Construiu-se. Criticou-se. Suspendeu-se. Desmantelou-se. Parece que vai mudar de sítio… a ver se muda de sorte!
22 fevereiro 2012
17 fevereiro 2012
O centenário já lá vai…(2)
E por falar em centenário da implantação da República em Portugal, e do vasto programa comemorativo promovido pela Câmara Municipal de Paredes de Coura, alguém se lembra da prometida Fotobiografia de Paredes de Coura, da autoria de Mário Cláudio? Aquela que teve duas datas apontadas para a sua publicação mas que ainda não chegou a ver a luz do dia? É que, entretanto, as comemorações já terminaram… e o feriado também!
Porque às vezes é preciso reclamar!
Sinal da TDT já chegou ás freguesias da orla costeira Viana-Caminha – notícia da Rádio Geice
Acho que a primeira frase da notícia, da autoria do presidente da Junta de Freguesia de Afife, diz tudo: “A contestação valeu a pena”. Pena é que haja quem não pense assim e resolva esperar por quem não prometeu.
15 fevereiro 2012
O centenário já lá vai…
… mas continuam a aparecer por aí alguns trabalhos sobre o tema. É o caso deste vídeo realizado por alunos da turma de técnico de audiovisual da EPRAMI que nos dá conta de alguns aspectos relacionados com a implantação da República e seu impacto em Paredes de Coura.
09 fevereiro 2012
Ou muda… ou fecha!
Fará sentido, numa altura em que ainda paira muita confusão sobre a reforma da administração local proposta pelo Governo, que se gaste dinheiro num edifício para albergar uma junta de freguesia?
Há quem pense que sim, argumentando talvez que além da junta de freguesia ali vão funcionar vários outros serviços, num espécie de centro cultural de Cossourado. Sim, leram bem!
Mas há também quem pense que, dada a incerteza sobre o futuro da freguesia enquanto tal, o melhor seria esperar mais alguns meses antes de gastar quase 100 mil euros (40% dos quais financiados pela própria Câmara Municipal de Paredes de Coura), num edifício que corre o risco de se ver esvaziado da principal função para que foi projectado.
E, depois, há também aqueles que pensam que tudo isto não passa de uma manobra de antecipação por parte da Junta de Freguesia de Cossourado que, face a um eventual cenário de agregação de freguesias, quer já segurar para si o estatuto de pólo central de qualquer fusão, argumentando porventura que até tem um edifício novo e coisa e tal, prontinho para acolher e dar abrigo à eventual futura estrutura representativa do grupo de freguesias a agrupar. Aceitam-se apostas!
Armando Araújo – “Monteiro e Vítor Paulo? São dois nomes…”
08 fevereiro 2012
Todos iguais… mas uns mais que outros
"Apagão" da iluminação durante a noite chega ao Constitucional – notícia do Diário de Notícias
Pois é, parece que ali por Monção há quem não se conforme com a decisão unilateral da câmara municipal de apagar a iluminação pública durante a noite, especialmente quando nuns lados se apaga tudo e noutros deixa-se qualquer coisinha acesa. Vai daí, o presidente da Junta de Freguesia de Sá, considerando que "os cidadãos das 32 freguesias rurais são tratados de forma discriminatória e desigual face aos cidadãos da sede do concelho”, resolveu avançar com uma queixa para o Tribunal Constitucional, alegando que a medida não respeita os princípios de igualdade. Pode não dar em nada, mas lá que mostra que o homem não conforma facilmente, ninguém pode negar.
07 fevereiro 2012
Vale do Minho renovada
A Rádio Vale do Minho apresentou na semana passada a sua nova imagem online, com uma página totalmente remodelada e onde, além da informação habitual, podemos encontrar a meteorologia, as agendas culturais dos municípios do Vale do Minho e diversos conteúdos multimédia, incluindo o som de algumas das rubricas desta estação de rádio que revolucionou o panorama da informação nesta região. E ainda um espaço reservado à opinião, onde não falta um comentador com presença assídua na comunicação social courense.
06 fevereiro 2012
As palavras dos outros (3)
“Paredes de Coura: a música como um impulso do desenvolvimento” – artigo de opinião no âmbito da unidade curricular “Economia Regional”, do curso de Economia da Universidade do Minho. Da autoria de Ana Raquel da Silva Nogueira, para ler no blogue “Planeamento Territorial”.
03 fevereiro 2012
Bailarico de Verão
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Agregação de freguesias é compulsiva a partir de Julho - notícia do Diário de Notícias
Depois destes dias de frio polar... as previsões apontam para um princípio de Verão muito quente. Mais não seja nas reuniões das assembleias municipais que vão ter, obrigatoriamente, de decidir o futuro da organização administrativa dos respectivos concelhos. Assim manda o Governo que lançou a bomba e impõe aos municípios que se aguentem à bronca!
01 fevereiro 2012
Ainda vem a tempo
Costuma dizer-se que mais vale tarde do que nunca. Neste caso, contudo, o assunto não é novidade alguma, mas também não se pode dizer que venha tarde, porque todos os dias aparecem casos novos. Por isso há que reconhecer que a tomada de posição da Câmara Municipal de Paredes de Coura é actual hoje… como o era há uns anos.
Vem a isto a propósito da exposição que a autarquia courense enviou à Direcção Geral de Veterinária a pedir uma solução, a nível legislativo, para os muitos casos de animais que, criados em regime de pastoreio livre, têm provocado prejuízos nas culturas agrícolas das zonas mais próximas dos locais onde estes animais se encontram. Ainda na última edição do Notícias de Coura encontrámos mais um exemplo de destruição provocada por estes animais. Isto, não obstante alguns esforços por parte das juntas de freguesia para tentarem agir de forma a evitar este tipo de situações.
Espera-se, contudo, que com a regulamentação surja também a responsabilização efectiva dos seus proprietários. Aliada, aliás, à correcta identificação dos animais e respectivos donos que, no meu entender, até deveriam ser obrigados a ter um seguro para responder perante situações de destruição ou acidente e, porque não, terem de pagar uma qualquer taxa por utilização do espaço público em proveito privado.
31 janeiro 2012
Paulo Castro – “Não será fácil o PS substituir Pereira Júnior”
Entrevista a Paulo Castro, presidente da Comissão Política da Secção de Paredes de Coura do Partido Social Democrata. Professor, 43 anos de idade.
MPM - Que balanço faz deste tempo em que está à frente da concelhia de Paredes de Coura?
PC - Estou há dois anos e meio na concelhia. Temos trabalhado no sentido de organizar internamente o partido e temos também discutido o concelho. A militância aumentou quase 200% e começou-se a reerguer a JSD, que estava adormecida desde a altura em que eu fui presidente.
MPM - Quais as principais alterações das últimas eleições para a concelhia, ocorridas já este mês?
PC - As principais alterações foram a introdução do militante José Alberto Rosas Mota na mesa da Assembleia e a substituição do tesoureiro João Venâncio, a seu pedido por motivos de saúde. O novo tesoureiro é Manuel Martins Rodrigues, de Coura. Basicamente, a equipa mantém-se.
MPM - Que balanço faz da actividade desenvolvida pela Câmara de Paredes de Coura neste mandato? O que aprova, com o que é que não concorda, o que teria feito diferente?
PC - Sou muito crítico em relação às opções da Câmara Municipal de Paredes de Coura. Há um enfoque exagerado na cultura e não há intervenção em áreas fundamentais como a economia. A Câmara tem um passivo enorme por causa das dívidas a fornecedores. Acho que se fizessem uma auditoria neste momento à Câmara víamos que existia sobre-endividamento. Em termos económicos, se estivéssemos bem, não haveria esta fuga de habitantes para fora do concelho. Eu sei que não é responsabilidade única da Câmara, mas quando falha de um lado, tem de se fazer do outro. A ligação viária nova não depende da Câmara, mas já a ligação económica, de sempre, com os concelhos vizinhos, que pode resultar na criação de indústrias de suporte, essa depende.
MPM - Qual a sua opinião sobre o trabalho desenvolvido pelos vereadores do PSD?
PC - Estou maioritariamente satisfeito. No início estava preocupado com a instrumentalização do José Augusto, mas afinal não havia problema.
MPM - Como vê as alterações que se projectam em relação às autarquias locais, nomeadamente a extinção de freguesias e as alterações na forma de eleição do presidente da Câmara e vereadores? Concorda com as alterações anunciadas?
PC - Era muito céptico, mas tivemos uma acção de formação que me fez ver que a última remodelação a este nível se verificou há 180 anos. Neste momento temos uma realidade ultrapassada e com estruturas redundantes. Há vários modelos em análise, mas defendo a implementação de aglomerados de freguesias, num modelo com um número de habitantes mais ou menos idêntico em todos os aglomerados, o que daria mais atenção às freguesias periféricas e obrigava a estruturas de ligação mais fortes com a sede de concelho. Se calhar vamos ter de reestruturar toda a lógica da nossa vida e repensar estruturas como creches, escolas, instituições de apoio à terceira idade…
MPM - Acha que as oposições ficarão enfraquecidas neste novo modelo de eleição?
PC - Vamos ter uma estrutura semelhante ao Governo, com a eleição da Assembleia Municipal de onde surgirá a vereação da Câmara. Vamos ter uma Assembleia Municipal subsidiária da Câmara, tornando-se improvável que haja diferença de cor política. Os pequenos partidos desaparecem e a oposição fica com um papel quase nulo. De acordo com Carlos Abreu Amorim, teremos que reforçar os poderes da Assembleia Municipal e criar uma cultura de vigilância nessa instituição, incluindo até poderes de demissão da Câmara, em casos extremos.
MPM - A nível financeiro, mais até do que a nível político, como é que vê o futuro do concelho? Sente que Paredes de Coura tem o futuro hipotecado por largos anos?
PC - Um plano de saneamento financeiro é uma obrigação. É ridículo avançar com mais obras neste cenário. De que vale ter um concelho bem equipado mas sem gente? A Câmara está hipotecada e vamos continuar? Há que consolidar as contas e ter em conta que investimentos terão retorno financeiro, até que as contas estejam equilibradas. Só nesse contexto podemos voltar a uma política de relativas “mãos largas”.
MPM - As próximas eleições autárquicas vão ficar marcadas pelo abandono de Pereira Júnior. Isso poderá representar uma vantagem para o PSD?
PC - Pereira Júnior não será fácil de substituir por parte do Partido Socialista, mas o PS tem uma máquina bem oleada. De qualquer das formas será uma opção difícil dentro daquele partido.
MPM - E o PSD já sabe quem vai lançar na corrida à Câmara de Paredes de Coura?
PC - Já tenho uma pessoa convidada. Estou ainda à espera que aceite ou não e por isso não vou revelar de quem se trata.
MPM - O PS prepara-se para estabelecer uma espécie de primárias nas eleições autárquicas. Se o PSD fizesse o mesmo quem seriam os candidatos?
PC - Em termos logísticos não temos grandes hipóteses de fazer umas primárias, mas compreendo que é uma forma de promover o partido e no PS poderá resolver alguns problemas de indecisão interna ou de luta de galos.
MPM - Neste momento, tanto PS como PSD têm os seus líderes concelhios afastados das lides autárquicas. É fácil manter-se a par da realidade da Câmara e da Assembleia Municipal não tendo participação activa em qualquer destes órgãos?
PC - São funções diferentes. O José Augusto está no executivo da Câmara, o Décio surge como a segunda figura, liderando o grupo da Assembleia Municipal e eu fico em segundo plano, o que neste momento até é conveniente. Nenhum órgão autárquico tem grande voz em termos de opinião pública, o que passa para fora é muito escasso e isso tem a ver com a desmotivação para a política que o país atravessa. A causa pública não é muito sedutora. O trabalho maior desta concelhia será tentar reconciliar os courenses com a política local.
30 janeiro 2012
A justiça é cega… e fica longe
Não se pode dizer que seja uma surpresa. Afinal há anos que se falava do assunto, que já estava no planos do Governo anterior. Este fim de semana voltou a estar na ordem do dia, com a divulgação de que o Ministério da Justiça quer encerrar todos os tribunais que tenham menos de 250 processos entrados no ano anterior. Paredes de Coura, claro está, surge incluído no lote de concelhos que, a avançar esta ideia, veriam o seu tribunal fechar as portas.
O problema é que o encerramento do Tribunal será apenas mais um prego no caixão de Paredes de Coura, a juntar a outros que não matam mas moem, como o encerramento do SAP, o fecho do internamento ou as alterações na distribuição do correio, só para lembrar algumas das mudanças mais recentes. E o pior é que, todos o sabemos, as coisas prometem não ficar por aqui. O próximo fecho de que se fala, também há muito tempo mas que voltou a ser lembrado com mais insistência nos últimos meses, é o das Finanças.
Depois, questiono, o que resta? Quando todos os serviços públicos não dependentes da Câmara Municipal deixarem o concelho, o que lhe resta. Resta-lhe, aos seus habitantes melhor dizendo, rumar a outras paragens sempre que precisem de tratar de assuntos do seu interesse. Seja a Vila Nova de Cerveira, a Valença ou a Ponte de Lima. Quilómetros que pesam, na carteira principalmente, mas também no ego daqueles que já por cá tiveram tudo e que agora vêem os serviços públicos a fechar e a mudarem-se daqui, uns atrás dos outros. Haverá mais portas para fechar?
PS: Lembrei-me, a propósito, de uma ideia, também com alguns anos, que previa a instalação por terras de Coura de um posto de atendimento ao cidadão onde seriam reunidos serviços de diversos organismos públicos, por forma a manter a sua representatividade por cá e satisfazer as necessidades dos utentes. Por onde andará esse projecto?
27 janeiro 2012
Regressam as entrevistas
Quando estamos a pouco menos de dois anos das próximas eleições autárquicas, mas numa altura em que os partidos já se movimentam no terreno com vista à escolha do melhor candidato à Câmara de Paredes de Coura, o Mais pelo Minho apresenta, na próxima semana, entrevistas com os presidentes das concelhias dos dois partidos que actualmente dominam o executivo camarário courense.
Paulo Castro, do Partido Social Democrata, e Armando Araújo, do Partido Socialista, vão responder a algumas questões sobre o actual momento político e económico que o concelho atravessa. E, é claro, vão falar também sobre as eleições autárquicas de Outubro de 2013, até porque, tanto de um lado como outro é sabido que a estratégia eleitoral deverá ser conhecida no próximo Verão. Para ler na próxima semana, respostas na primeira pessoa, sem especulações!
26 janeiro 2012
À média luz
Do oito ao oitenta. O velho dito popular parece estar a ser palavra de ordem em Paredes de Coura, no que respeita à poupança energética. Depois da explosão de luz dos tempos iniciais, nos últimos meses os parques de estacionamento deixaram de ter o aspecto da foto e, com mais de metade da iluminação apagada, o ambiente é de autêntica… penumbra.
Na linha da frente
Em Ponte da Barca já é conhecido o nome do primeiro candidato às próximas eleições autárquicas. Está dado o tiro de partida para Outubro de 2013?
25 janeiro 2012
Literalmente
Há coisas que não fazem mesmo nenhum sentido. Mudanças em que não vislumbramos qualquer vantagem (muito pelo contrário) e que só servem para prejudicar ainda mais os utentes. As alterações verificadas recentemente nos CTT e na distribuição postal em Paredes de Coura são uma delas.
De há uns meses a esta parte o serviço de distribuição postal anda constantemente atrasado, por causa da mudança desses serviços para Valença, e o exemplo mais flagrante acontece em casos como o que pude testemunhar esta semana, com um jornal que é feito em Paredes de Coura e é enviado via CTT a partir deste concelho, num mesmo dia, para destinos em todo o mundo, a conseguir chegar aos leitores de Lisboa e do Porto um dia antes de chegar à caixa de correio dos seus assinantes em… Paredes de Coura.
São coisas como esta que nos fazem ter cada vez mais a certeza de que moramos “lá onde Judas perdeu as botas”, esquecidos por tudo e por todos!
24 janeiro 2012
Ai não? Ainda bem!
Mas atenção que dizer que “a medida não está a afectar a segurança da população”, com base no pressuposto de que “não tem sido reportada qualquer situação de preocupação acrescida relativa à insegurança das populações” é muito, mas mesmo muito relativo. É que, como acontece noutras situações, muitas das vezes há lesados mas as queixas, essas, ficam por apresentar e, se calhar, quem deveria ter essa preocupação acrescida está mais preocupado em poupar na conta da luz.
E depois, é muito bonito dizer que “a GNR passou a ter, como lhe competia, uma preocupação de direccionar mais policiamento para aqueles locais”. Mas, quando é do conhecimento público que os cortes orçamentais reduziram as verbas para patrulhamentos extra e os “giros” estão limitados ao mínimo, declarações como esta acabam por soar demasiado optimistas e correm o risco de parecer pouco verdadeiras. Mas dou o benefício da dúvida, pois então!
A obra da discórdia
Parafraseando o outro:
Faz falta? Faz.
Podia ter sido feita noutro lado? Podia.
É uma aberração naquele sítio? É.
Está legal? Aparentemente…
18 janeiro 2012
Afinal parece que não é preciso apagar…
Arcos: Autarquia conseguiu poupar 112 mil euros na iluminação pública do ano passado – notícia da Rádio Geice
… basta pensar. Aliás, já quando surgiu esta questão do apagão da iluminação pública durante a madrugada em Paredes de Coura, só me veio à cabeça uma palavra: facilitismo. Pelos vistos há quem consiga bons resultados… sem apagar a luz!
17 janeiro 2012
Finalmente...
... alguém parece estar preocupado com a situação.
16 janeiro 2012
E que tal um plano para pagar a dívida?
A proposta é do PSD e já não é de agora, mas voltou a ser falada com insistência no final do ano, com a aprovação do orçamento da Câmara de Paredes de Coura para 2012 e a constatação de que a dívida da autarquia, actualmente nos cinco milhões de euros, corria o risco de se elevar a sete milhões de euros no final do corrente ano. O plano de saneamento financeiro que José Augusto Caldas já tinha apresentado há mais de um ano em reunião do Executivo, e inclusivamente nas “páginas” deste blogue, voltou a estar na ordem do dia.
A proposta do vereador social-democrata visa, ao mesmo tempo, colocar a câmara courense a pagar atempadamente aos seus fornecedores e dar-lhe “espaço de manobra para poder concretizar e pagar a comparticipação do município em todas as obras a que se candidatou, sem atrasar mais os pagamentos”, explicou. Com a proposta de José Augusto Caldas, a Câmara de Paredes de Coura recorreria a um plano de saneamento financeiro de sete ou oito milhões de euros, valor que poderia elevar-se a 13 milhões se se incluísse nele a dívida actual e previsível à banca por parte do município.
Uma opção que, de acordo com José Augusto Caldas, estará a ser equacionada pela Câmara presidida por António Pereira Júnior e que, na opinião daquele vereador, caso não venha ser tomada, colocará a autarquia courense numa posição delicada, correndo o risco de ter de se socorrer da Assistência Financeira, o que “colocará em causa independência de Paredes de Coura, pois os próximos executivos ficariam muito limitados na sua acção”, acrescentou o vereador do PSD. Um cenário que José Augusto Caldas, aliás, já quase antecipou aquando das últimas eleições autárquicas. Na altura, recorde-se, o então candidato social-democrata já dizia que “o futuro do concelho estava hipotecado por força de algumas más decisões do passado”.
11 janeiro 2012
Acho que já vai tarde!
Da maneira que o processo está embalado, não creio que haja muita esperança em qualquer intervenção por parte do Governo. Já se houver uma intervenção “localizada” junto da PT, como a que acontece em Monção, pode ser que as coisas melhorem um bocadinho. Haja vontade e capacidade de negociação! Se bem que me parece que fará falta, também, alguma verba.
06 janeiro 2012
Andamos tão à frente…
Centros de saúde vão fechar mais cedo – notícia do Jornal de Notícias
Afinal o Centro de Saúde de Paredes de Coura está adiantado no tempo. É que, apesar de só agora o Ministério da Saúde estar a preparar o encerramento destes equipamentos mais cedo do que o habitual e até ao fins de semana, por cá já há algum tempo que, a partir das 20 horas, mesmo com a porta aberta, não há consultas para ninguém. Andamos tão à frente…
04 janeiro 2012
Eu é que sou o presidente da junta (3)
Sendo conhecidas as “rivalidades” sadias (ou não) entre as várias freguesias, duvido que haja muitas assembleias de freguesia a decidir-se pelo fim da freguesia que representam.
Será caso único?
Albergaria-a-Velha: Câmara encerra o ano com todas as facturas pagas – notícia do Diário de Aveiro
A acreditar na notícia existe obra feita e… fornecedores satisfeitos!
As palavras dos outros (2)
Na maioria das câmaras, vive-se um estranho vazio de poder. Os presidentes já pouco ou nada mandam.
Artigo de opinião de Paulo Morais, professor universitário e membro da Assembleia Municipal de Ponte de Lima, sobre a limitação de mandatos nas autarquias. Um ponto de vista interessante.
30 dezembro 2011
22 dezembro 2011
Só o nosso continua… ao abandono
O antigo sanatório da Gelfa, em Caminha, deverá entrar em funcionamento em Janeiro, com gestão a cargo do Instituto S. João de Deus, de Barcelos, e irá servir de unidade de cuidados continuados para internamentos de longa duração do foro psíquico. Já o antigo sanatório de Mozelos, Paredes de Coura, continua à espera de melhores, gorado que parece estar o projecto de ali instalar um hotel com campo de golfe.
Dizia-me há tempos um amigo que o futuro daquele imóvel, em local nobre do concelho, culminará certamente com a ruína mais que certa do edifício, abandonado há muitos anos e por onde já passaram actividades pouco condignas para aquele espaço. Não foi preciso pensar muito para chegar à conclusão, óbvia, de que ele tem razão. Infelizmente!
20 dezembro 2011
Festival encontra a luz
A vigésima edição do Festival de Paredes de Coura vai ter como patrocinador principal a EDP, assumindo a designação de Festival EDP Paredes de Coura. Depois de, no ano passado, o festival ter encontrado parceria numa empresa angolana, na edição de 2012, que assinala os 20 anos deste evento, foi na eléctrica nacional que a organização encontrou o apoio para levar por diante mais um Festival de Paredes de Coura.
Parecem, assim, ter dado resultado as críticas da organização do festival courense, que ainda na semana passada se queixava do abandono a que este evento era votado por parte dos grandes patrocinadores, por estar afastado dos grandes centros urbanos. E, desconhecendo-se o montante global envolvido neste patrocínio, especula-se se o corte da verba que a Câmara Municipal de Paredes de Coura atribuía a título de apoio logístico, irá ser assim tão sentido como tem vindo a ser falado.
Já agora, não deixa de ser caricato ter a EDP a patrocinar o festival num concelho que, no último ano, tentou reduzir bastante o consumo de energia eléctrica, apagando a iluminação pública durante a madrugada. Ao menos durante a realização do festival bem que a empresa podia oferecer a energia para manter a luz ligada toda a noite!
PS: Não fica nada bem a menção exclusiva a uma das empresas organizadoras na notícia… ou será mais uma consequência do afastamento dos centros urbanos?
16 dezembro 2011
14 dezembro 2011
Menos 70 mil euros para o Festival
Depois daquilo que o jornal Público considera de “duras” negociações, eis que são conhecidos os valores do apoio que a Câmara Municipal de Paredes de Coura vai atribuir à organização do Festival em 2012. No total estamos a falar de um corte de pouco mais de um quarto do valor que era habitualmente financiado pela autarquia.
Na prática, explica a notícia, a Câmara vai continuar a atribuir à Ritmos o apoio financeiro de 100 mil euros, estabelecido há já vários anos. O corte dá-se na noutra verba, aquela que é praticamente desconhecida e que se prende com o apoio logístico que o município presta aos organizadores do Festival de Paredes de Coura. Uma verba que, adianta o referido jornal, se situava na ordem dos 150 mil euros e que inclui “a montagem dos parques de campismo e todas as infra-estruturas de apoio ao certame musical”. No próximo ano, contudo, o apoio da autarquia nesta área vai ser reduzido em 70 mil euros, a que não deve ser alheia a recente política de corte nas horas extraordinárias para minimizar as despesas com pessoal.
Um corte que, admite João Carvalho, da Ritmos, “vai tornar a realização do Festival muito mais difícil”. Mas, ainda assim, está garantida a sua realização, com data já marcada para o período de 13 a 16 de Agosto, logo a seguir às festas concelhias.
08 dezembro 2011
O orçamento que nos endivida
30 novembro 2011
Luzes de Natal: poupar agora, gastar depois (2)
Parece que escrevi antes do tempo, pois acaba de ser divulgada a agenda cultural de Paredes de Coura para Dezembro e lá vem o anúncio da festa de passagem de ano 2011/2012, com dois DJ’s e um grupo de baile. Este ano, sem tenda aquecida, que a festa vai decorrer no Centro Cultural. E espumante e bolo-rei, haverá?
Luzes de Natal: poupar agora, gastar depois
Eles já andam pelas ruas, os funcionários da câmara que vão colocar, pelo vistos até ao próximo dia 10, as iluminações de Natal da vila de Paredes de Coura. E, explica a autarquia, este ano vai-se poupar nas ornamentações natalícias, porque se vão aproveitar as mesmas do ano passado. Acho bem, se bem que, se a memória não me falha, as ornamentações já não são de 2010, mas serão anteriores. De qualquer maneira, de louvar esta atitude de não gastar mais dinheiro em novas estruturas decorativas.
Mas, ao mesmo tempo que se anuncia que este ano não vai haver novos investimentos, deixa-se já a porta aberta para mais gastos no próximo ano, com a aquisição de novos elementos decorativos. Ou seja, este ano poupa-se, para o ano gasta-se… o que se poupou este ano.
Bem, se calhar a poupança até vai ser significativa, até porque, este ano, a iluminação natalícia vai funcionar durante menos tempos, por causa do apagão nocturno da iluminação pública. Por falar nisso, falta saber se a poupança da época se vai alastrar também aos habituais festejos de ano novo, ou se a autarquia vai manter a festa nos valores dos últimos anos. Ah, já agora, deve ter outro encanto andar a festejar o primeiro dia de 2012 num concelho praticamente à escuras…
26 novembro 2011
Cortar no que se não tem (2)
24 novembro 2011
Ao menos numa coisa…
Greve geral: Câmaras Municipais de Paredes de Coura e de Viana do Castelo são as que têm maior adesão à greve – notícia da Rádio Geice
PS: O direito à greve é um direito que assiste a qualquer cidadão português e o seu exercício é uma opção de cada um que aos outros só cabe respeitar.
23 novembro 2011
As palavras do outros
Artigo de Jorge Fiel na edição de sábado do Dinheiro Vivo, suplemento de economia do Jornal de Notícias, sobre como o Alto Minho tem potencial… mas parece que tal não se nota! Para ler.
22 novembro 2011
Uma casa muito grande (2)
Mais de três anos depois, a Quinta da Casa Grande, em Paredes de Coura, continua à procura de novo dono. O preço, ao que parece, baixou ligeiramente, mas ainda assim o milhão e meio de euros que pedem para a sua compra continua a ser impeditivo para a Câmara de Paredes de Coura que, recorde-se, declinou a oferta que os herdeiros fizeram em 2006, no sentido de ser o município a adquirir aquele imóvel.
E por falar em Casa Grande, aproveito para relembrar o requerimento que o Partido Comunista Português fez ao Governo, e à Câmara Municipal de Paredes de Coura, sobre a outra “Casa Grande” do concelho, a Casa Grande de Romarigães. Em Setembro, os comunistas lamentavam o estado a que se deixou chegar aquele imóvel, e reclamavam que algo fosse feito no sentido de contrariar essa situação. “Que explicações existem para a situação e estado da Casa Grande de Romarigães?”, questionavam na altura. A resposta, ainda é desconhecida. Ou talvez não…
21 novembro 2011
Está (quase) tudo dito!
Basta ler a notícia porque está ali quase tudo dito. Mais um episódio de garranos que, abandonados pelos legítimos donos nos montes, acabaram por bater à porta das aldeias vizinhas, na procura de alimento, destruindo hortas e terrenos de cultivo. Desta vez, os habitantes da Labruja, Ponte de Lima, resolveram encaminhar os animais para o recinto da antiga escola primária, onde estão fechados, e alimentados, sublinham, até que as autoridades resolvam o que fazer com eles. E basta ler as declarações de Manuel Amorim, presidente da Junta de Freguesia da Labruja, para ficarmos completamente esclarecidos, especialmente quando o autarca diz, sem papas na língua ao contrário do que acontece muitas vezes, que “este não é caso único, nos últimos meses temos visto outras situações do género, de animais que são deixados à sorte, depois de os produtores receberem os subsídios”. Tudo dito!
Ou quase, porque, como refere a mesma notícia, as queixas por danos provocados pelos garranos têm surgido em vários concelhos do distrito, por casos semelhantes ou por envolvimento em acidentes de viação. Mas, e é aqui que reside o quase, não há qualquer registo de situações do género em Paredes de Coura. Isto, não obstante uma vista de olhos pelos dois jornais locais nos últimos meses nos dar conta de vários episódios parecidos com este da Labruja, com os moradores a queixarem-se dos danos provocados pelos animais. Parece que, contudo, fala-se muito mas não se avança nada, pois as queixas andam pelos jornais mas não chegaram a quem de direito… as autoridades.
20 novembro 2011
Círculo vicioso (2)
E depois das câmaras municipais deste país estarem endividadas como nunca, depois dos municípios se queixarem da falta de pagamento por parte do Estado, surgem situações como esta, com a insolvência de uma das maiores empresas de construção civil do distrito. Alguém se admira? Infelizmente não será a única empresa nesta situação, nem a Câmara de Caminha a única a dever milhares de euros de obras já concluídas há mais de dois anos mas ainda por pagar.
19 novembro 2011
Círculo vicioso
O Governo aperta, cada vez mais, as contas das câmaras municipais deste país. As autarquias ressentem-se e cada vez mais municípios engrossam a lista de câmaras que ultrapassaram (ou estão quase a fazê-lo) os limites de endividamento. As mesmas câmaras que agora se queixam de que, afinal, foi o Governo que as meteu naquela situação, e lembram que o Estado está a dever aos municípios portugueses mais de 102 milhões de euros.
Não há enfermedad que nos aflija!
O Centro de Saúde de Paredes de Coura, diz a última edição do Notícias de Coura, está prestes a perder mais um médico, no caso o actual responsável daquele equipamento, Dr.. Queirós Monteiro. Nada que nos preocupe, contudo, porque parece que quem manda nestas coisas da saúde já tem tudo previsto. É que, apesar do Centro de Saúde courense ficar reduzido a cinco médicos, de cada vez mais utentes ficarem sem médico de família e de se caminhar a passos cada vez mais largos para o encerramento cada vez mais cedo daquele equipamento, já há alternativa programada: vamos todos às urgências em Espanha!
18 novembro 2011
Não, não é em Paredes de Coura…
Aldeia no Marvão à venda por sete milhões - notícia do Jornal de Notícias
… mas podia ser!
Brincadeira à parte, notícias como esta só vêm atestar o que já conhecido: o interior do país está cada vez mais deserto. Os números dos últimos Censos não enganam e traduzem uma realidade prevista e conhecida. Falta de investimento por parte do Governo? Falta de meios e capacidade por parte dos municípios e das freguesias? Algumas, só algumas, das causas desta desertificação que tem deixado muitas aldeias às moscas.
Numa altura em que já é muito difícil reverter esta situação, urge evitar que se alastre a zonas que, apresentando um índice de crescimento negativo, ainda poderão ter algum potencial para serem contrariar esse caminho. Daí que veja na reorganização das freguesias que se avizinha no horizonte, uma oportunidade para corrigir erros grosseiros do passado. Sem guerrinhas entre vizinhos, sem disputas fantasiosas pelo poder, só com o interesse das populações na mira. Sonho ou realidade?
Cortar no que se não tem
Com o aproximar do final do ano começam a ser conhecidos os cortes que a Câmara de Paredes de Coura vai ter de aplicar no próximo ano, em virtude das medidas de austeridade que ditaram o corte de algumas centenas de milhares de euros. E os cortes vêm… de onde já se esperava, dos apoios dados pela autarquia às associações concelhias.
Não se pode dizer que esta medida seja uma completa surpresa, tendo em conta que, como refere a própria vereadora da autarquia courense na notícia, só agora a Câmara de Paredes de Coura está a liquidar os subsídios atribuídos entre 2007 e 2009, ou seja ainda antes da própria vereadora ter sido eleita para o executivo camarário. O que, na prática, significa que muitas associações culturais e recreativas estão a viver com orçamentos cheios no papel, mas com os cofres vazios na realidade.
Concordo com o alerta da Câmara de Coura, que defende que as colectividades têm de procurar novas fontes de receita, o que inclusivamente já defendi aqui, mas não nos podemos esquecer que muita da oferta em termos animação cultural e desportiva oferecida pelo município depende precisamente das associações e clubes locais que, em muitos casos, estão já a trabalhar no vermelho, sem dinheiro que suporte o seu funcionamento, porque o que foi prometido pela autarquia demora a chegar.
PS: E convém ficar já atento porque novos cortes se avizinham e alguns deles vão mexer com o bolso dos munícipes.
11 novembro 2011
De bicicleta… pela mão
Há uns anos, em plena Assembleia Municipal de Paredes de Coura, correram queixas sobre a velocidade excessiva a que circulavam as bicicletas na pedonal Rua Conselheiro Miguel Dantas. Na altura, já a rua, recheada de esplanadas, tinha visto proibida a passagem a cavalos, e chegou mesmo a falar-se em estender a proibição às bicicletas. Felizmente tal ideia não avançou, se bem que, agora como na altura, continue a achar que há quem teime em fazer daquela via pedonal uma pista de corridas.
Recentemente encontrei aquilo que poderá ser a solução. Isto, claro, se for cumprido o que estabelece o sinal da foto, encontrado numa vila muito frequentada por turistas, nacionais e estrangeiros que, ao que me disseram, são bastante cumpridores. Já agora, e aproveitando a foto, podem mandar vir o sinal de baixo também que, algumas vezes, faz igualmente falta.
04 novembro 2011
CIN apoio bombeiros courenses
Deu resultado a campanha lançado pela CIN no Verão passado, que prometia atribuir a algumas corporações de bombeiros equipamento para combate a fogos florestais. A campanha, de que foi dado eco aqui, terminou no final de Setembro, tendo sido angariados 200 “fire shelters”, que vão ser distribuídos por 40 corporações. E, adianta o Eduardo Daniel Cerqueira, os Bombeiros Voluntários de Paredes de Coura também vão receber alguns destes equipamentos. Mais um instrumento de apoio de que irá dispor o novo comandante do corpo activo, que toma posse amanhã, ao início da tarde.
Já estamos no vermelho (2)
Ao que parece um dos problemas dos autarcas ficou resolvido na reunião desta manhã da Associação Nacional de Municípios Portugueses, com o anúncio de que o Governo deixou cair por terra a proposta de alteração do limite de endividamento, que se mantém nos 125%. Se bem que, na minha opinião, o termo “resolvido” não será o mais adequado para este cenário. Pensando bem, “adiado” talvez fosse mais rigoroso. É que, “resolvido” agora, mais ano, menos ano, este é um problema que tornará a vir bater à porta dos municípios.
03 novembro 2011
Já estamos no vermelho!
As notícias das últimas semanas não deixam margem para dúvidas: Paredes de Coura está numa situação preocupante em termos financeiros. Não é caso único, obviamente, mas os problemas dos outros não podem ser desculpa para os nossos e por isso é com as nossas de dores de cabeça que temos que nos preocupar e não com as dos nossos vizinhos.
O primeiro problema surgiu com o anúncio da proposta de Orçamento de Estado para 2012 e a constatação de que, de uma forma geral, os municípios vão ver reduzida a tranche a receber. E se já no ano passado, o presidente da Câmara de Paredes de Coura falava em dificuldades perante o corte nas transferências do Orçamento de Estado, este ano o discurso promete ser mais lamentador. É que a proposta do Governo social-democrata para 2012 corta ainda mais o valor que cabe a Paredes de Coura e, com menos 320 mil euros programados para 2012, Pereira Júnior vai ter fazer ainda mais contas de subtrair. Onde? Os colegas do distrito que já se lamentaram na comunicação social, apontam as despesas básicas (como a a higiene) e a educação como os principais prejudicados. Por cá ainda não se fizeram grandes revelações.
Mas aquele que, a meu ver, é o grande problema do município de Paredes de Coura no próximo ano, tem a ver com a alteração projectada, também no seio da proposta de Orçamento de Estado para 2012, das condições exigidas para os níveis de endividamento por parte das autarquias. Proposta que terá efeitos retroactivos e que, de um momento para o outro, num mero acto administrativo, lança cerca de cem municípios para o rol das autarquias em situação de endividamento excessivo, uma lista onde se inclui Paredes de Coura. Mais uma dor de cabeça para Pereira Júnior, que certamente não contava com este cenário bastante limitador na planificação do próximo ano.
Por último, uma outra situação, esta já bastante conhecida mas que não deixa de causar mossa (nem que seja na auto-estima) sempre que sai nos meios de comunicação social: os prazos de pagamento a fornecedores. Paredes de Coura é, neste momento, o pior pagador do distrito e um dos piores a nível nacional. Ainda esta semana uma infografia do Jornal de Notícias colocava o concelho a vermelho, referindo que o prazo médio de pagamento a fornecedores por parte da autarquia courense é superior a 12 meses. Números que, aliás, podem ser também consultados na própria página internet da Câmara de Paredes de Coura, que não esconde as dívidas com mais de um ano, relacionadas com verbas tão díspares como o fornecimento de equipamento informático ou a preparação de refeições.
É, portanto, um cenário difícil aquele que espera o presidente da Câmara de Paredes de Coura na hora de traçar as principais linhas de orientação do município para o próximo ano. Um plano onde, mais importante do que saber o que fazer, é saber onde cortar!
29 outubro 2011
O que foi não volta a ser
Falta tinta em Paredes de Coura, dizia-me há dias um amigo. Duvidei. Ele explicou e mostrou-me.. e confirmei! Falta realmente tinta em Paredes de Coura. Tinta branca. Na passadeira da foto e em várias outras espalhadas por toda a vila, inclusivamente junto à denominada zona escolar.
Falta tinta em Paredes de Coura… e não há quem a mande vir?
24 outubro 2011
21 outubro 2011
245 mil euros depois…
A Loja Rural de Paredes de Coura está (quase) pronta! Que venha a segunda fase, com a certificação do que por lá se poderá encontrar, a ver se surgem resultados!
20 outubro 2011
Coura sem TDT… esquece-se da fibra óptica (2)
Depois do post publicado ontem à noite, houve quem me lembrasse que os responsáveis parecem ter-se esquecido da rede de fibra óptica de nove milhões de euros que repousa sob o solo dos cinco concelhos da antiga associação de municípios do Vale do Minho, mas que também eu me teria esquecido de um aspecto muito importante em toda esta problemática em torno do esquecimento de Paredes de Coura no mapa da TDT por via terrestre. É que, não faz qualquer sentido Paredes de Coura ficar numa zona de captação reduzida quando no nosso concelho existe um retransmissor de televisão, instalado no Monte da Pena.
Um retransmissor que, de acordo com os planos da ANACOM, será apagado em Abril do próximo ano, não estando prevista agora, mas já esteve, a sua substituição por um outro retransmissor dedicado à difusão da TDT por via terrestre. Ou seja, de um dia para o outro vamos passar da condição de termos um retransmissor mesmo à porta de casa, para não termos qualquer hipótese de ver os quatro canais que serão distribuídos em sinal aberto. A não ser, claro está, que se opte pela TDT via satélite, solução que não o é, quer por comportar custos mais elevados que os normais descodificadores que podem ser utilizados em qualquer televisão das mais antigas, quer por limitar a dois aparelhos por casa a recepção do novo sinal de televisão, limitação essa imposta pela capacidade do serviço de recepção via satélite.
Resumindo, passamos de vizinhos da televisão num dia, para esquecidos da televisão no outro. Com sorte, tal situação dará no noticiário, mas o mais certo é que não consigamos ver televisão nessa altura. Pior ainda, é que mesmo sem ter direito a receber o sinal da TDT por via terrestre como a maior parte do território nacional, vamos ter de continuar a suportar na conta da electricidade a taxa dedicada ao audiovisual, quer o tenhamos, quer não o possamos ter.
19 outubro 2011
Coura sem TDT… esquece-se da fibra óptica
Há tempos que andava para falar novamente do assunto TDT (televisão digital terrestre), e desde já aqui me penitencio perante alguns amigos que me mandam informação regular sobre o assunto sem que o vejam abordado no Mais pelo Minho. Não tem havido tempo para falar sobre televisão (já para nem falar de ver televisão) e as coisas mais banais e menos complicadas de explicar têm liderado esta corrida de assuntos a abordar. Hoje, contudo, ao folhear os dois jornais locais de Paredes de Coura, vi o tema abordado nos dois espaços, num mais que no outro, é certo, mas com um mesmo objectivo: o de dar conta do isolamento a que, ao que tudo indica, o nosso concelho foi votado no que concerne à TDT, que irá, já a partir de Abril do próximo ano, colocar um ponto final nas emissões de televisão por via analógica.
Como já tinha sido abordado aqui anteriormente, Paredes de Coura é, de acordo com dados da ANACOM, uma das zonas que terá uma cobertura bastante reduzida do sinal da TDT por via terrestre, tendo por isso os utentes que desejarem continuar a receber o sinal de televisão, de investir mais dinheiro para o poderem fazer com recurso à TDT por satélite que, na prática, mais não é do que um serviço reduzido do que é actualmente vendido pelas empresas de televisão por cabo, ficando ao mesmo tempo limitados em relação ao número de aparelhos que poderão beneficiar desse sistema. Numa altura em que o assunto mereceu já a atenção, tardia, da autarquia de Paredes de Coura e até de alguns deputados que alertaram para a situação de Paredes de Coura e de outras zonas do Alto Minho que se encontram no mesmo patamar, desconhece-se, ainda, se, conforme constava no plano inicial, este concelho vai ser abrangido por novos emissores ainda não em funcionamento ou se, pelo contrário, o número de emissores vai ficar como está, deixando de fora uma larga franja do território nacional.
O que parece ter sido esquecido pelos responsáveis, autárquicos e outros, é que o concelho, pelo menos parte dele, está dotado de uma rede que poderia possibilitar um acesso mais fácil a um serviço de televisão. Pelo menos assim o anunciou o presidente da Câmara de Paredes de Coura, há quase três anos e meio, referindo-se ao circuito de fibra óptica que a Minhocom (empresa constituída pelos municípios da antiga Associação do Vale do Minho e por duas empresas privadas) enterrou ao longo de 135 kms nestes cinco concelhos, num projecto de cerca de nove milhões de euros. Trata-se de uma estrutura de telecomunicações que beneficiaria as zonas industriais, as sedes de concelho e alguns outros equipamentos públicos, criando um acesso mais barato a serviços que utilizariam essa linha, como o telefone, a internet e a televisão por cabo.
Não seria, de todo, uma solução para a falta da TDT por via terrestre, já que o acesso a televisão por esta via teria também de ser pago. Mas, eventualmente, e recordando mais uma vez as palavras de Pereira Júnior, poderia apresentar preços mais atractivos. Que é feito dela? Desconheço!
13 outubro 2011
Poder de antecipação
As autarquias terão obrigatoriamente de reduzir no mínimo em 15% o número de cargos dirigentes nos primeiros seis meses de 2012.
A frase em destaque foi retirada desta notícia da edição de hoje do Jornal de Notícias que nos dá conta das principais medidas de austeridade do Orçamento de Estado para 2012. Já ontem à noite a tinha ouvido num noticiário radiofónico que resumia as notícias do dia. E logo se fez luz, apesar do avançado da hora, sobre as recentes alterações verificadas na estrutura dirigente da Câmara Municipal de Paredes de Coura.
Tudo não passou, afinal, de um elevado poder de antecipação por parte dos responsáveis da câmara courense. É que, preocupados com o facto de as autarquias terem “obrigatoriamente” de reduzir o número de cargos dirigentes no primeiro semestre do próximo ano, terão, eventualmente, chegado à conclusão, óbvia, de que não dispunham de cargos dirigentes suficientes para cortar e, por isso, vá de promover SETE funcionários a chefias intermédias, quase todos mantendo as funções que já desempenham, apenas vendo alterada a sua posição salarial e pouco mais.
Está assim, explicado o porquê desta promoção que muitos consideraram extemporânea e descabida, não pelo valor das pessoas em causa mas pelo momento que atravessamos. Agora, nos primeiros seis meses de 2012, já temos onde ir cortar os tais 15 por cento que o Orçamento de Estado hoje em discussão irá ditar.
12 outubro 2011
Mentira descarada e obscena
O horário afixado na entrada do Centro de Saúde de Paredes de Coura é um enfeite. Apenas e só um enfeite. Uma mentira descarada a todos os que ali se dirigem. De nada vale. Nada significam as indicações ali escritas. E porquê? Porque de nada adianta informar os utentes que o Centro de Saúde funciona, de segunda a sexta, até às 22 horas, quando a partir das 20 horas não há médico disponível e a consulta aberta está fechada.
E o que dizer aos utentes que, ainda antes das 19 horas, ficam desde logo a saber que não serão atendidos, não porque não haja tempo, mas simplesmente porque não há médico a partir das 20 horas? Depois vemos, como ontem, meia dúzia de utentes que são obrigados a deslocar-se a Ponte de Lima e a entupir as urgências, quando o caso que os levou ao centro de saúde era um caso típico de consulta aberta. A tal que, devendo funcionar até às 22 horas, fecha duas horas antes por indisponibilidade dos médicos.
O mais certo é, mais dia menos dia, o centro de saúde fechar definitivamente às 20 horas, nos dias de semana. Contrariando tudo o que prometerem aos utentes aquando do encerramento que, em minha opinião, não mereceu da parte da autarquia o envolvimento devido. O “aguardar para ver” resultou no esquecimento de todas as promessas e no degradar do serviço que é prestado aos utentes de Paredes de Coura. Agora, resta-nos aguardar para ver até que ponto é que as coisas podem piorar ainda mais!
08 outubro 2011
Alguém explica?
Dimensão? Conteúdos? Localização? Alguém consegue explicar?
Aparentemente já faz parte do projecto das Portas do Corno de Bico, cujas obras decorrem ali ao lado, mas, como já foi noticiado na última edição de O Coura, parece que falhou alguma coisa na concepção desta sinalética, colocada junto ao Centro Cultural e também junto ao Largo Hintze Ribeiro. Não sei se o pior é o tamanho do texto, se a própria dimensão do “mupi”. Dá para ler? Dá, mas é preciso ter boa vista e alguma flexibilidade!
07 outubro 2011
Show off
Única e simplesmente… “show off”. Numa altura em que um dos jardins já leva quase um ano de funcionamento e os outros dois ainda lutam diariamente com problemas relacionados com defeitos de construção, de projecto e outras falhas ainda por corrigir, estar a promover uma “inauguração do croquete” só tem um objectivo: mostrar serviço. A fazer lembrar o que se passa lá para os lados da Madeira.
A não ser que o objectivo da Câmara de Paredes de Coura seja o de sensibilizar o secretário de Estado para a necessidade de fazer obras de fundo na Escola do 1º Ciclo, apenas sete anos depois da sua entrada em funcionamento, e fazer-lhe ver que a câmara não tem os mais de 250 mil euros necessários para corrigir deficiências. Se for por isso, pode ser que o croquete valha a pena… mas tenho as minhas dúvidas!
06 outubro 2011
Uns desculpam-se, outros esquecem-se
A atribuição de subsídios aos clubes e colectividades de cada concelho nunca foi um tema consensual, seja em que município for. Entre críticas de que a distribuição poderia ter sido feita de outra maneira ou queixas de que não se apoiam as actividades que se deveriam apoiar, vários são os motivos que, não raras vezes, geram polémica aquando da atribuição dos apoios financeiros por parte da autarquia.
Em tempo de crise económica, essa atribuição é ainda mais apertada e todos os motivos parecem ser bons para cortar nos apoios. Não será, porventura, o caso, mas a Câmara de Caminha tem agora uma boa razão para não apoiar o clube de andebol local, argumentando que, por imposição do Tribunal de Contas, não pode subsidiar colectividades que tenham dívidas. Tudo bem, poderemos dizer, não fosse dar-se o caso de, muitas das vezes (e não sei se é esse o caso nesta situação de Caminha), o mau momento financeiro das associações e clubes concelhios se ficar a dever, em grande parte, à falta de pagamento dos subsídios acordados pelas câmaras municipais.
Muitas vezes as câmaras “esquecem-se” de entregar os subsídios, outras simplesmente cortam-nos pela base. E aqui entramos na difícil tarefa de saber se é legítimo uma colectividade estar dependente do apoio financeiro da autarquia para fazer o que quer que seja. Pessoalmente defendo que o apoio camarário poderá ser um suplemento, mas que terão de existir outras fontes de receita para suprir as necessidades das associações, clubes e grupos recreativos. Aliás, vou ainda mais longe e, em concelhos de reduzida dimensão populacional como Paredes de Coura, por exemplo, defendo que qualquer apoio, financeiro ou logístico, teria de ter em conta não apenas a exigível necessidade e interesse da coisa, mas também a expectável certeza de que não se está a apoiar em duplicado, por duas associações, dois clubes, estarem envolvidos numa mesma actividade sem que daí advenham dois proveitos diferentes.
E ao escrever a última frase não posso deixar de me lembrar da eterna rivalidade que une dois clubes do concelho, Courense e Castanheira, e de como estes poderiam tirar maior proveito da sua actividade, e do apoio camarário, se em vez de dois fossem apenas um. Não seria mais fácil dotar um único clube de melhores condições, do que estar a repartir apoios por duas bocas sem alimentar nenhuma em condições? Veja-se, a título de exemplo, o que fez a Câmara de Viana do Castelo com o novo centro de desportos náuticos, que colocou à disposição dos clubes do concelho… desde que estes se unissem sob única camisola.