Não foi, certamente, por falta de aviso. Lembro-me perfeitamente de ter ouvido Pereira Júnior, presidente da Câmara Municipal de Paredes de Coura, a alertar para esta situação (clicar aqui para relembrar).
Parece, contudo, que ninguém o escutou. E agora ouvem-se comentários como o que se pode ler abaixo e que é transcrito da página da Rádio Antena Minho. Se os médicos moram longe, como é que vão estar disponíveis para acudir a uma emergência? Já para não falar no problema financeiro que alertam lá mais para o meio da notícia e que ainda deverá fazer correr muita tinta...
Da Rádio Antena Minho
"Nova rede de urgências de Viana do Castelo ainda sem médicos suficientes para assegurar regime de chamada
"Nova rede de urgências de Viana do Castelo ainda sem médicos suficientes para assegurar regime de chamada
O coordenador da Sub-Região de Saúde de Viana do Castelo, João Carneiro, admitiu hoje dificuldades em arranjar médicos suficientes para assegurar o regime de chamada, previsto para a implementação da nova rede de urgências no distrito. João Carneiro disse à Lusa que um dos casos mais complicados é o de Paredes de Coura, uma vez que dos nove médicos que lá prestam serviço seis são espanhóis e vivem do outro lado da fronteira, o que dificulta o cumprimento do tempo estipulado por lei (meia hora) para se apresentarem no Centro de Saúde para atender algum doente. Além da distância, João Carneiro aludiu ao facto de alguns médicos se mostrarem renitentes em aceitar o regime de chamada, sobretudo porque vão ganhar apenas metade do que ganhariam caso estivessem efectivamente de serviço, toda a noite, no centro de saúde.
A Administração Regional de Saúde do Norte anunciou, em comunicado, que a entrada em vigor da nova rede de urgências do distrito de Viana do Castelo, prevista para hoje, foi adiada devido ao atraso na entrega das unidades móveis de saúde. Para o distrito estão previstas oito unidades, mas até ao momento apenas três foram entregues (Ponte da Barca, Paredes de Coura e Arcos de Valdevez). João Carneiro admitiu que até ao final deste mês deverão ser entregues as restantes cinco, sendo Melgaço, Monção, Valença, Vila Nova de Cerveira e Caminha os concelhos contemplados. A ARSN considera que estas unidades constituem um passo essencial para melhorar a prestação de cuidados de saúde de proximidade à população idosa e com limitação na sua mobilidade."
E outro problema: as chamadas internacionais. Há serviços onde a biurocracia os dificulta.
ResponderEliminarAnda-se a brincar em demasia à saúde, tudo é afunilado pelo econimicismo.