 18 e os 45 anos estão convidadas a participar nesta iniciativa e deixar ali uma hipótese de esperança para muitos doentes, no país ou no estrangeiro. “E se fosse consigo?”, questiona a Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Paredes de Coura. A resposta, espero eu, será dada, em força, na dádiva do próximo domingo. As vantagens, pode vê-las clicando aqui.

05 julho 2007

Bombeiros: Verão sem direcção

Já se esperava mas agora veio a confirmação. A assembleia eleitoral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paredes de Coura só está marcada para 9 de Setembro. Assim sendo os Bombeiros vão passar o Verão e, teoricamente, a época de incêndios, sem uma direcção eleita.
Resta a comissão administrativa que tomou conta da instituição a partir de Janeiro. Ou se calhar nem isso. Há cerca de um mês apresentaram a demissão à assembleia-geral e esta foi entregar as chaves do quartel à Câmara. A autarquia pediu para aguardarem algum tempo e, desde então, nada mais se ouviu. Será que ainda está em funções?
Fica-se, agora, em suspenso para ver o que vai acontecer. Por um lado para ver como se comporta a corporação numa época crítica sem uma direcção por cima, só com o seu comandante a gerir as coisas. Por outro lado, aguardam-se as candidaturas à direcção. Nomes parecem não faltar, resta saber se sempre avançam.

Resíduos galegos em Coura?

A informação é veiculada pela Alternativa Vecinal, uma associação galega, com sede em Vigo, que fala no transporte de cascalho eventualmente contaminado para terras de Coura. O cascalho, resultante da demolição de uma antiga empresa pesqueira daquela região, estaria a ser enterrado em Tomiño, nas zonas ribeirinhas do Rio Minho, situação que foi prontamente denunciada e sancionada pelas autoridades galegas, pois parte do entulho resultante da demolição estará contaminado com amoníaco e outros químicos, uma vez que resulta das antigas câmaras frigoríficas daquela empresa.
Diz a Alternativa Vecinal que, além daquele despejo ilegal, terá sido transportado cascalho também para Valença, tendo sido acomodado numa pedreira de Valença, e ainda para Paredes de Coura. Por indicar está, contudo, qual o destino final dessa carga que veio para Coura, se alguma pedreira, como em Valença, se alguma obra em execução.

A3: paciência e asneiras

Parece que a paciência de Pereira Júnior está à beira do fim. Isso mesmo adiantou o autarca à Rádio Alto Minho, queixando-se do atraso verificado na adjudicação do estudo prévio da ligação de Paredes de Coura à A3, em Sapardos, findo que está o concurso e encontrado vencedor há mais de um ano.
Salientando que não é homem de protestos, o presidente da Câmara de Paredes de Coura parece estar cansado das promessas por cumprir por parte do Governo socialista, desta feita, ao que tudo indica, por falta de dinheiro nas Estradas de Portugal. Para Pereira Júnior fica aqui a sugestão: convide-se o ministro Mário Lino a visitar o concelho e pode ser que este, como aconteceu com o seu colega do Ambiente no passado domingo, desbloqueie uma situação que se arrasta há anos.
Já agora, ficam aqui também dois reparos à notícia da Rádio Alto Minho. Primeiro, quando os courenses querem ir pela A3 não têm de percorrer 25 kms até Valença, basta 10 até Sapardos. E em segundo lugar, a A3 só ficou completa em Maio de 1998, com a abertura do troço entre Ponte de Lima e Valença, por isso tem 9 anos, e não 12 como diz a notícia. É que há datas que não se esquecem.

03 julho 2007

Só faltam as outras

Veio o ministro do Ambiente e com ele as placas indicativas do Centro de Educação e Interpretação Ambiental do Corno de Bico. Agradece-se, por isso, a presença do caro governante por terras de Coura. Ah, e convém não esquecer que prometeu também ter pronto em seis meses, o plano de ordenamento da área protegida, que o ICN atrasa há anos.
Ficamos agora à espera que outros ministros ou secretários de Estado venham a Paredes de Coura para trazerem com eles as outras placas que ainda faltam no concelho, nomeadamente na vila. Que venha o ministro da Justiça para trazer as do Tribunal, e o da Administração Interna, com as placas dos bombeiros e da GNR às costas.
Quando ao ministro da Saúde, ao que parece tem andado aí por terras courenses, incógnito. Pode ser que um dias destes se lembre de sinalizar o Centro de Sáude. Ou de o fechar, tanto faz.


PS: Já agora alguém me sabe dizer para onde aponta a placa de cima?

29 junho 2007

Nós também queremos

A Câmara de Caminha reclama mais segurança para o concelho. Tudo por causa do aumento do número de ocorrências criminais nas últimas semanas, incluindo um assalto a uma ourivesaria e o roubo de uma moeda de cobre do museu municipal (onde estava a segurança da exposição?). E nós, que somos vizinhos e que também tivemos a nossa dose de casos de polícia nas últimas duas semanas? É claro que nós também queremos mais segurança.
Mais rondas da GNR, de dia ou de noite. Mais agentes. E que não fiquem no posto, que andem pelas ruas, a pé ou de carro (ou até a cavalo como sugeriu uma amiga) e com menos rotina nos percursos seguidos. Sei que Paredes de Coura é um concelho normalmente calmo, isso mesmo atestam os números da GNR relativos aos últimos anos, e que esta força policial tem referenciados vários “suspeitos do costume” para os ter sempre debaixo de olho. Mas também ouço rumores de que o concelho pode perder o posto permanente da GNR e ficar apenas com um piquete de reserva. São rumores, de onde vêm não sei, quem os lançou desconheço, se têm alguma validade ignoro, mas que existem, os rumores, lá isso existem.
E quando vemos situações como a da passada segunda-feira, com o assalto a uma ourivesaria no centro da vila, ficamos a pensar. Se com um posto da GNR na vila (com poucos efectivos, é certo), acontece isto, o que será se estivermos reduzidos a uma patrulha? Eu não sei. Perguntem, se calhar, a quem teve de enfrentar o cano de uma arma apontado a si, enquanto via um bando de malfeitores e deitar mão ao que lhes não pertencia. Seria diferente? Talvez não, mas que a sensação de segurança também conta, isso ninguém o pode negar.
Já agora, fica uma questão. Será que se os famosos mecos metálicos, que limitam o trânsito naquela rua, estivessem erguidos como é suposto acontecer fora dos períodos de cargas e descargas, teria acontecido da mesma maneira?

Um Portugal mesmo profundo... e escuro

António Balbino Caldeira é um nome que pode não dizer muito à maioria dos portugueses. É autor de um blogue, coisa pouca, é professor, se calhar menos importante ainda, mas o certo é que tem dado algumas dores de cabeça aos governantes portugueses. É a ele que se ficaram a dever as muitas notícias, e a polémica que se seguiu, sobre a licenciatura de José Sócrates.
Do Portugal Profundo, é este o título do seu blogue, António Balbino Caldeira ousou emergir e picar a imagem do primeiro-ministro e está agora, eventualmente, a sofrer as consequências desse, oh céus, sacrilégio, tendo sido constituído arguido no âmbito de um inquérito judicial relativo ao assunto do percurso académico de Sócrates, como descreve no seu blogue. Estaremos nós perante uma nova forma de censura? Que ninguém duvide. Independentemente da origem do processo, esta é uma forma descarada de mostrar a Balbino que não se pode mexer com o poder instalado.
Já não temos lápis azul, até porque hoje em dia os computadores vêm com correctores ortográficos integrados, mas continuamos a ter censura. Aqui como noutros casos. Como no caso do vídeo divulgado pela Câmara do Porto a mostrar o director-adjunto do Jornal de Notícias numa manifestação, um exemplo de como o poder, mesmo nas autarquias, quer condicionar a informação. Eventualmente, também como no caso do professor afastado da DREN.
Estaremos mesmo num Portugal muito profundo. Profundo e escuro. Tenebroso.

27 junho 2007

Novidades, novidades...

Mais uma vez, como habitualmente, o Notícias de Coura brindou-nos com a entrevista a Pereira Júnior na edição que assinala mais um aniversário do jornal. A propósito, fica-se sem saber porque é que o aniversário, a 10 de Junho, só é comemorado na edição de 26 de Junho, quando antes disso houve outra, a 12 de Junho, onde o assunto passou ao lado.
À parte disso, dá-se os parabéns ao José Miguel Nogueira pela entrevista ao autarca courense. "Diga lá, presidente”, reza o título, mas o José Miguel não deve ter sido ouvido porque Pereira Júnior pouco disse, pelo menos de novidade. Falou de tudo o que já se sabe: o saneamento, a variante do Matadouro, o projecto turístico para Mozelos, o arquivo, o CEIA… Ler a entrevista ontem ou no ano passado era mesma coisa, os assuntos são praticamente os mesmos.
Nem mesmo a questão da eventual-mais-que-certa-recandidatura nas autárquicas de 2009 causou alguma surpresa. Alguém duvidava que, nesta altura do campeonato, não fosse este o cenário mais esperado. Bom, bom, seria, por exemplo, saber porque é que não surgem alternativas a essa recandidatura, mas isso será matéria para uma entrevista a outra pessoa, eventualmente ao dirigente da concelhia local do PS.
Também seria agradável ouvir Pereira Júnior falar de outros assuntos que já fizeram a actualidade mas que terão caído no esquecimento. Falo, por exemplo, do Centro Europeu da Dieta Atlântica, que se projectava como a salvação da Casa do Outeiro e de que nunca mais se ouviu falar, para mal da Casa do Outeiro. Ou da possibilidade de passar para as mãos da autarquia a promoção turística do concelho, com o eventual fim da Região de Turismo do Alto Minho. Ou ainda do papel que a Câmara teve e terá no imbróglio directivo que afecta os bombeiros, da posição da autarquia face a uma futura instalação do aterro sanitário do Vale do Minho em terras de Coura, ou mesmo da sua posição, enquanto autarca, face à regionalização, que volta a estar na ordem dia.
Mas optou por não falar disto. Resta-nos aguardar por mais um aniversário do Notícias de Coura para ver se temos sorte e estes assuntos vêm à baila. É que nestas coisas, como diz Pereira Júnior, não se pode ter pressa.

25 junho 2007

O local certo

O cartaz da festa do próximo fim de semana e da do fim de semana seguinte. A convocatória para mais uma assembleia geral do Courense. Os saldos da loja ali da esquina. O que é que têm em comum todos estas coisas? O facto de estarem espalhadas por várias paredes da vila, dando-lhe assim um aspecto mais cosmopolita (e também mais sujo). Não deixa de ser engraçado, contudo, verificar que, mesmo sem nada que o diga, os locais para a colocação de todo o tipo de cartazes e informações várias, são praticamente assumidos por quem os cola e também por quem os lê. São o local habitual para divulgar o que quer que seja.
Veja-se, por exemplo, aquela parede ali junto ao restaurante Furão. Lá podemos encontrar todo o tipo de informações mais ou menos relevantes. Até editais camarários ali temos de vez em quando, como que a atestar que realmente aquele é o melhor local para colocar qualquer tipo de informação. O mesmo se passa com diversas portas e janelas de edifícios ao longo da rua Conselho Miguel Dantas, que normalmente não servem para mais nada do que para... colar cartazes.
Mas quem cola os cartazes está atento a novas localizações e por isso nem mesmo a paragem de autocarros junto à entrada do parque de estacionamento subterrâneo do Largo 5 de Outubro escapa à força da divulgação cultural, comercial ou seja lá o que for. E o que pretendia ser um equipamento urbano moderno e funcional (será?) acaba por transformar-se em mais uma parede para colar catazes.
Dito isto eu pergunto: será que não ficaria melhor, em termos estéticos, funcionais e outros que tais, a Junta de Freguesia de Paredes de Coura investir em meia dúzia de "mupies" e colocá-los à disposição das entidades organizadores para a colocação de cartazes? Ou, melhor ainda e tendo em conta que este cenário não é exclusivo da vila, o ideal seria a Câmara Municipal fazer o mesmo em todas as freguesias do concelho, criando espaços que tanto poderiam servir as várias comissões de festas e associações culturais, como os próprios serviços camarários, que tinham desta forma um meio de divulgação em cada freguesia. Fica a ideia.