11 maio 2011

Legislativas 2011 – Abel Baptista – CDS-PP

abel baptista1 – Como surge a sua integração na lista de candidatos a deputados pelo círculo de Viana do Castelo?

O CDS/PP, nos seus órgãos próprios, decidiu manter todos os cabeças de lista que foram eleitos nas anteriores legislativas, por isso foi com naturalidade que volto a ser candidato pelo meu distrito. Os eleitores têm reconhecido o meu trabalho, eu tenho disponibilidade, força, vontade e determinação para continuar a dar voz ao Alto Minho, estou portanto bem no lugar que estou.

2 – Quais os principais problemas que encontra no país e no distrito de Viana do Castelo em particular?

Os problemas são vários, mas se me pede que identifique o principal, diria que é o desemprego e a falta de emprego qualificado, isto como consequência de muitas más politicas e práticas públicas: burocracia, ineficácia da administração, mau funcionamento da justiça, falta de formação profissional bem orientada, falta de diplomacia económica para apoio à exportação, investimentos mal programados e que não geram economia reprodutiva.

3 – Na sequência da resposta anterior, quais as propostas que pretende ver aplicadas para combater esses problemas? Quais as soluções possíveis?

Começar por serem feitos investimentos e apoios a empresas que sejam geradores de maior valor acrescentado, seja pela inovação, seja pela produção de produtos de elevado valor no mercado. É necessário fazer um forte investimento em produtos endógenos, muito em particular na floresta, agricultura (vinhos e raças autóctones), na pesca e recursos marítimos, nas indústrias transformadores de granitos e na agro-indústria (incluindo aqui as ligadas à floresta). É fundamental cativar investimentos na área das pequenas e médias empresas industriais e no turismo, estabelecendo uma cooperação maior com os nossos vizinhos galegos. Finalmente, é preciso dar apoio às empresas já instaladas para conseguirem exportar, principalmente através do apoio aos seguros de exportação e à sua participação em feiras e eventos no estrangeiro.

4 – Que apelo/mensagem quer deixar aos eleitores do distrito?

Um apelo muito simples: a lista que tenho a honra de encabeçar é composta, na sua totalidade, por pessoas residentes neste distrito. Conhecemos na primeira pessoa os problemas da região, estamos integrados num partido que sempre deu provas de fazer bem o seu trabalho, eu próprio fui o deputado que mais trabalhou na Assembleia da República face aos restantes cinco do distrito. Os outros partidos já deram provas de não serem capazes, por isso dizemos que ESTE É O MOMENTO. POR TI. POR TODOS. PORTUGAL CDS/PP.

10 maio 2011

Legislativas 2011 – A palavra aos candidatos

No seguimento do acompanhamento, a título de opinião e comentário, que o Mais pelo Minho vem fazendo da pré-campanha eleitoral das legislativas de 5 de Junho, abri agora a porta deste espaço aos cabeças de lista dos cinco principais partidos que concorrem pelo círculo de Viana do Castelo. Nesse sentido, enderecei aos cabeças de lista do BE, CDS-PP, CDU, PS e PSD, quatro simples questões, reproduzidas abaixo, no sentido de fazer chegar aos leitores do Mais pelo Minho mais alguma informação que pode ser decisiva na hora de votar. As respostas começam a ser publicadas amanhã.

Questões aos candidatos

1 – Como surge a sua integração na lista de candidatos a deputados pelo círculo de Viana do Castelo?

2 – Quais os principais problemas que encontra no país e no distrito de Viana do Castelo em particular?

3 – Na sequência da resposta anterior, quais as propostas que pretende ver aplicadas para combater esses problemas? Quais as soluções possíveis?

4 – Que apelo/mensagem quer deixar aos eleitores do distrito?

05 maio 2011

Adivinha ou anedota?

tampa saneamentoPergunta: Porque é que há empreiteiros a abandonar as obras da rede pública de saneamento em Paredes de Coura?

Resposta: Porque como o financiamento atrasou e a Câmara não tem dinheiro para lhes pagar, eles só recomeçam os trabalhos depois de efectuado o pagamento, conforme explicou o autarca courense na última Assembleia Municipal.

Está explicada a razão porque muitas obras públicas estão paradas, aqui e noutros lados, bem como a justificação para existirem empreiteiros, nomeadamente de Paredes de Coura, que se recusam a fazer obras públicas e alguns até se preparam para fechar portas e rumar a outras paragens.

03 maio 2011

Rosalina out (2)

manuel miranda Foto: EPRAMI

Afinal, quando se pensava que Paredes de Coura tinha sido esquecido na composição da lista de candidatos do Partido Socialista às eleições legislativas do próximo dia 5 de Junho, eis que uma leitura mais atenta revela um nome próximo do concelho.

Numa coincidência engraçada, verifica-se que, com a saída de Rosalina Martins, surge na candidatura o nome… do seu ex-marido. Manuel Miranda, director da EPRAMI e deputado municipal na Assembleia Municipal de Paredes de Coura, é um dos candidatos inseridos na lista socialista, ainda que numa posição muito modesta, no meio dos suplentes e, por isso, mesmo com eventuais substituições ao longo do mandato, dificilmente passará pelo Parlamento.

Não, ainda não é para inaugurar a biblioteca (2)

exterior arquivo 1Quando escrevi este post, não me lembrei, erro meu, de que afinal não seria a nova biblioteca ainda por construir, o alvo mais certeiro de uma inauguração ministerial, tão ao gosto dos políticos lusos, especialmente agora em tempos de pré-campanha eleitoral.

Afinal, a deslocação de Gabriela Canavilhas, ministra da Cultura, a terras de Coura, bem que podia ser aproveitada para inaugurar… o arquivo municipal! É que, se bem se lembram, a inauguração oficial esteve aprazada para três datas distintas, à espera da disponibilidade do responsável pelo Ministério da Cultura, mas por três vezes foi desmarcada. Entrou em funcionamento em Maio de 2008, depois da Câmara de Paredes de Coura ter optado pela abertura ao público sem necessidade de corta-fitas. Foi o que fez melhor.

Três anos volvidos, contudo, e aproveitando a presença em Paredes de Coura da actual titular da pasta da Cultura, porque não levar Gabriela Canavilhas a visitar aquele equipamento?

A mesma água… mais mais cara (2)

Afinal, parece que a ideia de os municípios do Alto Minho se juntarem e avançarem com a constituição de uma empresa intermunicipal para a distribuição de água e tratamento de efluentes, ainda está em cima da mesa. O assunto começou a ganhar forma há cerca de um ano e, pelo vistos, a nova empresa terá pernas para andar, em termos financeiros, tanto que na última Assembleia Municipal o presidente da Câmara de Paredes de Coura anunciou que os dez municípios que integram a CIM – Minho-Lima vão ser agora chamados a dizer se concordam ou não com a sua criação.

Antes disso, contudo, o futuro da empresa intermunicipal passa por Paredes de Coura. Isto porque, no próximo dia 20 de Maio, no Centro Cultural, realiza-se uma sessão de esclarecimento a todos os deputados municipais e autarcas do distrito. Na prática trata-se de uma assembleia intermunicipal mas informal, que que reúne não apenas os seus membros eleitos, mas todos os autarcas e deputados municipais que nela queiram participar, para esclarecer dúvidas. “Para que, quando forem chamados a decidir em sede de Assembleia Municipal, tenham toda a informação necessária”, explicou o presidente da Câmara de Paredes de Coura.

Não, ainda não é para inaugurar a biblioteca

Gabriela Canavilhas, ministra da Cultura, vai estar por terras de Paredes de Coura no próximo dia 6. Não vem, ainda, para inaugurar a nova biblioteca Aquilino Ribeiro, que a Câmara pretende abrir ao público em 2012. Para já a visita da governante fica-se pelo tomar do pulso às Comédias do Minho, projecto inovador e de sucesso que, com sede no Centro Cultural de Paredes de Coura, tem contribuído para o elevar do patamar cultural em todo o Vale do Minho.

De qualquer das formas sempre pode aproveitar o programa do Fim de Semana Gastronómico, que este sábado e domingo vai animar alguns dos restaurantes de Paredes de Coura. O programa das festas inclui ainda algumas das actividades habituais neste evento, caso do convívio de pesca e da animação musical dos bombos e concertinas, mas este ano traz uma novidade: um show cooking que vai tentar dar nova vida à truta que, no passado, tanta fama já conquistou para o concelho.

02 maio 2011

O lugar da política, mas sem políticos

Por definição, a Assembleia Municipal é o órgão político de um município. Enquanto que ao executivo municipal cabe a gestão, é na Assembleia Municipal que surgem as principais intervenções da vida política concelhia. Uma situação que assume ainda maior relevo quando, como no caso de Paredes de Coura, há uma maioria clara na Câmara, que limita a intervenção da oposição e a relega para o palco secundário da Assembleia Municipal. Mas, a ser assim, porque não aproveitam os partidos, principalmente os da oposição, essa oportunidade de intervirem e darem público conhecimento das suas dúvidas, das suas contestações, das suas intervenções de cariz político.

Já em tempos aqui critiquei o facto de o PSD desperdiçar púlpito e tempo de antena. Outros tempos, mas pelo visto a coisa não melhorou muito. Ainda na passada sexta-feira, em mais uma sessão da Assembleia Municipal de Paredes de Coura, foi notória a falta de acção por parte do Partido Social Democrata. O grupo municipal do PSD esteve presente na reunião? Esteve! Notou-se essa presença? Bem… isso agora, já é relativo, pois a presença só pode ter sido notada pela negativa. Numa sessão onde estava em cima da mesa a aprovação da conta de gerência da autarquia relativa a 2010, não houve quem aproveitasse para “cair em cima” das contas da Câmara. Ficou-se por uma simples declaração voto, onde criticavam a reduzida taxa de execução, quando poderiam ter utilizado o mesmo argumento no período de discussão, certamente com outro impacto. Já agora, explique-se, o PSD, com quatro excepções que se abstiveram, votou favoravelmente as contas de 2010.

O mesmo aconteceu com a CDU, o outro partido da oposição com assento na Assembleia Municipal. Também eles deixaram passar as contas, abstendo-se, muito embora João Paulo Alves tenha aproveitado o período de discussão para lançar algumas críticas à política seguida pela autarquia liderada pelo Partido Socialista. Já nos assuntos anteriores o deputado do grupo municipal comunista tinha lançado alguma farpas à gestão de Pereira Júnior mas salientando que as suas intervenções não teriam cariz político. Mas, não está João Paulo Alves num órgão político? Logo, não serão todas as intervenções que ali faz pautadas por essa característica? Isso mesmo lhe explicou, pouco depois, a deputada socialista Rosalina Martins. Ficou por explicar porque é que, criticando as contas, os elementos da CDU não votaram contra.

Ainda assim, João Paulo Alves conseguiu ficar bem melhor na fotografia que o maior partido da oposição, cabendo-lhe a ele duas das declarações mais enigmáticas da noite. Por um lado a recomendação a Carlos Barbosa, líder do grupo municipal do PS. “Espero que quando fores político, sejas diferente”, foi o que se ouviu da boca do deputado do PCP, sem se saber o que quereria dizer. Por outro lado, a pergunta deixada no ar na resposta a Rosalina Martins sobre a excessiva dependência da autarquia em relação às verbas do FEF. “Sabe qual é o meu maior receio de um município subsídio-dependente?”, questionou. E mais não disse, deixando no ar… a suspeição.

29 abril 2011

A mesma água… mas mais cara

depósito água venadeNo próximo mês não se admire se a sua factura da água vier mais recheada. Razão: a Câmara de Paredes de Coura vai aumentar as tarifas da água e do saneamento. Mais 50% por cento no caso da água, mais 300% (sim, trezentos) no caso do saneamento.
A justificação da autarquia, pela mão do próprio presidente, já começou a chegar aos consumidores, num desdobrável onde António Pereira Júnior justifica o aumento com a obrigatoriedade de, ao abrigo da Lei de Finanças Locais, os preços cobrados pela prestação destes serviços não poderem ser inferiores aos custos suportados pela autarquia. Até aqui, nada contra: lei é lei, mesmo quando não se concorda há que cumprir. O problema surge quando o cenário que agora se apresenta, com o argumento de em 2010 a conta de exploração do serviço de águas e saneamento ter apresentado um resultado negativo de mais de 362 mil euros, já ser previsível há muito.
Ainda no final de 2007, quando se discutia a concessão da rede de distribuição, já eram dados como garantidos aumentos astronómicos nos valores a cobrar aos consumidores, muito embora na altura se dissesse que esta operação iria trazer grandes poupanças à autarquia courense, nunca se falando em défice na conta de exploração. O assunto voltou a estar na ordem do dia em meados do ano passado, por ocasião da incorporação das Águas do Minho e Lima na maior e mais abrangente Águas do Noroeste, tendo na altura os municípios da CIM Minho-Lima equacionado até a hipótese de criarem uma nova empresa, de cariz intermunicipal, que se substituísse à Águas do Noroeste, possibilitando a prática de preços mais baixos.
A nova empresa, contudo, não chegou a avançar. O mesmo não se pode dizer dos aumentos, mercê do corte da comparticipação da autarquia no custo final da água e do saneamento. Recorde-se que, na água, por exemplo, a autarquia financiava até agora metade do custo do m3, pagando o consumidor apenas a outra metade. Agora, com resultados negativos e crise à porta, o fardo cai para o lado do mais fraco: o utente, que não se pode queixar de não ter sido avisado pelo próprio presidente da Câmara, ainda na última entrevista que deu ao Notícias de Coura, em Janeiro deste ano.

TDT passa ao lado de Coura

cobertura tdtDentro de um ano acabam as emissões analógicas de televisão. Pelo menos assim o dita o calendário estipulado para a transição para a Televisão Digital Terrestre (TDT). Mas, aqui em Paredes de Coura, a mudança para a TDT representa uma de duas coisas: ou apagão completo ou custos acrescidos. É que, ao contrário do que seria de esperar, a TDT por via terrestre não abrange a totalidade do território português, ficando cerca de 13% fora do alcance dessas emissões. E Paredes de Coura, como demonstra o mapa fornecido pela Portugal Telecom (clicar na imagem para aumentar), é uma das zonas com cobertura bastante reduzida.

Quer isto dizer que grande parte do concelho vai ficar sem acesso à TDT? Não, porque para esses casos está prevista a recepção da TDT via satélite, num sistema parecido com o que se verifica actualmente com os fornecedores comerciais de televisão por satélite. E é aqui que se levanta o problema dos custos acrescidos, pois o receptor exigido para poder usufruir da TDT dita normal, além de mais barato, é também mais fácil de instalar e de adquirir. Já nos casos em que a recepção tenha de ser feita via satélite, o equipamento é fornecido pela PT, com custos superiores, especialmente se for necessária instalação por um técnico e a própria antena receptora. Tendo em conta que, tanto numa como noutra solução, será preciso ter um receptor em cada televisão que exista na casa, a factura final engrossa ainda mais.

Não é de admirar, portanto, o reforço comercial que as operadoras de televisão via satélite têm vindo a fazer nesta zona, apresentando os seus serviços como alternativa a uma TDT cuja instalação irá custar praticamente o mesmo. Não é de admirar e, numa lógica comercial, entende-se perfeitamente. O que já não se entende é que, com a entrada em funcionamento desta nova tecnologia, o concelho, particularmente a vila que é das zonas mais afectadas, não ganhe rigorosamente nada. É que, mesmo agora, anos e anos depois do início das emissões televisivas em Portugal, na vila continuamos a não poder aceder à oferta dos quatros canais generalistas emitidos em sinal a aberto, pois a TVI é algo a que só se consegue aceder nas zonas mais elevadas.

Será que, tal como aconteceu no passado com a contestação à fraca recepção do sinal de telemóvel em algumas freguesias do concelho, também o esquecimento a que parece ter sido votada Paredes de Coura por parte da TDT, não merece a reclamação da autarquia, nomeadamente da Assembleia Municipal? Ou será que as questões relacionadas com a televisão só merecem uma atitude daquele órgão quando se trata de contestar a falta de notícias positivas sobre o concelho?

19 abril 2011

Rosalina out

A distrital de Viana do Castelo do Partido Socialista aprovou, ontem à noite, o resto da lista de candidatos a deputados nas próximas legislativas. O cabeça de lista era já conhecido, o secretário de Estado Fernando Medina, mas no resto do grupo surgiram algumas surpresas, nomeadamente a inclusão de Sandra Pontedeira, vereadora na Câmara Municipal de Cerveira, no que demonstra ser uma escolha do presidente da distrital, José Manuel Carpinteira, que é também presidente da autarquia cerveirense.

De fora da corrida, apesar da disponibilidade demonstrada no início do mês para continuar no Parlamento, fica Rosalina Martins. A actual líder do grupo socialista na Assembleia Municipal de Paredes de Coura, deixa a Assembleia da República depois de quatro mandatos. No entanto, aos 55 anos de idade, questiona-se se, à semelhança do que aconteceu com Defensor Moura, seu colega na corrida de 2009, também vai optar pela reforma, ou se o futuro lhe reserva outros planos, nomeadamente mais dedicados à política courense.

18 abril 2011

CDU com rosto courense

cdu viana legislativasFoto: CDU Viana do Castelo

A CDU já formalizou a entrega da lista concorrente pelo círculo de Viana do Castelo às eleições legislativas do próximo dia 5 de Junho. A cabeça de lista era já conhecida, a eurodeputada Ilda Figueiredo, mas a apresentação da totalidade dos seus elementos trouxe algumas surpresas. Nomeadamente a presença, na quinta posição, da courense Celina Araújo de Sousa.

15 abril 2011

Movimentações à direita (2)

Afinal parece que as movimentações da distrital vianense do PSD no sentido de incluir apenas residentes no distrito nas listas de candidatos a deputados não foram acolhidas pela estrutura nacional do partido e, principalmente, por Pedro Passos Coelho. Pelo menos é a conclusão óbvia que se pode retirar quando se fica a conhecer o nome que o líder dos social-democratas apontou para cabeça de lista às legislativas de 5 de Junho pelo distrito de Viana do Castelo. Nada mais, nada menos, que Carlos Abreu Amorim, professor de Direito e conhecido comentador (político e futebolístico) na televisão e na blogosfera.

O presidente da distrital, contudo, até parece ter ficado satisfeito com a escolha do seu líder. Já o anterior cabeça de lista, preterido desta vez, não esconde que a decisão não foi sua, mas que é da inteira responsabilidade de Pedro Passos Coelho.

10 abril 2011

Abel outra vez

O CDS-PP de Viana do Castelo também já decidiu quem colocar à frente da lista de candidatos a deputados nas eleições legislativas do próximo dia 5 de Junho. E, colocando um ponto final nas opiniões que indicavam o regresso de Daniel Campelo ao Parlamento como cabeça de lista, a distrital popular, dirigida pelo próprio Campelo, deu o seu voto de confiança a… Abel Baptista.

O deputado de Ponte de Lima, um dos mais activos da última legislatura, volta, desta forma, a encabeçar a lista do CDS-PP por Viana do Castelo, pelo menos por indicação da distrital. Curiosamente, e mesmo numa altura em que aquele partido aposta na eleição de um segundo deputado pelo distrito, o nome de Daniel Campelo não faz parte da lista do CDS-PP. “A solução agora aprovada é que a serve melhor os interesses do distrito de Viana do Castelo”, explicou o antigo presidente da Câmara de Ponte de Lima.

09 abril 2011

Repetentes

23092009243À semelhança do seu vizinho na esquerda, também o Bloco de Esquerda já escolheu os seus candidatos às legislativas de 5 de Junho pelo distrito de Viana do Castelo. Uma lista onde encontramos nomes que já fizeram parte das opções do Bloco em 2009, se bem que agora noutras posições.

Deste modo, Jorge Teixeira, arquitecto, é o cabeça de lista, enquanto no segundo posto surge Cecília Terleira, professora há largos anos em Paredes de Coura, que há dois anos seguia no quarto lugar da lista e agora assume uma posição de maior relevo. O terceiro lugar este ano é ocupado por Luís Louro, que liderou a lista bloquista nas últimas eleições e não foi eleito deputado por cerca de 3500 votos.

08 abril 2011

Animais à solta na TV

Só é pena que, tal como se queixam agricultores e outros, não tenham conseguido encontrar animais à solta para incluir nas filmagens…

Movimentações à direita

Um pontapé bem assente no fundo das costas. É o que se pode dizer da decisão da distrital de Viana do Castelo do PSD que, de acordo com notícia veiculada pela Rádio Antena Minho, aprovou uma proposta para que a lista concorrente às eleições legislativas de 5 de Junho inclua apenas candidatos residentes no distrito. O pontapé tem, desta forma, dois destinatários bem identificados: os actuais dois deputados social-democratas eleitos pelo círculo vianense.

O termo residentes é, aqui, o cerne da questão. Isto porque, apesar de terem ligações ao distrito, tendo inclusivamente Luís Campos Ferreira sido vereador sem pelouro na Câmara de Valença e José Eduardo Martins membro da Assembleia Municipal de Paredes de Coura, não têm residência fixa no distrito e, com eleições à porta, esta tomada de posição não pode deixar de ser vista como uma tentativa de afastar os dois deputados que têm sido eleitos por Viana do Castelo nas últimas três legislaturas.

Fica por saber se esta atitude dos militantes do distrito se fica a dever unicamente a descontentamento com o trabalho desenvolvido pelos dois eleitos ou se, como refere a notícia, se pretende apenas abrir caminho a novos nomes, certamente alguns dos quais já passaram pelo Parlamento em episódios esporádicos, inclusivamente nesta legislatura. É que, ao mesmo tempo que a distrital aprova um “chega para lá” aos actuais deputados, a concelhia do PSD em Viana do Castelo aproveita para avançar com o nome de Eduardo Teixeira, curiosamente o presidente da distrital laranja, para integrar a lista de candidatos daquele partido e em lugar elegível.

A decisão final, no entanto, cabe aos órgãos nacionais do PSD, mas as movimentações de que agora se fala vêm mostrar que, até ao dia 25 de Abril, muitas manobras de bastidores, neste e noutros partidos, vão ocupar os militantes, deixando de lado aquilo que porventura mais importa aos eleitores: o futuro do país.

07 abril 2011

Pontapé de saída

A CDU não perdeu tempo e foi o primeiro partido a anunciar alguns cabeças de lista às próximas eleições legislativas. Ilda Figueiredo, actual eurodeputada da coligação, foi o nome apontado para liderar a corrida eleitoral por Viana do Castelo.

Tendo em conta os resultados da CDU em eleições anteriores, não se augura grande percurso a Ilda Figueiredo nas lides políticas de Viana do Castelo. No entanto, o trabalho de Agostinho Lopes, deputado eleito por Braga mas que se tem debruçado sobre alguns assuntos do distrito vianense também, a par da actual conjuntura política, podem traduzir-se numa melhoria dos números da CDU nas eleições de 5 de Junho.

Ainda assim, e novamente face a 2009, teria de crescer muito, já que nas últimas legislativas, entre os partidos com assento parlamentar mas que não lograram eleger ninguém por Viana do Castelo, foi o Bloco de Esquerda quem esteve mais perto de conseguir um representante do distrito no Parlamento. E com praticamente o dobro da votação da CDU!

Subterfúgios

Viana do Castelo: Câmara contrata prestação de serviços externos para colmatar "overdose de trabalho" – notícia da Rádio Geice

E assim se enganam as restrições à contratação de mais pessoal…

06 abril 2011

Sem comentários… nem confirmações (2)

boato festivalHá gente com muito humor, que se dá ao trabalho de publicar coisas como a que se pode ver neste link, no fórum do Blitz. E outros que nem sequer se dão ao trabalho de confirmar as coisas (como se pode ver na imagem do site AEIOU.pt), mesmo sabendo que nem sequer é dia 1 de Abril. Na internet, tudo ganha uma nova dimensão. Até a (des)necessidade de confirmar as notícias.

Pole position (2)

Depois da manifestação de disponibilidade de Rosalina Martins, que liderou a lista socialista em 2009, eis que mais nomes começam a ser falados para encabeçar o rol de candidatos do PS vianense às legislativas do próximo dia 5 de Junho. E o nome que de mais se fala é o de: Rui Solheiro. Assim como assim, este é o último mandato do ex-líder do PS distrital à frente da Câmara de Melgaço e por isso o futuro pode bem passar por Lisboa.

Opiniões

Scan_Pic0001 Clicar na imagem para aumentar

05 abril 2011

Lá é o skate, por cá o futebol

iphone03022011Alguns moradores de uma rua de Vigo queixam-se do barulho que os utilizadores de uma recentemente inaugurada pista de skate fazem pela madrugada dentro, não respeitando o descanso dos vizinhos. Por cá não temos, ainda, pista de skate, mas as queixas de barulho causado pela utilização de equipamentos desportivos não são novidade. Que o digam os utilizadores e os vizinhos do polidesportivo instalado junto à GNR.

Por falar nisso, o que será feito das vedações em madeira que a Câmara mandou retirar há meses com o objectivo de serem reparadas? O tempo excessivo que essa tarefa está a demorar, impossibilitando a utilização daquele equipamento, faz pensar que se calhar o problema não é a manutenção… mas sim o facto daquela localização não ter sido a melhor escolha para a instalação do polidesportivo. E com o bom tempo a dar carta branca para as actividades desportivas ao ar livre, não seria de estranhar encontrar jovens a jogar ali, mesmo sem as vedações e arriscando a segurança de quem passa na rua ao lado.

Desafio?

DSC01815Ministro desafia desempregados a trabalharem na agricultura – notícia do Sol

Só se for por contra própria. E com incentivos!

04 abril 2011

Sem comentários… nem confirmações

Qual é o resultado de um mentira de primeiro de Abril divulgada no Facebook, misturada com a pressa em dar uma notícia quente sobre a demissão de um vereador sem aguardar pela confirmação dessa situação? Pois.. é uma notícia sobre uma coisa que não aconteceu. Mas que foi notícia em muito bom órgão de comunicação social na passada sexta-feira.

Crime, disse o Ambiente!

Leio a notícia sobre a investigação do Ministério Público de possíveis crimes contra o ambiente, envolvendo nomeadamente ilegalidades com resíduos de obras, transporte de resíduos e estações de tratamento de efluentes, e só me lembro deste caso, ocorrido em 2007. Mas, como a investigação agora divulgada só teve início em Dezembro de 2009, dou por mim a pensar: o que será que foi feito em relação aos detritos resultantes da demolição da antiga fábrica de transformação de peixe de Vigo?

Pole position

Eleições Legislativas: Rosalina Martins disponível para se recandidatar – notícia da Rádio Geice

E pronto! Os nomes começam a surgir e até 25 de Abril vai ser um fartote. Neste caso, não se pode dizer que seja surpresa. Resta saber se parte novamente no primeiro lugar da lista, como aconteceu em 2009 depois do episódio Defensor Moura, ou se desta vez o secretário-geral do PS faz valer o seu “voto de qualidade” e manda para a frente um qualquer notável de Lisboa.

31 março 2011

Essa é que é a verdade! (2)

E para ajudar à festa, o Cardeal Saraiva, jornal de Ponte de Lima, já lança a dúvida.

Essa é que é a verdade!

SCUT: “Este distrito não tem peso nem no país, nem nas máquinas partidárias dos partidos” - Daniel Capelo – notícia da Rádio Geice

Não é novidade. É a realidade!

Num país em que quem lá está é que manda fazer, não temos o peso político que faz falta para que se faça alguma coisa. E Daniel Campelo sabe-o bem. Virá aí nova greve de fome? Ou as idas a Lisboa vão começar a ser regulares, com ida à segunda e regresso à sexta-feira?

O lixo que nos toca

lixeiras beira estrada 3E quando formos nós, e por nós entenda-se o concelho, a ter de acolher o aterro intermunicipal do Vale do Minho? A questão, que não se colocará tão cedo em virtude do acordo alcançado no ano passado entre a ValorMinho e a Junta de Freguesia de S. Pedro da Torre, Valença, não é de todo descabida, e o comentário deixado pelo Lobo neste post veio recordar que, no futuro, esse cenário pode muito ser uma realidade.

Por ora, e como demonstra  a peça do Jornal de Notícias, o aterro intermunicipal vai ficar por Valença até 2021, no que pode representar, explica o jornal, uma poupança de cerca de 2,6 milhões de euros. Mas, e depois? Quando, como aconteceu em 2007, se começar a procurar novo poiso para os lixos dos seis municípios que vão enchendo o aterro de S. Pedro da Torre, será que Paredes de Coura não vai entrar na corrida?

Respondendo à pergunta deixada no comentário daquele post: sim, a Câmara de Paredes de Coura já pensou onde eventualmente pode vir a ser instalado aquele equipamento. Em 2007, os estudos, ou pelo menos a indicação da autarquia courense, apontavam para a sua instalação algures em Linhares. Em 2021 pode já não ser este o local sugerido. E certamente não será também o escolhido, até porque, como se viu aquando do processo de renovação de 2007, a escolha dos seis municípios recaiu sobre Cornes, Vila Nova de Cerveira, a escassos metros do actual aterro. E mesmo assim, com a anuência ressarcida da população local, acabou por se manter onde sempre esteve… e onde estará por mais dez anos.

30 março 2011

Assim se vê, a força… da nossa saúde (3)

Afinal, não é só o PCP que aparece preocupado com o estado da Saúde no Alto Minho. Agora, também o Bloco de Esquerda aparece a garantir apoio à luta da população de Valença contra o encerramento, há um ano, do SAP local. É legítimo este apoio, mas questiona-se: porquê agora?

De qualquer das formas, atrasado ou não, há que aproveitar a onda e, porque não, incluir no mesmo pacote de contestação o encerramento de outros SAP’s, nomeadamente, claro está, o de Paredes de Coura. E já agora, aproveitando o momento actual e a moda que parece ter surgido com o pedido de demissão do primeiro-ministro, porque não levar o assunto ao Paramento e, quiçá, pedir a revogação do despacho do Ministério da Saúde que ditou os encerramentos. Se, para outras coisas, se está a anular no Parlamento o trabalho feito antes, porque não também nestes casos?

26 março 2011

E haverá subsídios?

Guimarães põe cabras a trabalhar na limpeza da cidade – notícia da TSF

CIMG2035Brincadeiras à parte, não será esta uma solução dois em um, assim ao jeito de ao mesmo tempo aumentar a produção de animais e rentabilizá-los recorrendo ao pastoreio em terrenos municipais que doutra forma estariam abandonados? Por cá, já em tempos, vi algo semelhante… com um rebanho a “limpar” o relvado da praia fluvial!

25 março 2011

Contradições. Da justiça e do povo.

DSC00016O aterro intermunicipal de S. Pedro da Torre faz lembrar aquele sketch dos Gato Fedorento a brincar com a opinião de Marcelo Rebelo de Sousa sobre o aborto. É ilegal? É. Mas mesmo assim pode estar em funcionamento? Pode.

Depois de anos de lutas e processos em tribunal, eis que o Tribunal Central Administrativo do Norte decide que o aterro de Valença está em situação ilegal, devido ao incumprimento de questões processuais durante a sua construção. Mas, o mesmo acórdão admite que não é possível encerrar aquele equipamento, nem repor a situação anterior à sua construção, e por isso impôs o pagamento de indemnizações da Câmara à Junta de Freguesia de S. Pedro da Torre.

Neste processo, contudo, nem só a justiça apresenta destas contradições. É que, também a população daquela freguesia, depois de anos a contestar o funcionamento do aterro, acabou por, no ano passado, pronunciar-se a favor da prolongamento do funcionamento daquele equipamento no mesmo local durante mais dez anos. Decisão popular a que, certamente, não será alheia a renda mensal que a ValorMinho, entidade que explora o aterro, paga à Junta de Freguesia de S. Pedro da Torre.

Benjamins… e campeões!

benjamins courense Foto: SCCourense

Domingo, o jogo é dos grandes, mas o momento alto da tarde está reservado para os mais pequenos. Os Benjamins do Sporting Clube Courense recebem as faixas de campeões da Série C. Merecem os parabéns… e o apoio da massa associativa courense.

Acabou o exílio

viana do castelo 1Com a saída de José Sócrates e a mais que certa realização de novas eleições legislativas, é certo também que haverá mexidas nas listas concorrentes. A mais óbvia e sonante será a inclusão de Pedro Passos Coelho numa lista de um qualquer círculo eleitoral que seja, depois de ter sido deliberadamente afastado por Manuela Ferreira Leite nas últimas eleições.

Mas há nomes menos sonantes que também vão andar neste jogo do entra e sai. Um deles é o do antigo presidente da Câmara de Viana do Castelo, que foi remetido para Lisboa em 2009, depois de ter ameaçado concorrer à câmara vianense como independente por não ter o apoio do Partido Socialista para a sua recandidatura. Na altura muito se falou de exílio dourado, com a inclusão nas listas de deputados a surgir como uma compensação por esse impedimento ditado pelos colegas autarcas do Alto Minho. Agora, no entanto, Defensor Moura resolveu não esperar pelo desfecho desta crise política e já anunciou: não vai voltar a concorrer ao Parlamento, optando antes pela reforma.

Uma decisão que não surpreende, tendo em conta os últimos episódios a envolver o antigo autarca de Viana de Castelo. Primeiro a corrida solitária à Presidência da República, sem o apoio do seu partido. Depois, mais recentemente, com a sua saída da comissão de honra da recandidatura de José Sócrates a secretário-geral do PS, em protesto pelo abandono da regionalização. Resta saber se é realmente a reforma que aguarda Defensor Moura, de 65 anos, ou se pelo contrário o seu regresso a Viana do Castelo traz outros planos na manga.

24 março 2011

Demissão = solução?

O primeiro-ministro apresentou ontem a demissão. A ver bem, a sua demissão foi oficializada a 27 de Setembro de 2009, quando o seu partido ganhou as eleições legislativas… sem maioria. Ao aceitar governar em minoria, numa altura em que o papão da crise global já estava à espreita, mau grado a baixa de impostos pré-eleitoral, José Sócrates tinha o destino traçado e, certamente, sabia-o. Num período em que eram necessárias (continuam a ser) medidas drásticas e difíceis de aplicar para tentar reduzir o défice e endireitar as contas públicas, não ter uma maioria no Parlamento é meio caminho andado para uma gestão complicada, obrigado a seguir as directrizes dos outros, por muito que sejam diferentes daquelas que o Governo defende. E quando o maestro tem de se resignar à música que a orquestra toca, mesmo não sendo aquela que ele tem na pauta, o caminho está traçado.

O primeiro-ministro apresentou ontem a demissão. E o passo seguinte, mais que certo e mais que desejável, são novas eleições legislativas. O Presidente da República ainda nada disse, por uma questão de agenda europeia, mas todos os partidos da oposição já o afirmaram: não estão disponíveis para formar Governo com José Sócrates. Nunca estiveram, aliás. E nem sequer o PS minoritário de José Sócrates logrou tentar uma aproximação à esquerda ou à direita para enveredar pelo caminho de uma coligação, no rescaldo das legislativas de 2009. O feitio característico do primeiro-ministro, num misto de teimosia e arrogância, regada com um toque de “eu é que sei de que o país precisa” nunca foram bons argumentos para uma negociação a duas ou mais vozes e não se prevê que o seja agora, depois de uma demissão forçada, por ele e pela oposição, que inevitavelmente vai deixar marcas no meio político português. Com eleições, e resultados, mais ou menos previsíveis no cenário de alternância política da democracia portuguesa, caberá à direita liderar esse entendimento. A solo ou em duo? O povo decidirá lá para Junho.

O primeiro-ministro apresentou ontem a demissão. E o país perdeu. Não no sentido que apontou ontem José Sócrates, mas perdeu. Fica mergulhado numa crise política, que o é, numa altura em que a crise económica já afogava a população. Os juros não esperaram e subiram ainda mais. Vem aí o FMI? Talvez. Talvez já cá esteja. Vêm aí tempos mais difíceis? Não duvido. Não é por haver eleições e mudar o Governo que as coisas vão mudar. A crise continuará e as respostas para ela continuarão a ser de uma urgência e necessidade atroz. As medidas de combate, se não as mesmas, não serão muito diferentes e já hoje, no dia que se segue ao pedido de demissão, aqueles que ontem criticavam o aumento de impostos vêm falar num provável aumento do IVA. Pior será quando chegarem a S. Bento e verificarem que o cenário é ainda pior do que imaginaram e que afinal, tal como José Sócrates no passado, vão ter de esquecer as promessas eleitorais e trabalhar com o país real.

O primeiro-ministro apresentou ontem a demissão. E há muita gente feliz. Poucos minutos depois do anúncio que já não o foi porque o Presidente da República não deixou, assim ao estilo de “cheguei primeiro e estraguei-te a surpresa”, já circulava uma SMS anónima a convocar os portugueses para uma manifestação espontânea de regozijo no Marquês de Pombal. Mas festejar o quê?

O primeiro-ministro apresentou ontem a demissão. O país vai ficar quase parado durante três meses, ou mais. Quase… Os projectos que estavam em banho-maria vão acabar por queimar. Ideias e projectos ficam congelados até que o novo Governo tome posse. Mas, à semelhança do que aconteceu em episódios semelhantes no passado, a máquina não pára. As nomeações não vão, certamente, abrandar e há negócios que, mesmo em tempos de Governo de gestão, conseguem ver a luz do dia. Sem consequências, como se tem visto.

O primeiro-ministro apresentou ontem a demissão. A crise acaba amanhã? Infelizmente não!

23 março 2011

Assim se vê, a força… da nossa saúde (2)

Dentro do mesmo tema deste post, a saúde, as notícias dão-nos conta de que, um ano depois, a situação no Centro de Saúde de Valença está caótica. Um ano depois do encerramento das urgências nocturnas, está bom de ver!

Venham eles!

COURA - Concelho vai criar até ao final deste ano mais 150 postos de trabalho – notícia da Rádio Vale do Minho

Com notícias destas, no momento que atravessamos, só podemos dizer: venham eles! Mas depressa!

 

PS: Já agora, dizer que o concelho vai criar 150 postos de trabalho não será um bocadinho exagerado. Afinal, a iniciativa é privada!

Assim se vê, a força… da nossa saúde

25092010460Ou da falta dela, seria o mais acertado. Não necessariamente da saúde física em si, mas dos meios que o Estado coloca à nossa disposição para, precisamente, zelar pela nossa saúde. Por cá, por Paredes de Coura, há muito que se sabe que o que temos não é o ideal (nem sequer o que nos foi prometido, mas isso é outra história) e quando o SAP fechou e o Centro de Saúde local reduziu drasticamente o horário de atendimento, as coisas não ficaram melhores.

Uma situação que só piorou com a saída de um dos clínicos que ali prestava serviço, o que deixou vários utentes sem médico de família. Um cenário que parece já ter alertado o PCP, que na semana questionou, por duas vezes, o Governo sobre a situação actual da prestação de cuidados de saúde no distrito de Viana do Castelo, incluindo nesse pacote de questões algumas relacionadas com o Centro de Saúde de Paredes de Coura, nomeadamente sobre o número de médicos e enfermeiros que ali trabalham e ainda sobre o número de equipamentos existentes no concelho.

As questões dos comunistas, que, recorde-se, não têm qualquer deputado eleito pelo distrito, visam ainda obter conhecimento sobre o número total de utentes abrangidos pela unidade de saúde courense, com e sem médico de família atribuído. Aguardemos, agora, pelas respostas do Ministério da Saúde relativamente às perguntas formuladas sobre o estado de saúde da saúde em Viana do Castelo. A ver se a resposta vem ou se, como tem sido tradição, as questões ficam esquecidas lá para os lados da Avenida João Crisóstomo.

PS: Mesmo sem um deputado eleito pelo distrito, o PCP não esquece os problemas do distrito. Mas, mesmo sem um deputado, bem que podia ter mais conhecimento da região. É que, ao contrário do que diz a pergunta comunista logo no início, o distrito só tem 10 concelhos e não os 18 que o PCP aqui quer meter à força.

18 março 2011

O dia seguinte

CIMG2030A polémica em torno da atribuição dos subsídios aos agricultores parece ter destino traçado: tal como surgiu, sem se saber como e qual a sua origem, eventualmente assim irá desaparecer. As explicações, se é que eram necessárias, de beneficiários e intermediários, pululam na comunicação social e mesmo as informações sobre eventuais investigações aparentam indicar rumos diferentes, com uns a garantir que existe e outros a afirmar que é invenção.

Pelo meio houve quem aproveitasse para relembrar um problema antigo, muitas vezes já aqui abordado, bem como noutros espaços. Os animais, vacas, mas principalmente cavalos, que são criados em regime selvagem e que, volta não volta, são notícia: ora porque entraram em terrenos particulares e causaram estragos, ora porque aparecem mortos no meio do monte. Afinal, parece que já há quem esteja preocupado com essa situação e até a tenha tentado resolver. Curiosamente, o que é defendido pela associação Vessadas nesse sentido, também poderia ser utilizado para, evitando polémicas e suspeições, controlar melhor a atribuição de subsídios à sua criação.

14 março 2011

A sério?

PSD denuncia 'gestão política' na instalação de pórticos em SCUT – Notícia do jornal Sol

Olhando bem para as coisas, eu até pensava que não havia qualquer gestão por detrás da implementação das portagens, quando mais da colocação dos pórticos.

13 março 2011

Quem conta um conto…

e5dd14d…acrescenta-lhe um ponto. E quando damos por ela a coisa está de tal forma exagerada e empolada que não me admirava de qualquer dia termos o Presidente da República aqui por Paredes de Coura a apelar a um sobressalto cívico da população.

Há provas de que os subsídios atribuídos pelo Ministério da Agricultura foram entregues a quem não tinha condições para deles beneficiar? Então que apareçam, porque caso contrário tudo não passa de um grande alarido em torno de nada. O “diz que disse” é sempre muito bonito e fica bem em qualquer conversa de circunstância, mas depois surge o exagero, o dizer que vai acontecer isto ou aquilo, quando afinal nada acontece, nada aconteceu.

Agora, a festa até chegou ao Facebook, com uma página criada este fim de semana e que, no momento em que escrevo, conta já com 137 pessoas ligadas. A página em questão exorta à devolução dos subsídios alegadamente recebidos de forma ilegal e consegue a proeza de juntar, sob o lema da devolução dos subsídios, alguns dos que são acusados de deles terem beneficiado sem a eles terem direito, bem como os que supostamente estão por detrás da sua atribuição. Afinal, tanto alarido e aparentemente toda a gente está contra a atribuição dos subsídios. Até quem os recebeu.

06 março 2011

Fumo? Fogo? Ou apenas uma inventona?

CIMG0065Costuma dizer-se que por detrás de um boato está sempre um cheirinho de verdade. Pessoalmente sei que nem sempre é assim, e ainda recentemente tive contacto com um rumor que, envolvendo uma situação que poderia ser grave, por se tratar de uma simples invenção ou distorção dos factos acabou por ser somente… divertido. Por isso mesmo, por essa desconfiança natural que tenho e que já me causou alguns dissabores, sou daqueles que, quando confrontando com uma qualquer notícia menos esclarecedora, procuro ir mais longe e averiguar se realmente se trata de uma verdade ou apenas do fruto da imaginação de alguém que, não tendo mais que fazer, resolve pegar em situações verídicas e, acrescentando-lhe um ponto como quem conta um conto, dá-lhe contornos diferentes e, assim sendo, irreais.

E foi com esta mentalidade de desconfiança que recebi, na semana passada, uma informação que me dava conta de algumas irregularidades na atribuição de subsídios por parte do Ministério da Agricultura a alguns courenses que supostamente não reuniriam as condições legais para os receber. Mas, se quando a primeira pessoa que me falou do assunto o ignorei por completo, quando me vejo confrontado com a mesma informação (ou boato como lhe queiram chamar) por parte de mais três pessoas que nada têm a ver umas com as outras, foi difícil não perder algum tempo de volta do assunto, muito embora a minha opinião fosse a de que tal não seria verdade. Afinal, num meio tão pequeno como Paredes de Coura, não seria difícil saber se as pessoas que fazem parte da lista de beneficiários do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas estavam ou não em condições de receber os referidos apoios.

Estava enganado! É que, ao abrigo do Pedido Único de Ajudas, encontramos toda uma diversidade de financiamentos (do apoio às culturas energéticas ao prémio por vaca em aleitamento) que, mesmo deixando de fora os apoios específicos da região autónoma da Madeira, os restantes são mais do que suficientes para gerar dúvidas sobre se as 900 pessoas e entidades de Paredes de Coura que fazem parte das listagens relativas aos pagamentos do Ministério da Agricultura nos anos de 2008, 2009 e 2010 estavam ou não em condições legais de as receber ou se,pelo contrário, haveria alguma situação em que essa atribuição foi feita de forma ilegal. Mesmo conhecendo algumas das pessoas das listas, e procurando informações sobre mais beneficiários junto de outras pessoas, tornou-se praticamente impossível saber se entre as entidades e pessoas em questão (900 reforce-se) todas estavam enquadradas pelos critérios definidos pelos referidos acordos.

Deitei, por isso, para trás das costas a análise das listagens do IFAP e fiquei-me pela conclusão, óbvia e preguiçosa, seio-o, de que não é a mim que compete fiscalizar a atribuição desses apoios do Ministério da Agricultura, cujos pedidos, ao que sei, são encaminhados por cooperativas e associações de agricultores. Não dispõe o ministério em questão de mecanismos próprios para averiguar da veracidade das candidaturas que lhe são apresentadas? Ou será que confia cegamente na palavra, escrita refira-se, das entidades que lhes fazem chegar esses pedidos de apoio? De qualquer das formas, repito, não será certamente a mim que compete zelar pelo bom funcionamento destes apoios, até porque as listagens em questão são públicas e estão ao alcance de qualquer cidadão que as queira consultar. E aí, se tiver mais sorte ou conhecimento do que eu (o que não é difícil), até pode colocar em dúvida se o sujeito A ou B reuniria as condições para receber uns milhares de euros do IFAP, seja o sujeito em questão titular de um cargo público ou o pastor ali do lugar vizinho.

02 março 2011

Eu é que sou o presidente da junta! (2)

COURA – Construção de Centro de Dia inter-paroquial divide freguesias de São Martinho de Coura e Romarigães. Autarquia apela a “plataforma de entendimento” – Notícia da Rádio Vale do Minho

Mais um exemplo da dificuldade que será tentar concentrar duas ou três freguesias em apenas uma. É que, por muito que custe ao erário público, cada presidente quer ter a sua quinta, nem que o vizinho do lado já tenha uma que produza ovos suficientes para alimentar a população das duas freguesias.

01 março 2011

De laranjas às avessas?

CIMG0781Costumava ser um clássico em todas as sessões da Assembleia Municipal de Paredes de Coura, mas ultimamente tinha deixado de se verificar. Na  passada sexta-feira, contudo, voltaram a surgir aquelas pequenas coisas que mostram que dentro do PSD há vozes que não estão satisfeitas.

Nos mandatos anteriores era pública e notória a divergência de opiniões entre alguns sectores dos social-democratas representados no elenco da AM. Maria José Carranca de um lado, Paula Caldas do outro, Venâncio Fernandes também em discordância às vezes e até um ou outro presidente de junta de quando em quando. Este mandato, contudo, as coisas até têm andado mais calminhas, ou então mais discretas.

Na reunião da passada sexta-feira, no entanto, os desaguisados entre apoiantes do mesmo partido voltaram a surgir, ainda que ao de leve. Tudo porque, depois de várias intervenções políticas sobre a extinção e fusão de juntas de freguesia, conforme descrito no post abaixo, Décio Guerreiro, líder do grupo municipal do PSD, pediu a palavra propositadamente para exigir que ficasse registado em acta que as intervenções anteriores se tratavam de intervenções a título pessoal e não do grupo municipal do PSD.

Ora, do lado do PSD, o único que interveio sobre o assunto foi João Cunha, antigo presidente da concelhia laranja. Por isso o esclarecimento suscitou alguma admiração nos presentes e até alguns toques da oposição, que não perdeu a oportunidade de mandar alguns recados ao PSD. Exemplo disso foi o comentário de Joaquim Felgueiras Lopes, do Partido Socialista, que em jeito de resposta à exigência de Décio Guerreiro, foi dizendo que no seu partido, “todos têm liberdade para falar”. No PSD também, não se duvida, e também por isso não se compreende muito bem o reparo do líder do grupo municipal.

Eu é que sou o presidente da junta!

CIMG0711Mesmo ausente, foi José Augusto Pacheco quem dominou a última sessão da Assembleia Municipal de Paredes de Coura, realizada na passada sexta-feira. O presidente da Assembleia Municipal está ausente do país e, por isso mesmo, solicitou a sua substituição na reunião, tendo Luísa Castro assumido a presidência daquele órgão. Apesar disso, haveria ser um assunto trazido à baila por aquele professor universitário a dominar a noite.

Confuso? Então expliquemos. É que, apesar de José Augusto Pacheco não estar presente, João Paulo Alves, do grupo municipal do PCP, levou à discussão na assembleia a última crónica do presidente da AM no Notícias de Coura, onde a reorganização política, nomeadamente ao nível da extinção e fusão de freguesias, é tema de análise. João Paulo Alves pegou no escrito e, explicando que o PCP concorda que 21 freguesias para um concelho como Paredes de Coura é excessivo, lá foi dizendo que os presidentes de junta olham muito para o seu umbigo, dando como exemplo a necessidade que houve de dotar cada uma das freguesias com um polidesportivo, quando agora muitos deles estão ao abandono.

O deputado do PCP aludiu ainda à proposta/ideia que José Augusto Pacheco deixa no seu artigo de criar um novo órgão onde os presidentes de junta estivessem representados que não a própria AM. Um cenário que, defendeu João Paulo Alves, evitaria as situações em que um presidente de junta até discorda da proposta de orçamento da Câmara, “mas vota a favor porque…”, referiu aquele deputado municipal, deixando no ar a teoria já muitas vezes abordada naquele órgão, de que os presidentes de junta se sentem condicionados a aprovar o orçamento para não terem problemas depois.

Estava dado o tiro de partida para o momento mais animado de uma noite morna na Assembleia Municipal. João Cunha do PSD, demarcou-se “em absoluto” da posição do seu colega do PCP e fez o reconhecimento público do trabalho dos presidentes de junta, que “são muito melhores gestores que as câmaras”. Também Joaquim Felgueiras Lopes, presidente da junta de freguesia da vila, manifestou a sua discordância em relação às ideias de José Augusto Pacheco. “É a opinião dele, não é a minha. Ele vive em Braga, nós vivemos em Coura”, desabafou o histórico autarca socialista, acrescentando que “o trabalho das juntas reflecte-se no desenvolvimento do concelho”.

Opinião idêntica parece ter o vereador social-democrata José Augusto Caldas que, instado a pronunciar-se sobre o assunto, não escondeu que é “frontalmente contra a redução do número de juntas de freguesia. O presidente da junta será sempre o último elo de ligação à população”.A seu lado, o presidente da Câmara optou por não tecer grandes comentários sobre “um problema que ainda nem sequer está perto. Não vou manifestar a minha opinião enquanto não se souber o que está em jogo”, concluiu Pereira Júnior.

17 fevereiro 2011

Nova biblioteca em 2012 (2)

iphone03022011 004E no entretanto, erguem-se e derrubam-se paredes no Largo Visconde de Mozelos…

Porque é que tudo tem a ver com política?

CIMG0687Há uma tendência, cada vez mais generalizada, para ver a política em todo o lado. Se há alguém que resolve criticar uma determinada tomada de posição porque, simplesmente, a acha merecedora da sua crítica, logo virá quem diga que essa chamada de atenção tem contornos políticos. O mesmo acontece quando alguém toma determinado rumo, diferente do da maioria, e não falta quem veja esse desvio como um facto político.
Pessoalmente já senti na pele essa “mentalidade” mesquinha que vê motivos políticos em tudo o que se faz, como se não fosse possível ter opinião diferente sem ter uma visão política dessa divergência de sentido. Infelizmente é um cenário que todos os dias se repete, um rótulo que se cola às pessoas que, ao olhos de quem pouco vê, salta à vista como um adereço político.
O último caso, público e notório, tem andado pela comunicação regional, e até nacional, e envolve a Capital Europeia da Cultura – Guimarães 2012. Pondo de lado todo a polémica em torno dos salários elevados e, eventualmente, pouco justificados de um evento com bases públicas, eis que agora surge novo foco de interesse, pois, imagine-se o desplante, a fundação gestora do evento resolveu contratar um economista, especialista na sua área, que, pasme-se, tem uma vertente política na sua vida.
O presidente da Câmara de Guimarães, socialista, não gostou de ver incluído no leque de contratações da capital europeia da cultura o nome de Ricardo Rio, social-democrata que lidera a oposição na Câmara de Braga. E, não satisfeito, fez questão de divulgar essa sua insatisfação por se ter contratado alguém que “é opositor dos nossos parceiros”. Ou seja, se se tratasse de uma pessoa com igual competência (ou menos, talvez) mas que fosse simpatizante, estava tudo bem, mas como o homem até tem o defeito de estar contra o colega de Braga, pronto, temos o caldo entornado.
Infelizmente é este o país em que vivemos. Uma sociedade onde o tacho e o tachinho são por demais evidentes que se torna estranho quando, olhando mais longe que o cartão de militante, se ousa recrutar alguém que tem provas dadas em trabalhos semelhantes. Infelizmente, não é só em Guimarães. Felizmente, a excepção de Guimarães também não é caso único no país.

Nova biblioteca em 2012

O concurso público para encontrar o construtor ainda decorre, só terminando na próxima semana, mas parece ser já uma certeza que a construção da nova biblioteca municipal de Paredes de Coura vai avançar dentro de pouco tempo. Um milhão e duzentos mil euros depois, deveremos ter o novo edifício pronto a entrar em funcionamento em 2012, pelo menos assim o augura o presidente da Câmara.

Uma obra que se justifica, tendo em conta a falta de condições da antiga biblioteca e que dará vida à antiga escola primária do concelho, de que hoje só restam as ruínas. Ao mesmo tempo homenageia-se a passagem de Aquilino Ribeiro por terras de Coura, dando à nova biblioteca o nome do escritor de “A Casa Grande de Romarigães”.

E por falar em Casa Grande de Romarigães, voltou a andar pela comunicação social a intenção da Câmara Municipal, e também do filho do escritor, de transformar o edifício que inspirou Aquilino Ribeiro num museu dedicado àquela figura das letras lusas. Uma ideia que, contudo, não sairá da gaveta tão cedo, devido a “problemas de financiamento”. Costuma dizer-se que mais vale tarde que nunca, mas o certo é que as atenções já se deveriam ter virado para a Casa do Amparo há muito tempo, para evitar que atingisse o estado de degradação, descuido e irresponsabilidade que a marca nos dias de hoje. Pessoalmente, não creio que a sua transformação em museu seja o primeiro passo a dar, até porque, nos tempos que correm, tal será de muito difícil concretização. Mas, mesmo sem ser museu, há muito que pode ser feito.

15 fevereiro 2011

Faça-se luz! (2)

lua cheiaPara quem ainda tem dúvidas sobre algumas das consequências dos cortes selectivos da iluminação pública, fica aqui a ligação para uma notícia publicada na edição de hoje do jornal Correio do Minho. O título, acho eu, diz tudo: Falta de luz propicia assaltos”.

13 fevereiro 2011

Faça-se luz!

Na sexta-feira um amigo perguntava-me em que ponto estava aquela ideia dos municípios do distrito de Viana do Castelo de poupar na factura da EDP, se já tinham começado os cortes periódicos da iluminação pública. Não lhe soube responder. Sinceramente não sei se essa medida já está a ser aplicada por cá ou não,mas pelo que li na altura e depois no início do ano, parece que a EDP só estará tecnicamente habilitada para satisfazer esse pedido dos autarcas lá mais para o Verão.

Entretanto, contudo, parece não haver necessidade de poupança. Pelo menos é essa a imagem que passa num vídeo carregado esta semana no Sapo Vídeos que dá conta da passagem de um casal de turistas por Paredes de Coura. Dois minutos e trinta seis segundos que pouco mostram do concelho, centrando-se praticamente na zona envolvente da igreja do Espírito Santo. Nada tenho contra o conteúdo do vídeo, mas basta dar uma olhadela para perceber que alguma coisa não está como deveria estar. Seria de noite? Não, mas não deixa de ser irónico.

09 fevereiro 2011

Não deixa de ser irónico…

CIM disponível para salvar Coliseu de Viana – Notícia da Rádio Geice

… que há pouco mais de um ano a Câmara de Viana do Castelo não quisesse ter nada a ver com a Comunidade Intermunicipal Minho-Lima (CIM). E agora, com os cofres da Câmara sem verba para sustentar a construção do Coliseu de Viana, pode ser a mesma CIM que foi rejeitada a dar a mão à autarquia para levar por diante aquele projecto. Ironias à parte, não deixa de ser questionável o facto de se avançar para uma obra daquela envergadura sem ter o seu financiamento assegurado. Dá a ideia de que se quer dar um passo maior do que a perna.

08 fevereiro 2011

Especificidades a aproveitar

 Foto jornal Público

Sou daqueles que defende que o ambiente pode ser um bom catalisador para o desenvolvimento de uma região, mais do que de um concelho porque o ambiente não conhece fronteiras. Por isso, é com agrado que recebo a notícia de hoje do Público que dá conta do esforço da Câmara Municipal de Paredes de Coura para a preservação de uma planta que encontrou nesta região um ambiente propício e, dada a sua exclusividade, apresenta-se como uma oportunidade a não desperdiçar.

O narciso-amarelo foi alvo de um estudo do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto e da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, que chegaram à conclusão que, apesar de ser um dos concelhos onde esta espécie é mais abundante, é necessário assegurar a sua protecção e preservação, nem que seja necessário vedar alguns núcleos mais sujeitos a ameaças. Conclusões a que a Câmara de Paredes de Coura promete não ficar indiferente, até porque vê no narciso-amarelo a possibilidade de ter um “ex-libris” do interior do Alto Minho.

Haja acompanhamento e bom senso e o narciso-amarelo bem que pode ser um bom atractivo para cativar um outro tipo de visitantes. Turismo ambiental, pois claro, sector que ainda tem muito para dar, neste e noutros concelhos. Com conta, peso e medida, certamente, e sem esquecer que não basta pensar apenas nos que vêm de fora, mas nas implicações que as acções a tomar podem ter junto dos que cá vivem.

02 fevereiro 2011

Perguntas de resposta fácil

sinal estrada nova

PCP: Honório Novo questiona o Governo sobre "a obra de Santa Engrácia do Alto Minho" – notícia da Rádio Geice

O deputado comunista Honório Novo quer saber em que pé estão as coisas relativamente à desejada/projectada/prometida/adiada ligação de Paredes de Coura à A3 e vai daí apresentou no Parlamento um pedido de informação dirigido ao Ministério das Obras Públicas. E aproveitou para criticar o Governo por ainda não ter avançado com esta promessa antiga e até hoje por cumprir. Está a tentar “atirar areia para os olhos” da população local, considera o deputado.

Antes de mais, não deixa de ser estranho que tenha sempre de ser um deputado da oposição a zelar pelas acessibilidades dos courenses. Do CDS-PP, com Daniel Campelo, há largos anos, a Honório Novo, já foram várias as intervenções sobre o mesmo assunto. Aliás, referia-se que Honório Novo nem sequer foi eleito por Viana do Castelo, mas assume-se como defensor dos interesses dos PCP neste distrito também. De qualquer das formas, pergunta-se: não deveriam também ser os deputados socialistas a querer saber o que se passa com a ligação à A3? Ou será que já sabem?

De qualquer das formas, Honório Novo não precisava de ter tido o trabalho de questionar o Ministério da Obras Públicas sobre este assunto. Bastava ter vindo a Paredes de Coura e qualquer pessoa lhe poderia dar as respostas que procura. Mantém o Governo a intenção de construir esta ligação? Mantém, ideias e projectos não ocupam espaço. Que razão invoca para justificar tantos atrasos na construção desta ligação? São vários. Primeiros os técnicos, depois os políticos, depois os económicos. Os dois primeiros foram sendo ultrapassados, os últimos, aparentemente, não. Em que ponto estão os estudos e projectos há tanto tempo anunciados? Não sabemos, mas também não interessa, porque é consciência geral que, não obstante projectos e estudos, o mais certo é a obra, em tempo de crise, não sair sequer do papel.

Dito isto, até que o título de “obra de Santa Engrácia do Alto Minho”, utilizado por Honório Novo, não assenta mal. Ou esse ou o de “promessa antiga que queria concretizar antes do fim do meu mandato mas que já não vai ser possível”. É escolher!