
03 junho 2009
Pensamento no futuro

02 junho 2009
A Europa também passa por Coura

Telhados de vidro
01 junho 2009
Regresso ao passado

Há dias assim, em que uma pequena coisa, que julgamos simples, nos faz enveredar numa viagem ao passado, aos tempos em que éramos crianças, sem playstations e afins. Os tempos em que era impensável passar toda uma tarde defronte da televisão quando lá fora, a rua, os amigos, as brincadeiras, chamavam por nós a todo o instante. Foi um vislumbre desse passado que tive neste fim-de-semana, um daqueles momentos que, não importa o estado do tempo ou do espírito, nos fazem sempre sorrir, com o avivar de boas recordações.
Graças à Eprami, e a mais uma das muitas iniciativas com que dinamiza a comunidade courense, pude reviver o Natal de 1987, ano em que recebi, com muito esforço dos meus pais, um carro telecomandado. No sábado de manhã, ao observar o circuito montado no Largo Visconde de Mozelos, mesmo sem “conduzir” os autênticos bólides que por lá corriam, pude vibrar com a emoção das curvas e da velocidade. É claro que o carrinho de meio palmo que recebi aos 12 anos, nada tinha a ver com as “máquinas” que por lá andaram a acelerar, mas o princípio
O mesmo espírito, aliás, que recordei à tarde, na praia de Moledo, ao assistir ao Festival de Papagaios que fez muita gente andar com a cabeça nas nuvens. De todos os tamanhos e feitios, despertaram curiosidade, mas o que mais me cativou foi o atelier ali montado para que os mais novos pudessem experimentar uma sensação hoje cada vez mais em desuso: o construir os nossos próprios brinquedos.
Quem, da minha geração e outras mais antigas, não se lembra de pegar num arco e num pau e encontrar ali, de uma forma tão simples, entretenimento para muitas tardes de alegria. E foi o que reencontrei na tarde de sábado, em Moledo, ao ver como ensinavam às crianças de hoje, mais habituadas a encontrar os brinquedos numa prateleira de um qualquer supermercado, como com dois pauzinhos e um pedaço de plástico podiam construir um papagaio de papel. Um vislumbre de outros tempos que sabe sempre bem recordar.
26 maio 2009
Referendo? O que é isso?
23 maio 2009
Dá Deus nozes...
18 maio 2009
E assim nasce uma lixeira...

15 maio 2009
No fundo, bem no fundo
Só agora, quando o prazo chegava ao fim e o Estado ameaçava ir sem dó nem piedade à carteira de milhares de portugueses, é que se fez alguma luz sobre este assunto. E, ao que parece, alguém resolveu fazer mea culpa e adiou a entrada em vigor da nova legislação por mais um ano. De qualquer das formas, interessa aqui referir que este Decreto-Lei, que regula a utilização dos recursos hídricos, tem todo o aspecto de algo que foi fabricado nos confortáveis gabinetes de S. Bento, por alguém que, muito provavelmente, nunca colocou os pés numa qualquer aldeola minhota ou de qualquer outra localidade no interior do país.
Provavelmente até poderei estar errado, mas olhando a lei em questão as dúvidas são muito poucas. Senão, como é que se justifica uma legislação que, ignorando porventura que grande parte deste país em que vivemos ainda não tem rede de distribuição de água, quer cometer a ousadia de registar todos os poços e furos deste Portugal? Mas não se fica por aqui e, num país que só há pouco tempo, com a lufada de ar fresco dos dinheiros comunitários, se começou a preocupar com as questões ambientais e iniciou a implementação de redes de saneamento básico, quer inventariar todas as fossas que por cá existem.
Tarefas hérculeas, poderemos dizer. Ou tarefas estúpidas, também há quem defenda. Mas será mesmo necessário este registo de tudo quanto é buraquinho por onde saia água ou entre porcaria? Será que é com esse registo que se vai saber quantos litros de água existem no subsolo? Ou quantos metros cúbicos de esgoto estão a entrar nos nossos lençóis de água subterrâneos? Não seria melhor voltar as atenções para o como evitar a utilização abusiva dos recursos de que dispomos?
E depois temos ainda a papelada burocrática no seu melhor. Como se não bastasse a tarefa de registar, ainda é preciso atender a todas as especificações que as entidades competentes exigem, que incluem uma descrição detalhada do equipamento em questão e a sua localização georeferenciada. Ou o cúmulo de licenciarmos poços, furos e fossas nas câmaras municipais, como já acontece há alguns anos, e depois esta informação, aparentemente, não servir para nada. Coisas que a burocracia tem...
11 maio 2009
08 maio 2009
Moura no Parlamento, não convence Júnior
José Augusto Caldas: Festival precisa de ter retorno!
É um assunto incontornável quando se fala de Paredes de Coura: o Festival. Como tal, também não poderia escapar na abordagem dos candidatos às próximas eleições autárquicas.
“Há mais de dez anos que financiamos o Festival, mas tarda a haver retorno”, explica
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As prioridades da candidatura social-democrata, contudo, não se viram para aqui. O programa da sua candidatura já foi tornado público na comunicação social e aqui no Mais pelo Minho, e dedica grande atenção à acção social, nomeadamente na preocupação em dar resposta à população com mais de 60 anos. “A capacidade instalada no concelho ao nível da assistência social é diminuta. Não temos oferta”, critica
O candidato fala ainda de uma outra vertente da assistência social: a questão dos jovens que abandonam os estudos por dificuldades económicas. “É uma das nossas prioridades também”, garante
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NOTA – Com este post completa-se a entrevista feita a
07 maio 2009
Cidade deserta
05 maio 2009
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Outras assembleias
02 maio 2009
Noite quente na Assembleia
Noite da passada quarta-feira. Cá fora chuviscava e o tempo estava frio, mas lá dentro, no salão nobre dos Paços do Concelho, o clima aqueceu bastante. Motivo: a já costumeira troca de palavras entre Maria José Carranca e José Augusto Pacheco que, desta vez, aumentou de tom, de tal modo que, a determinada altura, o presidente da Assembleia Municipal de Paredes de Coura ordenou que fosse cortado o som do microfone para onde falava a líder da bancada do PSD, para tentar trazer ordem de novo à reunião.
Em discussão estava a conta de gerência da autarquia courense no ano passado. Maria José Carranca, apoiada num documento elaborado pelo vereador social-democrata José Augusto Caldas (o único da oposição presente na AM), fez um balanço negro das obras do executivo socialista nos últimos quatro anos, resgatando velhos cavalos de batalha do PSD na luta política autárquica, nomeadamente a contestação à concentração das escolas e a construção dos parques de estacionamento que representaram 48 por cento do total de investimento da Câmara neste mandato. As contas estenderam-se depois ao investimento feito nas freguesias, com Maria José Carranca a criticar a forma desigual como foi distribuído e o reduzido valor aplicado nesta área do total de investimento feito no concelho, aproveitando ainda para, em jeito de pré-campanha eleitoral, lançar o projecto defendido pela candidatura de José Augusto Caldas que prevê a transferência automática de verbas para as juntas de freguesia.
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O pior viria depois. A seguir a Maria José Carranca falou Vítor Paulo Pereira, líder da bancada socialista, que rebateu as críticas social-democratas e criticou a intenção de José Augusto. “Num período eleitoral é muito fácil prometer”, referiu. Mas o que fez saltar a tampa à líder do PSD na AM foi a intervenção seguinte, do presidente da Câmara que, de acordo com Maria José Carranca, não deveria intervir apenas depois dos deputados municipais. “Eu tinha vergonha de apresentar uma coisa que já foi discutida”, criticou, acrescentando que Pereira Júnior nem sequer apresentou, antes “comentou, criticou e fingiu que não ouviu o que o PSD disse”.
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No seu jeito habitual, Maria José Carranca não se poupou a palavras, de tal modo que o presidente da AM a interrompeu e a advertiu para não desrespeitar os membros da Assembleia Municipal. Seguiram-se dez minutos de acesa discussão, com José Augusto Pacheco a pedir para Maria José Carranca ser “mais honesta e democrática nas intervenções”. Esta parece não ter gostado e continuou no seu estilo. Vale a pena escutar.
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Já agora, e porque parece que passou despercebido no meio da confusão, refira-se que a conta de gerência da autarquia que, em boa verdade era o que estava a ser discutido, foi aprovada com seis abstenções do PSD. Assim vai a política por Paredes de Coura.
01 maio 2009
Histórias aqui ao lado
29 abril 2009
José Augusto Caldas: Vou valorizar o papel da oposição!
O exemplo mais flagrante é, explica, o actual nível de endividamento da autarquia. “A Câmara está endividada muito para além do actual mandato com o voto contra da oposição. Comigo, isso não acontecerá”, assegura o vereador laranja.
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A valorização da oposição defendida por José Augusto Caldas estende-se também às freguesias. O candidato do PSD apresenta, no seu programa eleitoral, um programa de transferência automática de verbas para as juntas de freguesia, sempre que estas apresentem os respectivos planos de actividades aprovados pelas duas forças políticas mais representativas em cada assembleia de freguesia.
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Uma situação que, tendo em conta o cenário actual, irá dar mais poder ao PSD, minoritário na maioria das juntas de freguesia do concelho. José Augusto Caldas, contudo, refere que, independentemente da cor política de cada junta, que quer mudar a favor do seu partido, o importante é “dar importância aos elementos perdedores e mobilizá-los a encontrarem soluções consensuais”.
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Aliás, à semelhança do que terá acontecido nos últimos tempos na Câmara Municipal de Paredes de Coura, com várias propostas do PSD a serem aprovadas pela maioria socialista, nomeadamente propostas de cariz social. “Eram iniciativas do PSD mas, depois, para conseguirem ser aprovadas, foi preciso negociar, retirar-lhes a ênfase de serem do PSD, para que elas pudessem passar”, explica o candidato.
Razões que levam José Augusto Caldas a estar convicto de que os courenses vão optar por mudar o elenco camarário nas próximas eleições. “Entre optar por mudar agora, no início de um novo ciclo, ou mudar daqui a quatro anos, os courenses vão mudar agora”, confia José Augusto Caldas, lembrando que há quatro anos o PSD perdeu pela menor margem dos últimos 16 anos e estando, agora, convicto de que Pereira Júnior, se concorrer, irá abandonar ao final de dois anos, à semelhança do que aconteceu com José Guerreiro.
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Continua…
27 abril 2009
24 abril 2009
Coelho ao almoço... e ao jantar

Novos tempos, novos meios
23 abril 2009
José Augusto Caldas: O futuro está hipotecado
Continua…
22 abril 2009
Inovar o comércio
21 abril 2009
José Augusto Caldas: Não serei vereador!

Uma atitude que, admite, lhe pode valer as críticas dos seus opositores, ainda desconhecidos. José Augusto Caldas está ciente disso mas explica que o seu tempo na oposição tem os dias contados. “Estive 12 anos na oposição, já mostrei tudo o que tinha a mostrar”, explicou.
E por isso resolveu arriscar agora e encabeçar a candidatura do PSD em Paredes de Coura? O que o levou a avançar neste momento? A resposta surge em forma de discurso estudado, que tem repetido na comunicação social, apontando como justificação a actual crise e os seus reflexos em Paredes de Coura.
E corre contra tudo e contra todos? Para já corre apenas contra si próprio e ninguém lhe pode retirar o mérito de avançar com a sua candidatura quando não é conhecido o seu principal adversário, mas, garante, dentro do seu partido, a escolha do seu nome foi uma questão consensual.
Para fora, contudo, passou a imagem contrária, a de que haveria outras alternativas. De tal forma que um dos seus na Assembleia Municipal, parece não ter gostado do avanço do candidato e admite arriscar uma candidatura independente. Os rumores que dão Venâncio Fernandes na corrida, não merecem, contudo, grande reacção por parte de José Augusto Caldas. “É um assunto que não me preocupa muito”, esclarece.
E será que a composição da lista que o vai acompanhar merece outra preocupação? Isso já não é possível saber. José Augusto Caldas garante que ainda não tem definidos os nomes dos que o vão acompanhar. Será que vamos ter Décio Guerreiro a número dois ou terá o presidente da concelhia lugar de destaque? A resposta fica para mais tarde.
Continua…
20 abril 2009
Eleições 2009
17 abril 2009
De porta aberta aos visitantes
16 abril 2009
Que venha o heliporto!

11 abril 2009
Sinais da memória

E não me refiro apenas à utilização por outras entidades dos edifícios deixados vagos. Nesse aspecto acho que a actuação da Câmara Municipal de Paredes de Coura tem sido exemplar, colocando-os à disposição de instituições e colectividades que continuam a dinamizá-los, umas mais que outras, não deixando cair as antigas escolas num estado de abandono a que foram votados alguns edifícios do género há alguns anos.
O certo é que, basta um pequeno passeio pelo concelho para ficarmos com a sensação de que a abertura da escola do 1º ciclo na vila não trouxe qualquer mudança. As placas sinaléticas continuam por aí, a indicar as escolas primárias, ainda que transformadas ou desactivadas, e mesmo os sinais de perigo que indicam a aproximação de escola ainda estão presentes nas zonas onde estas estavam implantadas e por onde circulavam as crianças.
Uma distracção, ou esquecimento, das Estradas de Portugal que, a bem da verdade, apenas causa alguma nostalgia e um engano ou outro a quem, vindo de fora, se depara com a placa mas não compreende porque é que a escola está fechada. Apesar disso, não deixa de ser um assunto de fácil resolução e, ao preço que anda o alumínio no mercado do ferro velho, até é de estranhar que ainda ninguém se tenha dedicado a retirar estes sinais por conta própria. Será que não dá para aproveitar as placas para outro lado?
08 abril 2009
As notícias dos candidatos
02 abril 2009
Isto faz sentido? (2)
30 março 2009
No fundo, no fundo...

Concelho com desporto, concelho vivo
Três dias de actividades em que, além da prática desportiva em si, as crianças participaram em momentos lúdicos e recreativos, sempre com o objectivo de promover o convívio entre os participantes, oriundos de clubes e realidades tão diferentes. O torneio só hoje termina mas, independentemente dos resultados alcançados, no caso concreto pelo Basket Clube de Coura, o importante foi o convívio entre todos os atletas. Uma iniciativa onde deu para ficar a perceber o papel importante que os clubes têm, através dos seus atletas, dirigentes e mesmo dos pais dos atletas, no sentido de dinamizar actividades que, de outra forma, ficaram no papel, à espera do apoio e do envolvimento das entidades oficiais.
Não se julgue, contudo, que este tipo de iniciativas só acontece lá por fora. Em Paredes de Coura, nos próximos dias 10 e 11 de Abril, vamos ter algo parecido, desta feita dedicado às camadas jovens do futebol. Organizado pelo Sporting Clube Courense, o Torneio Internacional da Páscoa, já na sua segunda edição, promete reunir cerca de 600 jogadores de 20 equipas, com idades compreendidas entre os 8 e os 15 anos.
Um evento que, pelo que sei, se realiza com muito esforço do clube e dos seus dirigentes, que não se têm cansado no sentido de obter as melhores condições para receber tão distintos visitantes. E também dos familiares dos jogadores que, como é hábito neste tipo de iniciativas onde se apela ao voluntariado, não vão certamente deixar de oferecer o seu melhor à organização.
Desconheço, tanto no caso de Paredes de Coura como no de Valença, se as respectivas autarquias se envolveram também na organização, apoiando a realização dos torneios. Creio, contudo, que são eventos que merecerem o apoio de qualquer câmara, não só por serem criadoras de toda uma dinâmica que enriquece o concelho, mas também porque são o exemplo mais visível de que o concelho está vivo e tem futuro.

24 março 2009
E o candidato é...

23 março 2009
Isto faz sentido?
12 março 2009
Vamos votar nas acessibilidades?
A este propósito, na passada quarta-feira, um grupo de cidadãos entregou ao presidente da Assembleia da Republica mais de quatro mil assinaturas, numa petição que apelava à introdução de boletins de voto em Braille, para que os cegos portugueses possam votar de forma secreta e autónoma. Um cenário que não se verifica actualmente, pois os invisuais são obrigados a pedir auxílio a outra pessoa, vendo, desta forma, a sua privacidade violada.
A questão dos cidadãos invisuais é, contudo, apenas uma no meio de outras tantas que impossibilitam o exercício livre do acto de votar. E por livre, aqui, entenda-se o facto de o fazer pela sua própria mão, sem recurso a terceiros. É o que acontece, por exemplo, a muitos cidadãos com mobilidade reduzida e que, no dia das eleições, se deparam com escadarias enormes a transpor para exercerem o seu direito cívico.
Em Paredes de Coura, por exemplo, são vários os exemplos de mesas de voto situadas em local pouco acessível a cidadãos com mobilidade reduzida. Uma situação que, se em circunstâncias normais já causa transtornos aos munícipes, num acto eleitoral assume contornos ainda mais gritantes, com as barreiras arquitectónicas a servirem de entrave ao exercício da cidadania.
É certo que, em meios pequenos em que todos se conhecem, não são raros os casos de mesas de voto que vêm à rua recolher o voto daqueles que não podem entrar no local onde funciona a assembleia. Não se trata, contudo, de um comportamento de todo correcto, na medida em que, mesmo assim, a privacidade de quem vota pode não ficar preservada.
Por isso, e num ano em que temos três actos eleitorais, seria de bom tom precaver entraves deste género e, se possível, instalar as assembleias de voto em locais com melhor acessibilidade. Não é garantia de maior afluência às urnas, nem de mais votos neste ou naquele partido, mas seria o reconhecer de um direito soberano que muitos cidadãos têm visto limitado nos últimos actos eleitorais.
Protegidos? (2)
09 março 2009
O sol quando nasce...
No caso concreto, a Junta de Deão instalou três conjuntos de painéis solares fotovoltáicos, num investimento de cerca de cem mil euros, que vão produzir energia que a EDP compra, a preço garantido. De uma assentada só, garantem os responsáveis daquela junta de freguesia, ganham duas vezes. Ganham com a venda da energia produzida e com o que poupam por não ter pagar aquela que habitualmente gastavam.
Ora, ao ler a notícia da iniciativa pioneira (julgo eu) de Deão, que inclusivamente instalou painéis solares no cemitério local, não pude deixar de pensar que, por cá, também se podia fazer alguma coisa do género. Aproveitar os espaços públicos para dinamizar um investimento como este e obter, desta forma, uma fonte de financiamento alternativa, cujo resultado poderia ser canalizado para diversas aplicações. Aliás, se até os privados reconhecem que, mesmo a nível unifamiliar, esta é uma oportunidade que, se bem pensada, não deverá ser desperdiçada, porque não alargar este cenário às entidades públicas.
Imagine-se, por exemplo, o telhado da Escola do 1º Ciclo com uma série de painéis fotovoltaicos a produzirem energia? Ou ainda o telhado do pavilhão municipal e das piscinas com painéis solares térmicos, que produzissem água quente que cobriria, se não a totalidade, pelo menos parte das necessidades daqueles equipamentos públicos? Num concelho que se tenta pautar pelos valores ecológicos e ambientais, não seria de apostar neste tipo de energias renováveis, agora que já cá temos também o parque eólico a fazer-nos companhia? Será sonhar muito alto? Até pode ser, mas não se costuma dizer que o sol quando nasce é para todos. Há que tentar aproveitá-lo ao máximo!
06 março 2009
Só falta a pancadaria!
05 março 2009
Iguais... mas tão diferentes
Ora, estava eu já quase de saída, na caixa a pagar, quando uma senhora que estava na caixa ao lado, com o seu carrinho carregado, deita cá para fora alguma coisa do género: “Ui, o que lá vêm!” Pensei que estaria a falar da conta, certamente elevada, mas não. Infelizmente referia-se a um grupo de estudantes cabo-verdianos que estuda em Paredes de Coura, a milhares de quilómetros de casa, e que chegava à superfície comercial. Acho que nessa altura fiquei um bocadinho de boca aberta, mas o pior estava ainda para vir, pois à medida que os estudantes cabo-verdianos entravam, a senhora continuava com comentários insultosos, chegando ao cúmulo de dizer para uma outra senhora a seu lado que devia ser feito um abaixo assinado para “correr com aquela gente”.
Por esta altura já eu procurava a todo custo saber se estava a sonhar (um pesadelo dos grandes) ou se estava mesmo acordado e tinha de responder à letra. Como é possível alguém ter uma mentalidade tão tacanha onde o racismo continua a ter lugar de honra? Como pode alguém deitar cá para fora semelhante sem se preocupar, no mínimo, com o que sentirá quem a ouve ou, mais importante ainda, quem por ela é visado?
Felizmente, tenho para mim que casos como o desta senhora, que não conhecia e que procuro não conhecer a partir de agora, são cada vez mais raros. Infelizmente se calhar não é bem assim e tenho uma visão optimista demais das coisas. Se calhar já me esqueci dos problemas que tiveram os primeiros alunos cabo-verdianos quando chegaram a Paredes de Coura e a maneira como foram insultados e provocados. Se calhar só penso assim porque dou mais valor ao esforço de integração que fizeram, procurando sentir-se, também eles, parte de Paredes de Coura, seja no futebol, na catequese ou, mais recentemente, abrindo as portas da sua cultura, da sua dança mais especificamente, ao resto da população courense. Se calhar a senhora do abaixo-assinado devia ir dançar uma morna um dia destes. Provavelmente era capaz e esquecer as assinaturas.
04 março 2009
28 fevereiro 2009
Temos candidato! Ou talvez não..
A ponte é uma miragem? (2)
Morna, morninha...
Uma assistência reduzida que teve a oportunidade de testemunhar o regresso de Maria José Fontelo ao “circo” das lides políticas, depois de ter estado afastada do “palco” durante uns meses. Nem isso, contudo, trouxe alguma agitação ao encontro. Aliás, de início, a deputada social-democrata ainda criou alguma confusão, ao lembrar, em parceria com Venâncio Fernandes, que a acta da reunião de Dezembro estava incompleta. Tudo porque não era feita qualquer referência ao episódio que “embaraçou” a socialista Rosalina Martins.
Na altura, recorde-se, foi decidido juntar à ordem de trabalhos um ponto novo, a eleição dos dois representantes da AM na comissão municipal de protecção civil, e o PSD sugeriu dois nomes socialistas, o que levou à indignação da deputada do PS, que acusou os social-democratas de não fazerem o seu trabalho de casa, ao contrário da bancada socialista. Uma frase que gerou na oposição a suspeita de que a mesa da AM já teria informado o Partido Socialista sobre aquele ponto extra da ordem de trabalhos e que levou, inclusivamente, a que aquela eleição fosse retirada da ordem de trabalhos.
Agora, a suspeita voltou a ser referida nesta sessão, com o PSD a exigir que esse episódio fosse incluído na acta. E voltou, também, à ordem de trabalhos a eleição dos representantes da AM na referida comissão municipal de protecção civil. O PSD pediu a interrupção dos trabalhos para tentar encontrar uma solução de consenso com o PS mas, regressados do intervalo, apenas os socialistas traziam uma proposta: Ivan Morais e Joaquim Felgueiras Lopes, aprovados com os votos da maioria. O PSD, explicou depois Maria José Fontelo, votou em branco e criticou fortemente os socialistas, que acusou de nem sequer quererem discutir outros nomes dentro do seu partido, nomeadamente Maximiano Costa e Eugénio Pereira, as propostas dos social-democratas. “Fizeram uma triste figura”, atirou a líder do PSD. A resposta veio de Rosalina Martins, suave, e de Joaquim Felgueiras Lopes, mais certeiro, a explicar que os dois nomes que o PSD defendia tinham sido convidados dentro do grupo socialista… e tinham recusado. Para a história fica mais uma comissão onde os social-democratas não têm assento.
25 fevereiro 2009
Intermitências
23 fevereiro 2009
A mão escondida
A pedra não tem nome. A mão que a atirou e se escondeu em seguida, também não. São os dois anónimos num mundo que teima em esquecer os nomes. Das coisas, das pessoas, das pedras, da mão… Vivemos num mundo em que o nome das coisas é cada vez menos importante. O que importa o nome, quando tudo o que se quer é ser anónimo?
Mais uma pedra que salta do desconhecido e atinge o alvo. Mais uma mão que não deixou rasto atrás da pedra. Não tem assinatura, não tem bilhete de identidade. Não é minha, não é de ninguém. Mas existe, e insiste em causar estragos. Doa a quem doer, desde que continue sem nome.
20 fevereiro 2009
Não havia necessidade...
17 fevereiro 2009
Será isto um prenúncio?
16 fevereiro 2009
Sábado sim, sábado não

Já passaram dois anos, em Novembro, desde que os feirantes saíram do seu antigo poiso e voltaram ao seu poiso de antigamente. O Largo Hintze Ribeiro e o Largo 5 de Outubro acolheram de braços abertos a Feira de Paredes.
Quezílias políticas à parte, independentemente de quem surgiu em primeiro lugar a ideia de trazer a feira de volta ao centro da vila, uma coisa é certa: foi uma opção certeira. A feira, muito provavelmente, sentiu algumas mudanças, mas as mais fortes foram as que se sentiram na própria vila, que ganhou um movimento digno de uma qualquer urbe distante.
Mas depois temos os outros sábados, os sábados “não”. Aqueles em que subimos e descemos a Rua Conselheiro Miguel Dantas e contamos os transeuntes pelos dedos das mãos, de apenas uma mão se for dia de chuva. Aqueles sábados em que os estabelecimentos comerciais estão quase desertos, em que os restaurantes e cafés parecem estar em período de descanso. Felizmente que é só sábado sim, sábado não.
11 fevereiro 2009
Não estamos sozinhos
Chover no molhado

Nem um ano passou e, no entanto, no pavilhão, tudo na mesma. As infiltrações continuam, e de que maneira! E depois é ver funcionários e utentes de esfregona na mão a tentar minimizar os danos, ao mesmo que se perguntam como é que é possível que uma obra realizada há tão pouco tempo tenha tantos problemas.
Sessenta e cinco mil euros, recorde-se, em cerca de quatro semanas de trabalho, foram pagos pelo município! Para ficar tudo na mesma? Pois, é a questão que se levanta… Não estará na altura de chamar o empreiteiro de volta e fazer valer a garantia, ou accionar a caução, que certamente haverá? Para quem falava, inclusivamente, em colocar um sistema de climatização no pavilhão, não será melhor tapar antes os buracos por onde entra a chuva? É que, da maneira como as coisas estão, dentro de pouco tempo a cobertura não será a única coisa a precisar de ser substituída.
09 fevereiro 2009
Cinco anos de promessas
Mas o tempo passou e a recomendação da Assembleia Municipal foi totalmente ignorada pela Câmara de Paredes de Coura, com a justificação de que, por apenas alguns meses, o canil provisório não se justificava. Os meses, contudo, transformaram-se em anos e o canil ficou pelo caminho. Aqui ao lado, em Vila Nova de Cerveira e Ponte de Lima, avançava-se no tempo e construíram-se equipamentos de raiz, de modo a proporcionar condições decentes aos animais acolhidos.
Agora, em Fevereiro de 2009, recordamos as sucessivas promessas da construção do canil intermunicipal, com inauguração marcada para 2006, e depois para 2007 e ainda 2008. Agora, em 2009, a notícia é que, finalmente, o canil intermunicipal de Monção está em execução. A data para a abertura ainda não é conhecida, mas não deve demorar cinco anos…
07 fevereiro 2009
Uma questão geográfica?
05 fevereiro 2009
O conclave
O resultado do referendo de há duas semanas foi a gota de água no copo já há muito cheio de Rui Solheiro, presidente da Câmara Municipal de Melgaço e, o que importa neste caso, da Federação Distrital do Partido Socialista. Conhecidas que são as “trocas de galhardetes” entre um e outro, os dois do mesmo partido mas separados por muito mais que as largas dezenas quilómetros que vão de Viana a Melgaço, não é de estranhar que Solheiro não tenha gostado da tomada de posição de Defensor Moura, ao enfrentar de peito feito a adesão à comunidade intermunicipal do Minho e Lima.
Pessoalmente, e como o afirmei aqui por várias ocasiões, continuo a achar que o afastamento de Viana do Castelo do resto dos nove concelhos do distrito não tinha razão de ser. O povo vianense assim não entendeu e referendou Defensor Moura, garantindo-lhe mais uma frente de batalha contra o seu “inimigo” de Melgaço. Mas, uma coisa é discordar, outra é achar que o autarca vianense teria de optar pela unidade a dez, apenas e só porque o seu partido assim o entendia, à semelhança, aliás do que tem acontecido no Parlamento, onde, em votações mais complicadas impera a disciplina partidária, num acto que castra o pensamento individual de cada deputado.
Com a vitória do Não no referendo, Defensor Moura conquistou o apoio dos colegas socialistas de Viana que quase o elegeram para novo mandato à frente da autarquia, mas poderá também ter ganho ordem de dispensa ao serviço, pois agora Rui Solheiro quer ser ele a escolher o candidato socialista à autarquia vianense. E Defensor Moura, que tem conquistado a autarquia nas últimas eleições, arrisca-se a ter de avançar como independente. Ou então, como também já se avançou, a ser exilado em Lisboa, integrando as listas de deputados a eleger por Viana nas próximas legislativas. Dois cenários que deverão estar em cima da mesa na reunião dos socialistas em Paredes de Coura onde o autarca de Melgaço tem maioria confirmada. Ou seja, a decisão há muito foi tomada, agora é só uma questão de a formalizar. Vamos ver o que sai dali!
04 fevereiro 2009
Já cá chegaram!
Um assunto que já aqui foi abordado por diversas vezes e que se traduzia, até agora, numa lacuna num concelho cuja autarquia até tem uma grande preocupação ambiental, quer ao nível da prevenção, quer em relação à recolha de resíduos. Agora, mercê de um protocolo firmado entre uma empresa da especialidade e a Câmara courense, os munícipes vão passar a dispor de uma rede de recolha de óleos alimentares usados mais ou menos distribuída por todo o concelho.
Os “oleões” vão estar localizados em estabelecimentos de ensino e instituições de solidariedade social e, além da vertente ambiental e ecológica, têm ainda uma componente económica, já que por cada litro de óleo recolhido a empresa em questão vai pagar uma verba às instituições que colaboram na recolha. Por tudo isto, uma iniciativa que se aplaude.
02 fevereiro 2009
Por onde vens?

